MPF/PE consegue decisão que garante demarcação da terra indígena Pipipã

Foto: Lara Erendira
Foto: Lara Erendira

Funai tem até 24 meses para finalizar processo demarcatório da área, situada em Floresta

Procuradoria da República em Pernambuco

O Ministério Público Federal (MPF) em Serra Talhada (PE) conseguiu decisão judicial, de caráter definitivo, que condena a Fundação Nacional do Índio (Funai) a finalizar em até 24 meses o procedimento de demarcação das terras da comunidade indígena Pipipã, no município de Floresta.

A responsável pelo caso é a procuradora da República Natália Lourenço Soares. O descumprimento da decisão resultará em multa diária no valor de R$ 1 mil para a fundação.

A ação com o pedido de demarcação da terra Pipipã foi um dos processos ajuizados pelo MPF, em 19 de abril do ano passado, pela garantida das terras indígenas. Na época, tendo como o marco o Dia do Índio, a instituição intensificou a atuação em todo o país pela defesa das áreas tradicionalmente ocupadas por esses povos.

Restrição de direito – A comunidade Pipipã é integrada por cerca de 1,3 mil indígenas. Foi reconhecida pela Funai em 2003, passando a ser beneficiária das políticas públicas voltadas a esses povos. Os trabalhos antropológicos de campo para regularizar a terra tiveram início em 2005.

Conforme consta da sentença, o procedimento demarcatório já durava mais de 10 anos, sem previsão de fim. A Justiça entendeu que as autoridades responsáveis pela demarcação não podem permitir que o excesso de tempo para seu desfecho acabe por restringir o direito que se busca resguardar.

Nº do processo: 0000232-02.2013.4.05.8303 –  18ª Vara Federal em Pernambuco

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