Audiência pode levar réus da Chatuba a júri; ex-menino de rua relembra Candelária
Por Henrique de Almeida, no Jornal do Brasil
Mais de 32 mil homicídios dolosos, 257 lesões corporais seguidas de morte, 1053 latrocínios, mais de cinco mil mortes em confronto com a polícia, 140 policiais, entre policiais militares em civis, mortos em serviço, além de 34 mil desaparecidos e 27 mil tentativas de homicídio. Os dados, colhidos entre 2007 e maio de 2013, são do Instituto de Segurança Pública(Isp), revelam a situação da violência no Rio de Janeiro.
As estatísticas alarmantes chegam em um momento em que a chacina da Chatuba, ocorrida em setembro de 2012, terá a primeira audiência relativa ao caso no dia 22. A semana também marca uma data tristemente histórica no Rio. No dia 23, completam-se 20 anos da Chacina da Candelária, onde seis menores de idade e outros dois sem-teto que moravam nos arredores da Igreja foram assassinados.
As duas tragédias possuem faces bem distintas: a da Candelária foi perpetrada por policiais militares que abriram fogo contra setenta crianças que dormiam na madrugada do dia 23 de julho em 1993 perto da igreja centenária.
Já a da Chatuba, em 6 de setembro de 2012, foi causada pelos traficantes da Favela da Chatuba, comandados por Juninho “Cagão”, que decidiram torturar a matar brutalmente seis jovens que foram até a cachoeira do Complexo Militar do Gericinó tomar banho no local.
O Jornal do Brasil reúne os depoimentos de quem conviveu de perto com essas duas realidades. No caso da Chacina da Chatuba, temos Cildes Vieira, de 50 anos, pai de um dos nove mortos na tragédia, o jovem Christian de França Vieira, de apenas 16 anos. Quase 10 meses após o crime, Vieira alega que alguns dos responsáveis diretos pela morte do filho estão ainda soltos na Chatuba. E repete um mantra que virou símbolo de luta:
“Não vou parar enquanto não obtiver justiça pelo que foi feito com meu filho e os amigos dele”.
Já Adilson Dias, de 33 anos, é um professor e diretor de teatro que, recentemente, foi a Cuba representar o Brasil no Festival Internacional de Contos para Jovens, juntamente com Silvia Castro. Porém, Adilson já foi chamado de Bochecha e viveu em uma galeria de esgoto em Ipanema e, entre 1991 e 1992, conviveu com os meninos que moravam nas proximidades da Candelária. “Tudo que aconteceu com eles poderia ter acontecido comigo, de um jeito ou de outro. Passei quatro anos na rua, e na rua e no crime, você quase nunca chega aos cinco anos. Fui salvo a tempo”, atesta.
“Certamente morreu muito mais gente”
Quem divulgou os números do ISP foi a organização não-governamental Rio de Paz. Para o presidente, Antônio Carlos Costa, no entanto, os números do instituto escondem o fato de que pelo menos mais 10 mil pessoas a mais foram mortas no Rio de Janeiro no período:
“Os próprios números do ISP são desatualizados. Pelos nossos dados, há muito passamos dos 40 mil homicídios nesse governo. Isto porque você tem os desaparecidos, que somam quase 35 mil. E certamente muito desses tiveram a vida interrompida pelo crime”, diz Costa.
O presidente da ONG alega ainda que há a subnotificação dos crimes, ou seja, muitos ainda desaparecem e morrem sem ter as ocorrências registradas. “ É gente que foi enterrada em cemitério clandestino, virou comida de porco e jacaré. Pode ser que nós já tenhamos à marca de 45 mil homicídios, somando os desaparecimentos e tentativas que terminaram em morte. Não há uma pesquisa séria sobre os desaparecidos no Rio de Janeiro”, diz o presidente.
