Representantes de comunidades tradicionais de matriz africana, juntamente com ciganos e quilombolas, aproveitam passagem por Brasília, durante III CONAPIR, para mobilização no Congresso em favor de política pública de desenvolvimento sustentável
A secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Secomt/SEPPIR), Silvany Euclênio, entende que a mobilização dos delegados da Conferência, logo pela manhã, horas antes da abertura do encontro, deverá ser uma boa estratégia pela aprovação. Ela acredita que representantes das delegações dos três segmentos (comunidades de matriz africana, quilombolas e povos ciganos) deverão estar presentes.
Povos e comunidades tradicionais
Atualmente, o Decreto considera povos e comunidades tradicionais, os “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.
Territórios tradicionais
O mesmo decreto define territórios tradicionais “os espaços necessários á reprodução cultural, social e econômica dos povos e comunidades tradicionais, sejam eles utilizados de forma permanente ou temporária”.
Em agosto último, a SEPPIR emitiu a Nota Técnica 36/2013, favorável à aprovação do PL. No documento, elaborado pela Secomt, argumenta-se que a aprovação fortalece institucionalmente o Poder Legislativo, pois “compreende-se que a elaboração e implementação de políticas públicas visam assegurar aos povos e comunidades tradicionais direitos já garantidos não apenas constitucionalmente, mas também no âmbito internacional e pela atuação articulada da sociedade e dos poderes públicos”.