Em assembleia, população decide retomar luta contra projeto mineiro Conga

Natasha Pitts – Adital

Uma mobilização popular em defesa da água realizada nesta quarta-feira (12), em Cajamarca, no Peru, marcou a retomada da luta contra o polêmico projeto de ouro e cobre ‘Conga’. A decisão de permanecer batalhando para conseguir a inviabilidade do projeto mineiro foi tomada no dia 7, durante a Assembleia Geral da Frente de Defesa Ambiental de Cajamarca, da qual participaram mais de 100 delegados.

A Assembleia foi a primeira reunião realizada após o fim do estado de emergência ditado no início de julho pelo presidente Ollanta Humala após uma série de protestos contra a imposição do projeto da empresa estadunidense Newmont. Na ocasião, estiveram presentes integrantes das rondas urbanas de Cajamarca, das juntas comunitárias, estudantes da Universidade Nacional de Cajamarca, professores de bases dos centros educativos, dirigentes de empresas, entre outros.

A agenda foi composta de apresentação de relatórios, análises da conjuntura atual, acordos e divisão de tarefas. Durante a Assembleia, todos apoiaram a sugestão de reiniciar a luta em defesa da água e da vida, logo, contra Conga, e asseguraram o posicionamento sobre a inviabilidade do projeto mineiro e a saída da Newmonte de Cajamarca. Também se garantiu a atuação em defesa do ecossistema da Jalca cajamarquina e ficaram definidos pontos como a ampliação e aprofundação da organização ambientalista nas cidades, vilas e distritos da província de Cajamarca.

Entre as outras resoluções ficou acertado ainda exigir das autoridades municipais e do Governo Regional a instalação imediata do laboratório de análises da qualidade da água em Cajamarca; exigir a desativação do SATCAJ; e realizar uma visita e uma assembleia popular no monte Quilish, na próxima quinta-feira (14).

Manifestações

A retomada da luta contra Conga foi marcada hoje por uma greve de 48 horas convocada pelo Comando Unitário de Luta para exigir a anulação do projeto de ouro e cobre. Apesar da grande quantidade de pessoas que se concentrou nas ruas de Cajamarca e de Celendín e da grande quantidade de policiais, até o final da tarde não havia informações sobre repressão ou atos de violência.

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cat=7&cod=70425

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.