Para Antônio Carlos, os números revelam o fracasso do governo Cabral na sua política de segurança pública, especialmente no que diz respeito às Unidades de Polícia Pacificadora, que para ele são usadas para tratar pontualmente de um problema estrutural:
“O que esses números revelam é que a UPP não pode ser vista como uma panacéia. Se o tratamento do problema da segurança pública, especialmente quanto às mortes violentas, não receber uma abordagem multidisciplinar e sistêmica, você não vai conseguir diminuir esse número assombroso de homicídios. Não se trata de uma ação isolada, você tem que discutir a polícia, sua desmilitarização e maior valorização; a questão das políticas públicas, rever a forma como se combate o tráfico de drogas, que, belicista, não tem dado resultado algum”, condena Costa. “Depois de quase oito anos à frente da segurança pública, o atual governo não deu conta da função principal que é a redução das mortes violentas”, finaliza.
Um pai órfão de um filho
Cildes Vieira, de 49 anos, é um dos principais símbolos da chacina da Chatuba em setembro do ano passado, quando traficantes da favela da Chatuba de Mesquita mataram 9 pessoas, sendo seis dentro do Complexo Militar do Gericinó, em Nilópolis. Os corpos de Christian Vieira, de 19 anos; Glauber Siqueira, Victor Hugo Costa e Douglas Ribeiro, de 17 anos; e Josias Serles e Patrick Machado, de 16 anos foram encontrados na Via Dutra, próximo a Nova Iguaçu.
Nesta segunda-feira, ocorrerá a primeira audiência relativa ao caso. Os 14 réus serão ouvidos e, caso sejam pronunciados pelo juiz do Fórum de Nova Iguaçu, podem ser levados a júri popular. Mas apesar dessa possibilidade de justiça, Cildes diz que ela pode não estar completa:
“Os que realmente torturaram e mataram meu filho estão ainda soltos, ou pelo menos uma boa parte. Tenho informações de dentro da Chatuba para dizer isso que estou dizendo”, conta ele, que cita os nomes de Bola e Semente entre os que ainda estariam soltos.
Ele aproveita para lembrar que, poucos dias antes do julgamento, não recebeu qualquer chamado da promotoria responsável dizendo se ele será chamado para ser testemunha de acusação ou, no mínimo, poderá assistir ao julgamento.
“Promotoria mandou uma intimação dizendo que essa pessoa vai ser chamada como testemunha de acusação, e eu não estou sabendo nem se vou conseguir entrar na segunda-feira dentro do fórum. Estou sendo ocultado sobre o que está acontecendo. É isso que eu não entendo. Eu estou acusando esses caras e não sou chamado para testemunhar”, disse ele, indignado.
Atualmente, a rotina de Cildes é do trabalho para a casa: das 7 às 16h, trabalha na construção civil em Nilópolis. Volta para casa, toma um banho e dirige-se para Mesquita, onde é inspetor de segurança de um colégio do município. “Praticamente não tenho tempo para mais nada”, conta ele.
Cildes conta, com dor no coração, que a notícia da morte do traficante Juninho “Cagão”, líder do bando que matou os jovens, foi uma das melhores que recebeu. Mas não acredita que os que já estão presos, como o traficante Foca, pagarão pelo crime.
“Ele vai cumprir os três anos e meio de medidas sócio-educativas, no máximo, e daqui a pouco estará nas ruas de novo. Não acredito na justiça enquanto não forem pegos os que estão envolvidos com a morte do meu filho e de todos eles”, garante Cildes, que se emocionou ao falar do filho:
“Era um garoto bom, ótimo. Nunca fazia malcriação, estava sempre disposto a ajudar. Me ajudava nos serviços que eu fazia, para ganhar um dinheiro. Era um filho muito bom, cuidava das irmãs, não tenho o que reclamar”, emocionou-se o pai que, subvertendo a ordem natural, ficou órfão de um filho e disse, em alto e bom som, durante seu enterro: “Só quero dizer para esses vagabundos que isso não vai ficar impune”. E é por essa punição que ele luta até hoje.
