Secretaria inicia levantamento de indígenas na área urbana de Londrina

Pauline Almeida

Quem passa pela região central de Londrina vê várias famílias indígenas pedindo esmolas e vendendo artesanatos, principalmente na Rua Souza Naves, Alameda Miguel Blasi e Calçadão. Com o número crescente de índios deixando as reservas e sem local adequado para abrigá-los na área urbana, a nova gestão da Secretaria Municipal de Assistência Social tem um problema grave para resolver.

A secretária Telcia Oliveira informou que a questão é prioritária na pasta. Na manhã desta quinta-feira, uma servidora estava visitando as quatro aldeias da região para iniciar um levantamento sobre as necessidades encontradas e quantas famílias teriam migrado para a área urbana de forma permanente.

“Hoje elas estão aqui no Centro Cultural, ao lado do centro, temos várias famílias perto do Com-Tour, na Vila Portuguesa, nós estamos começando uma discussão de como fazer. A nossa ideia é fortalecer a permanência deles na reserva, na terra deles, mas para isso vamos ter que mexer em algumas coisas de lá”, declarou.

A questão indígena será trabalhada com órgãos que já cuidam do assunto, como Fundação Nacional do Índio (Funai) e Ministério Público Federal. Atualmente, existem cerca de 360 famílias indígenas em Londrina e Telcia acredita que é preciso melhorar as condições das aldeias para que elas não se sintam obrigadas a buscar uma vida melhor na cidade.

A permanência nas aldeias é uma forma de manter a cultura indígena viva, mas a prefeitura precisa viabilizar um espaço para receber os índios que vêm à cidade para a venda de artesanatos. Antigamente, eles se abrigavam em uma estrutura ao lado do Centro Cultural, mas o espaço foi destruído pelas chuvas em 2011.

“Nós estamos buscando linhas de financiamento para que eles tenham condições melhores, porque algumas aldeias estão precárias. Isso é uma discussão que precisamos fazer com eles. Tudo tem que estar acordado com eles, da forma que eles concordem e que seja bom”, comentou.

Uma das preocupações da secretaria são as crianças que pedem esmolas. Neste caso, o Conselho Tutelar deve ser acionado para que converse com os pais e evite a utilização dos filhos para a obtenção de dinheiro.

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Enviada por Van Caldeira para a lista CEDEFES.

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