Carta da CONAQ em reposta ao Jornal de Brasília sobre as calúnias ao Quilombo Mesquita (GO)

A VERDADE DOS FATOS

Deu na Imprensa:

Nos últimos dias do mês de fevereiro, o dono do Jornal de Brasília, usou mais uma vez do “expediente” de proprietário de veículo de comunicação para benefício pessoal.

Já é de conhecimento de todos que o Sr. Marcos Lombardi, o Marcola, como é conhecido o dono do Jornal de Brasília, usa aquele instrumento para benefício próprio, muitas vezes causando danos morais e financeiros a outras pessoas e até mesmo, colocando em risco a vida de terceiros. Casos que, com certeza, levariam a altas indenizações e retratações, se acionados pela justiça.

Na matéria caluniosa, que foi chamada de capa, “Nomeação suspeita em secretaria do DF”, assinada pela redação, não há validade jornalística, essa é a verdade. Nenhum profissional, mesmo se sentindo ameaçado, se sujeitaria a assinar uma matéria tendenciosa que possui uma clara tentativa de prejudicar uma pessoa  quilombola, que de forma legítima, atua no Quilombo de Mesquita na busca dos direitos das Comunidades Quilombolas no país.

Depois de ler a matéria e tomar conhecimento dos fatos, a única conclusão que podemos chegar é a de que o Sr. Marcola, ferido por não poder desenvolver o seu papel obscuro de “grileiro de terra”, questão muito séria no DF e no Brasil, que já dissipou dezenas de vidas, por ganância, como uma “corrida ao ouro”, usa o seu poder de dono de jornal para macular o nome de um órgão  do GDF, que é a SEPIR-DF,  de sua  servidora, bem como da Constituição Nacional e Tratados Internacionais que amparam as comunidades Quilombolas.

VAMOS AOS FATOS:

– Não existe uma briga na justiça por indenização, e sim um processo administrativo junto a Terracap, para que as pessoas que tiveram suas terras desapropriadas recebam a indenização. O nome da servidora  pública e comissionada, Sandra Pereira Braga, não consta neste processo administrativo.

A servidora em questão cumpre todas as exigências legais e técnicas para cumprimento do cargo que ocupa, pois é uma profissional qualificada e pertence a uma Comunidade Tradicional Quilombola. Portanto, pode ocupar um cargo na Diretoria de Povos e  Comunidades Tradicionais por possuir conhecimento sobre o assunto que envolve este povo. A servidora apresentou todas as certidões negativas e documentação necessária para ocupar o cargo cumprindo a lei da ficha limpa. A CONAQ tem total confiança no trabalho que a Servidora e quilombola vem apresentando, pois a mesma luta em defesa dos direitos das comunidades quilombolas no país, sendo sem dúvida um quadro preparado e com clareza Política e comprometimento com as causas da população carente deste país.

São pessoas e matérias caluniosas, como esta que saiu na Jornal de Brasilia, que  fazem aumentar o racismo  e  preconceito no Brasil. Podemos constatar que , na verdade, alguns setores da sociedade ainda não se contentaram com o fim da escravidão, a exemplo do dono do Jornal de Brasília que usa da licença do jornal e do direito de imprensa para benefício próprio, já que possui terras no terreno quilombola de Mesquita, e tendo tentado por inúmeras vezes vender frações das terras que não lhe pertence, com o objetivo de construir ali um condomínio de luxo, estimulando cada vez mais a expulsão da população pobre para os lugares mais longínquos de Goiás, Distrito Federal e Entorno e, assim, perpetuando  a especulação imobiliária, e de grileiro o que no popular se chama, grilagem de terra.

Com tudo podemos afirmar  que esta é mais uma  tentativa de macular um direito previsto na Constituição que da direito aos territórios de quilombos, como  muitas outras  tentativas  que já foram feitas para acabar com o direito do povo negro quilombola neste país.

O BRASIL TAMBÉM É QUILOMBOLA.

NOSSA HISTÓRIA, NOSSA IDENTIDADE, NOSSA RIQUEZA!

Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas-CONAQ

Comments (2)

  1. Há grandes interesses na privatização das áreas da cidade Ocidental, Gim Argelo e seus filhos, Marcos Lombardi são interessados que dominam meios de comunicação e formação de opinião em proveito próprio.

  2. Ao Sr. Marcos Lombardi,eu fico muito indignado quando vejo uma matéria dessa, tendo em vista, o que seria do nosso Brasil se não fosse os negros dar seu sangue ate mesmo a vida num regime de escravidão para favorecer a minoria que eram os grande fazendeiro,a minha família por exemplo foram escravos vivem na terra ate hoje, sobrevive dela isso porque o governo federal tem investido nas comunidade quilombola através SEPIR com política publicas que tem dado a esse povo tão sofrido a dignidade e tirando da estrema pobreza,gostaria muito que o Sr: marcos Lombardi viesse aqui no rio de janeiro e publicasse em seu jornal os desenvolvimento das comunidade quilombola daqui o que fazem , produzem a cultura a maneira que combatemos a alfabetização etc.

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