Baixada abandonada
Cildes aproveita para relatar o aumento dramático da violência na Baixada Fluminense. Segundo ele, “aonde você for na Baixada Fluminense, você se depara com bandidos armados ou vendendo drogas”. Segundo Cildes, o governo do Estado só está colhendo o que plantou:
“Onde está o investimento em saúde, segurança e educação for a das zonas nobres da cidade, onde vai ter Copa do Mundo e Olimpíadas de 2016? Desde que as UPPs começaram a ser implantadas, a violência aumentou muito aqui na região. Pode ter certeza que número de policiais envolvidos com o crime aumentou na região”, dispara ele.Cildes conta um caso que revela a gravidade da situação hoje na Baixada.
Segundo ele, na sede do Destacamento de Policiamento Ostensivo(DPO) na Chatuba, havia 10 sargentos do 20º Batalhão da PM(Mesquita) e apenas 1 tenente do 15º Batalhão(Duque de Caxias). Os que estavam no 20º teriam sido coniventes com os bandidos:
“Existe DPO na Chatuba desde que eu tenho 13 anos. E eles são totalmente coniventes com a bandidagem. Se você viesse aqui agora, eu te levaria lá dentro e você veria. Tive que fazer um serviço perto da sede. Onze policiais estavam lá, e na época existia uma boca de fumo na mesma rua. Todos os que haviam vindo do 20º nunca moveram uma palha, precisou vir alguém de fora para que houvesse um confronto e a boca de fumo fosse desmantelada”, conta Cildes, em tom de lamentação. A assessoria da PMERJ informa que não foi informada sobre esse tipo de denúncia, e que qualquer denúncia deve ser encaminhada à ouvidoria da Polícia Militar.
“Em algum lugar, todo dia, alguma família está sofrendo a mesma dor que a minha. Saber disso é muito triste. Quando isso vai acabar?”, questiona ele, dez meses após mais uma chacina na Baixada Fluminense.
Da rua ao tablado
Adilson Dias poderia ter sido uma das vítimas da chacina da Candelária, que causou a morte de oito crianças de rua que viviam perto da Igreja de mesmo nome. Ou poderia mesmo ser um dos milhares de meninos de rua sem perspectiva de melhora em suas vidas. Aos 33 anos, porém, ele superou as dificuldades e hoje é diretor de teatro, ator e compositor. Adilson tem ainda um filho de quatro anos de idade. Uma mudança e tanto para quem, há 20 anos, roubava nas ruas para comer e dormia no chão frio de pedras portuguesas.
Nesta semana, ele estreia o espetáculo Ciranda da Palavra. Dirigido por Silvia Faria, a peça infantil será encenada no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil, um prédio que fica a poucos metros do local que lhe serviu de lar por um ano. “Sou uma quebra de paradigma, de que não há salvação para quem vive nas ruas. Nunca voltei ao CCBB da forma como voltei nesta semana, como artista renomado. Fico muito honrado. Para mim é muito forte. Voltar lá sem ser o pé descalço, sem medo de ser enxotado de lá, é algo muito forte para mim”, conta ele, emocionado.
Ele lembra ainda que, “no período em que a ‘chapa’ começa a esquentar”, ele já estava morando nas ruas de Ipanema. “Digo isso sem querer tirar meu corpo fora. Não sofri o que eles sofreram”, diz ele.Segundo ele, por pouco, ele não vira mais uma vítima anônima da brutalidade da vida nas ruas do Rio:
“Na rua e no crime, não se dura cinco anos, ainda mais jovem como eu era. Eu passei quatro anos na rua. Se tivesse ficado mais um ano, provavelmente não estaria falando aqui com você”, diz, seguro de que ter sido resgatado em 1994 por um vizinho de sua mãe foi a melhor coisa que poderia ter acontecido em sua vida. “O período que eu vivi na Candelária foi o melhor daquele grupo lá. Na minha casa eu não tinha comida, e lá eu tinha tudo, boemia e tal. Mas não estou fazendo nenhuma apologia. Não quero isso para o meu filho.”
Adilson começou a vida nas ruas na Central do Brasil, em 1990. Morador de Oaíba, em Campo Grande, e ia para a Central engraxar sapatos. “Lá, a gente pagava propinas pros policiais e eles deixavam a gente ficar lá. Mas não podíamos sair, porque era território de ninguém. E, como qualquer criança de 11 anos, eu queria ver o que tinha lá fora”, conta ele.
