Débora Melo, do UOL, em Brasília
O deputado Anderson Ferreira (PR-PE) reapresentou na tarde desta quarta-feira (3) à Mesa Diretora da Câmara o projeto que ficou conhecido como “cura gay”. A proposta original, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), foi retirada ontem da pauta após pedido do próprio autor e arquivada pelo plenário da Casa.
O projeto pretende derrubar trechos de uma resolução do CFP (Conselho Federal de Psicologia) que proíbe que psicólogos ofereçam tratamento para a cura da homossexualidade.
“O projeto foi rotulado de forma pejorativa, ninguém entendeu o seu conteúdo real. O que o Conselho de Psicologia fez foi um verdadeiro lixo. Não tem sentido limitar o profissional de exercer a sua profissão”, disse Ferreira ao UOL.
Ontem, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse no plenário, após o arquivamento do projeto, que uma proposta igual só poderá ser apresentada na próxima legislatura, ou seja, em 2014, “salvo deliberação do plenário”. E é essa brecha que Ferreira vai usar para trazer de volta o projeto.
“Eu não fiz alteração no projeto, enviei no mesmo formato, até para não dizerem que foi manobra minha para burlar o regimento. Então o projeto é idêntico, mas agora de minha autoria. O que eu quero é que essa questão seja debatida. Não houve debate, e eu quero esclarecer isso”, afirmou.
A Mesa Diretora da Câmara confirmou que recebeu o projeto por volta das 14h30 de hoje e que, agora, a proposta passará por uma análise jurídica. Ferreira afirmou que entrará com recurso caso a mesa avalie que o projeto não pode voltar a tramitar.
É…, em sendo levado à discussão em plenário, apesar da chance que será dada aos tais que desejam os holofotes sobre si, para fins de angariar os votos dos conservadores preconceituosos nas eleições que se aproximam, haverá, também a oportunidade de vê-los desmoralizados, pois, certamente, haverão de ser derrotados.
Não posso deixar de comentar a ousadia dos deputados federais Anderson e Infeliciano, que aparecem na foto acima, quando, em um evento denominado “Marcha para Jesus”, permitem-se a auto-promoção, mediante assintosa atitude de se colocarem como idolos de uma massa humana que se propuseram em comparecer naquele local, imaginando que poderiam honrar somente Aquele que emprestou o nome para a marcha. Auto-idolatria??? Ora, que bom que tais politicos (com letras minúsculas) não me representam.
O que ele quer é aparecer. Então, não vamos ajudar a fazer isso!