Organizações lançam sete desafios mínimos para o Novo Código da Mineração na próxima quarta-feira (29/5)

Mineração já existe há tempos na região, como em Carajás (foto), mas a expansão atual preocupa ambientalistas. Foto: Reuters
Mineração já existe há tempos na região, como em Carajás (foto), mas a expansão atual preocupa ambientalistas. Foto: Reuters

Mais de 30 organizações e movimentos sociais que atuam com o tema mineração, como Ibase, Inesc, MST e Justiça nos Trilhos lançam, na próxima quarta-feira (29/5), o Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração, a partir das 9h30, na sede da OAB, em Brasília.

Durante o evento, elas irão apresentar sete desafios mínimos que devem ancorar o debate público sobre o Novo Código Mineral Brasileiro.

O principal objetivo da iniciativa é enfrentar o debate do novo Código da Mineração do Brasil, construído até o momento às portas fechadas pelo governo brasileiro. Por esse motivo, as entidades se uniram desde o ano passado com o objetivo de trocar e acumular conhecimento sobre o cenário da mineração no Brasil – atividade que compreende uma expansão acelerada e movimenta mais de 1,5 bilhões de toneladas de minérios por ano, acarretando fortes impactos sociais e ambientais.

Depois de várias reuniões, seminários e debates, as organizações chegaram a um consenso mínimo e elencaram os principais itens que devem constar no novo marco regulatório do setor.

A preocupação é a abertura do debate do novo Código para a população. É fundamental que o setor mineral seja regulado para que a atividade seja desenvolvida em benefício da sociedade e respeitando direitos das populações atingidas, do meio ambiente e dos trabalhadores, caso contrário, o novo Código só atenderá aos interesses de grande empresários e não da população.

Confira abaixo os sete desafios defendidos pelas organizações para a construção do novo Código da Mineração:

1 – Garantir democracia e transparência na formulação e aplicação da política mineral brasileira;

2 – Garantir o direito de consulta, consentimento e veto das comunidades locais afetadas pelas atividades mineradoras;

3 –  Respeitar taxas e ritmos de extração;

4 – Delimitar e respeitar áreas livres de mineração ;

5 – Controlar os danos ambientais e garantir Planos de Fechamento de Minas com contingenciamento de recursos;

6 – Respeitar e proteger os Direitos dos Trabalhadores;

7 – Garantir que a Mineração em Terras Indígenas respeite a Convenção 169 da OIT e esteja subordinada à aprovação do Estatuto dos Povos Indígenas.

Serviço:

Lançamento do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração

Quando: Quarta-feira, dia 29 de maio, das 9h30 às 18h

Onde: Sede da OAB Nacional (Setor de Autarquias Sul – Quadra 5 – Lote 1 – Bloco M – Brasília – DF)
Telefone: (61) 2193-9600

Mais informações:

Mariana Claudino (Comunicação Ibase) – (21) 8133-3192 – [email protected]

Gisliene Hesse (Comunicação Inesc) – (61) 3212-0204 – [email protected]

Enviada por Bruno Milanez.

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