Após um ano, ele deixou a curiosidade dominá-lo e foi ver o que tinha lá fora. O saldo da curiosidade mudaria a vida dele. “Na altura da Carioca eu fui agredido, e tentei chegar de novo à Central, só que acabei pegando o caminho oposto. Ao chegar à Avenida Primeiro de Março, eu parei na Candelária e conheci o Cado, que me levou para lá. Lá que eu conheci o Gambazinho, o Deco, o Mancha”, disse ele, sobre outros garotos que frequentavam a Candelária. Ao se enturmar com a turma, Adilson virou Bochecha.
Por um ano, entre 1991 e 1992, Bochecha conta que a rotina do grupo consistia, basicamente, em dormir até tarde e não fazer nada. Ele conta que dormia em um prédio na rua Rivadávia Corrêa, e perto de um prédio do Banco Safra. Ele diz que poucas vezes dormiu na própria Candelária. “Não éramos uma unidade, muitas vezes vinham filmar a gente, fotografar, mas não dormíamos todos na Candelária. Quando a fome surgia, o grupo costumava roubar para comer. “Roubávamos para comer, por uma questão de sobrevivência. Hoje eu tenho raciocínio para saber que aquilo também era por uma falta de oportunidade na sociedade. Não me orgulho disso, mas era necessário”, conta ele.
Bochecha lembra da presença da “tia” Yvonne Bezerra, que já trabalhava com crianças de rua naquela época. Ela ajudou a trazer projetos sociais para o grupo, além de distribuir alimentos para eles. Ainda em 1992, porém, ele lembra da agressão que sofreu quando foi fazer um pequeno furto a uma sapataria no centro da cidade. O incidente marcou a sua saída da Candelária em direção a um novo destino:
“Fui roubar uma sapataria, onde sempre roubávamos sapatos, ali na Rua da Alfândega. Um dos seguranças me pegou e me bateu como gente grande. Depois de passar muito tempo desmaiado, eu acordei, peguei um 438 e fui para Ipanema, onde fiquei até sair das ruas, em 1994”.
“Dali, poderia ter saído muita gente de bem”
Adilson conta que o Bochecha de antigamente percebia muitos talentos entre os meninos que moravam na Candelária. Sandro, que em 2000 protagonizaria o desastroso caso do sequestro do ônibus 174, onde ele e uma das vítimas foram mortos pela polícia, era conhecido apenas como “Mancha”. Segundo Bochecha, Mancha queria ser um ‘astro pop’: “Sandro jogava capoeira, tinha uma referência televisiva muito boa, cantava rap. Se ele tivesse tido uma oportunidade, e digo isso com pureza d’alma, ele seria muito mais artista do que eu. Ele era artista por completo. No documentário da vida dele, as vítimas defendem ele, e uma delas conta que ele encenou vários momentos durante o sequestro porque ele sabia que a mídia estava ali.”, diz ele, que se emociona ao lembrar do amigo.
“Ele dizia: ‘Pô, Bochecha, você vai ver, eu vou ser famoso, vou aparecer no jornal, vou ser um cara famoso”, conta. Bochecha tinha uma boa relação também com outro menor, Gambazinho. “Ele seria um ótimo administrador. Ele que organizava as nossas idas para comprar comida, organizava os nossos gastos. Se dessem uma chance, ele também poderia se dar bem na vida”, garante.
Adilson conta que só conseguiu uma oportunidade graças ao ator e diretor de teatro Sérgio Brito. “Foi ele quem me deu a primeira oportunidade, tava pedindo um ingresso no Teatro Glória e ganhei uma bolsa de teatro na CAL (Centro de Artes de Laranjeiras). Não terminei o curso porque minha mãe ficou doente e tive que cuidar dela, mas foi fundamental esse contato. Depois fiz balé, dança, sapateado, e a partir daí tudo fluiu”, conta Adilson, que com 29 anos dirigiu uma polêmica versão da Paixão de Cristo, intitulada Paixão de Chico, na Cidade de Deus.
