O que já está mais que claro é que a Marinha, sim, “atrapalha” @s Quilombolas de Rio dos Macacos. Assim sendo, o que talvez coubesse perguntar à comunidade é se ela não teria a sugestão de um terreninho a um ou dois quilômetros de distância de seu território (na minha opinião, se possível um pouco mais) para o mesmo governo que roubou suas terras oferecer como local de assentamento para a Marinha. Tania Pacheco.
Gilberto Costa e Luciana Lima, Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Para a Defensoria Pública da União (DPU), a presença de uma comunidade de 46 famílias quilombolas ao lado da Base Naval de Aratu, na cidade de Simões Filho, região metropolitana de Salvador (BA), “não atrapalha em nada” as atividades da Marinha, pois a presença dos quilombolas “está delimitada” pela Barragem dos Macacos, criada artificialmente pelos próprios militares para abastecimento da base. A opinião é de Ricardo Fonseca, um dos três defensores públicos da União lotados na Bahia que acompanham o caso. Ele assegura que “a Marinha não vai sofrer nenhum prejuízo” com a permanência dos quilombolas.
Segundo o defensor, laudo recente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) comprova que os quilombolas são descendentes de escravos que trabalhavam na região há mais de um século. “O laudo reconhece que havia casa-grande e senzala naquele local”, disse Ricardo Fonseca à Agência Brasil. (mais…)