Cerca de 2 mil Sem Terra marcham por Reforma Agrária em Alagoas

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Por Gustavo Marinho, da Página do MST

Antes de raiar o sol, 2000 camponeses já estavam de pé prontos para dar início à Marcha em defesa da Reforma Agrária, em Alagoas, nesta segunda-feira (4). Com destino à Maceió, os movimentos sociais do campo se concentraram no acampamento Sede, em Murici, palco de grandes conflitos agrários do estado.

A Marcha por Terra e Justiça é uma iniciativa do MST, Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e Comissão Pastoral da Terra (CPT), e cobra do governo federal e estadual a democratização da terra.

“Dilma parou a Reforma Agrária. E quando chega essa época do ano o presente que o governador quer nos dar é botar a polícia para expulsar as famílias das terras, passar o natal na rua”, afirmou Zé Roberto, coordenação nacional do MST. (mais…)

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Assentados podem perder suas casas para a construção de aeroporto em AL

juncoPor Paulo Floro, do NE10, em MST

Os moradores do assentamento Junco nunca tiveram que lidar com tamanho mistério. Em um determinado dia de dezembro do ano passado todas as casas do vilarejo, localizado na zona rural de Maragogi, a 125 Km de Maceió (AL), perceberam que suas casas receberam um estranho carimbo de um avião vermelho, seguido de um número desenhado em estilo militar. As residências não possuem nenhum luxo. São de alvenaria, algumas decoradas com um pequeno jardim à frente, outras com um largo terraço. Em todas, esse símbolo rubro que traz mais perguntas que respostas. (mais…)

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Yvy Katu: juiz concede reintegração; acampamento é atacado por pistoleiros

Foto: Aty Guasu
Foto: Aty Guasu

Por Ruy Sposati, de Campo Grande (MS), em Cimi

Em Yvy Katu, um grupo de homens armados invadiu e atirou contra a comunidade indígena Guarani Ñandeva acampada na fazenda São Jorge, na noite de sábado, 2 de novembro. A Justiça Federal de Naviraí concedeu, em 31 de outubro, reintegração de posse a Luiz Carlos Tormena, proprietário da fazenda Chaparral, também ocupada pelos Guarani. Ambas as fazendas – de um total de 14 propriedades – incidem sobre a Terra Indígena Yvy Katu, localizada entre os municípios de Japorã e Iguatemi (MS), declarada em 2005 mas com processo de demarcação parado.

Ainda, em 24 de outubro, em decisão favorável ao proprietário da fazenda São Jorge, a Justiça Federal determinou que a Polícia Federal realizasse patrulhamento na região, a fim de “proteger os funcionários (ou aqueles que estiverem na propriedade) e o patrimônio da parte autora, bem como o direito de ir e vir dentro da propriedade” e “(re)assegurar a ordem violada e inibir posteriores invasões”. (mais…)

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No Recife, infância perdida na lama e no lixo, por Wagner Sarmento e Marina Barbosa

Paulinho nadandoA história dos meninos cujo cotidiano é catar latas na imundície do Canal do Arruda

Por Wagner Sarmento e Marina Barbosa, em jconline

Eles nadam onde nem os peixes se atrevem. De longe, suas cabeças se confundem com os entulhos. Pela falta de quase tudo na terra, mergulham no rio de lixo atrás da sobrevivência. Lá sim tem quase tudo: latinhas, garrafas, papelão, móveis velhos, restos de comida, moscas, animais mortos. Menos dignidade. Lá, no Canal do Arruda, Zona Norte do Recife, o absurdo é rotina. Anfíbios e miseráveis catam sonhos onde o pesadelo é retrato soberano. São três meninos da comunidade Saramandaia, melados até o pescoço da lama do abandono, numa área que o prefeito da capital, Geraldo Julio (PSB), elencou como prioridade de sua gestão e que, até agora, não viu resultados senão promessas.

O sol inclemente não intimida. É preciso aproveitar a maré baixa, quando os resíduos se acumulam. A cena choca, intriga, envergonha. Em pleno 2013. Em plena capital pernambucana. Aos olhos de todos. O Canal do Arruda, foz de boa parte do lixo recifense, é a mina de ouro de Paulo Henrique Félix da Silveira, 9 anos; Tauã Manoel da Silva Alves, 10; e Geivson Félix de Oliveira, 12, unidos pelo sangue, pela necessidade e pela indiferença do poder público. (mais…)

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Dilma tenta reforçar discurso ambiental com fundo de compensação para índios

cocarEngavetada há anos, medida passou a integrar a agenda do Planalto com o objetivo de fazer frente às críticas da ex-ministra Marina Silva; plano de atenção às comunidades atingidas por hidrelétricas deve valer apenas para pacote de novas usinas

Por João Villaverde, no Estado de São Paulo

BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff estuda criar um fundo de compensação para índios que vivem em áreas próximas às hidrelétricas previstas no plano de energia do governo para 2021. Também prepara a regulamentação de um artigo da Constituição que obriga o poder público a consultar as comunidades indígenas antes de operar essas usinas.

Trata-se de uma estratégia para reforçar o discurso do governo no embate com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, uma crítica da política de desenvolvimento do País, que segundo ela não é sustentável.

Ex-petista, Marina se aliou ao projeto presidencial do governador Eduardo Campos (PSB) e poderá até disputar a sucessão do ano que vem na condição de vice do pernambucano. (mais…)

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SP – Mulher é obrigada a lacrar mochila e sofre racismo em mercado

Rosiney Gonzaga foi obrigada a lacrar mochila em supermercado em Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
Rosiney Gonzaga foi obrigada a lacrar mochila em supermercado em Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)

Moradora de Piracicaba (SP) elaborou um boletim de ocorrência por injúria. Servidora pública afirmou que casal branco teve outro tratamento no local.

G1 SP

A funcionária pública Rosiney Souza do Carmo Gonzaga, de 50 anos, procurou a Polícia Civil de Piracicaba (SP) na noite deste domingo (3) para registrar um boletim de ocorrência de injúria. Ela alega que sofreu racismo ao entrar em um supermercado no bairro Piracicamirim. Segundo Rosiney, uma funcionária do estabelecimento a obrigou lacrar sua mochila por ser negra.

“Eu entrei no mercado com a mochila e a funcionária me parou na porta e falou que tinha que lacrá-la. Eu questionei e expliquei que ali estavam guardados meus documentos, cartões e lista de compra. Mesmo assim, ela me disse que precisava lacrar. No mesmo instante percebi que outras mulheres estavam com bolsas grandes e questionei, mas a colaboradora relatou que era porque era mochila e se eu não o fizesse seria monitorada dentro do mercado”, relatou. (mais…)

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Persiste no Brasil uma cultura escravagista, colonialista e exploradora

adriana fetzner

Gerardo Iglesias entrevista Adriana Borba Fetzner, em UITA

Como assessora Legislativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura, Adriana vem desenvolvendo um extraordinário trabalho de pressão no Congresso Nacional, e agora vem colaborando com a Campanha da CONTAG em parceria com a UITA contra as modificações que pretendem introduzir na PEC do Trabalho Escravo.

-Fale-nos sobre a gênese dessa PEC?

-Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) pode ser apresentada tanto pelos senadores como pelos deputados do Congresso Nacional, e precisa de 3/5 dos votos do Congresso para ser encaminhada à Presidência da República.

CONTAG, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Associação de Procuradores do Trabalho (ANPT) e as centrais sindicais, entre outras organizações, propuseram em 1993 um projeto no qual era prevista a expropriação das terras onde fosse constatada e existência de trabalho escravo. (mais…)

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