“Foi o destino que fez que eu me envolvesse com arte. A minha revolta quando fechavam os vidros dos carros para mim gerou tudo o que eu sou hoje. Eu pensei: não vou mais ser desprezível para essas pessoas, E é o que acontece hoje”, finalizou Adilson, ex- Bochecha e hoje diretor de teatro.
Diálogo entre trajetórias
Em uma conversa rápida, Adilson e Cildes contaram as experiências de vida um para o outro. A emoção tomou conta, e Adilson confia que Cildes ainda pode cumprir uma grande missão com o aprendizado que teve durante o doloroso processo nos últimos dez meses. “Acho que você pode ajudar muito outros pais que sofreram com a perda de seus filhos, ou talvez ajudar com projetos sociais para impedir que outros jovens tomem o mesmo caminho dos traficantes que mataram o Christian e tantos outros. É uma dor que pode ensinar”, disse Adilson.
Cildes conta que a rotina dura de trabalho, das 7 às 22h, impede que ele ocupe espaço em sua mente e seus atos com uma atuação maior em entidades de direitos humanos e projetos sociais. Ele revela, porém, que se emocionou muito no dia do lançamento do projeto Faixas Pretas de Jesus, em um centro que recebeu o nome de seu filho, Christian, em Nova Iguaçu. “Foi algo que me marcou. Me chamaram para tomar conta, mas eu que não quis. A dor é muito forte ainda, e não posso descansar enquanto esses caras não estiverem presos”, diz ele. No final das contas, o pai que ficou órfão do filho agradeceu as palavras do ex-menino de rua.
“Agradeço muito. Ninguém melhor para a gente se espelhar. Foi uma pessoa que passou por tudo que passou e venceu na vida. É uma batalha muito grande, nem todas as pessoas tem essa garra que você teve, de lutar pela vida, tentando melhorar a sociedade”, atesta. “Apesar de não ter a fé tão grande quanto tinha antes do que aconteceu em setembro, digo de coração: Que Deus o abençoe”, disse, seguido de uma concordância sem palavras entre ambos.
“Queremos um alento mínimo”
A advogada Ediléia Triani representa as famílias das seis vítimas mais jovens, além de outro que perdeu o filho na tragédia, o senhor José Aldecir. Ela conta que a audiência desta segunda-feira põe em jogo a absolvição ou condenação dos 14 acusados.
“Estarei lá como advogada deles e como membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, para ver se conseguimos justiça. Queremos um alento mínimo para as famílias. Tanto na parte criminal quanto na parte cível”, diz a advogada.Ela explica que a reparação de danos por parte da União, uma vez que o Complexo do Gericinó pertence ao Exército, vem sendo um processo complicado.
“A União alega que não há provas de que os meninos foram mortos lá dentro do complexo. E que na verdade os meninos é que entraram em área proibida”, conta a advogada. Segundo a justificativa do governo, “a responsabilidade só é configurada por ato do agente público”, sendo que o crime foi executado pelos traficantes. Para ela, é uma clara tentativa de tirar qualquer chance de culpa do Governo.
“Eles querem tirar o corpo fora, mas o fato é que os traficantes estavam dentro de uma área do exército e comandando o tráfico de lá de dentro. Tomaram conta da área. E isso não é responsabilidade da União”, alega ela, que preferiu não falar sobre o que espera da audiência. “Só depois do pronunciamento é que vamos decidir”, finalizou ela.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.
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verdade o que a ana clara diz ser eles eram tão em nocente oque eles estavam fazendoo 20h da noite em uma area de traficantes em
eu tenho uma pergunta a ser feita.Porque 6 adolescente entraram em uma area de uma facção rival em bando se todos tinham conhecimento de que la dentro só tinham traficantes???? é um pouco estranho essa inocencia toda desses adolescentes,é claro nada justifica a violencia que sofreram,mas acredito que nenhum adolescente sem qualquer involvimento com o trafico teria entrado nessa area.