“Conscientes de que muitas vezes as religiões não têm sido fiéis a suas intuições originais, os líderes reforçaram um chamado a cuidar do planeta”, afirma o diretor do programa de Mudanças Climáticas do Conselho Mundial de Igrejas
Ao refletir sobre a participação das diversas igrejas e religiões na Cúpula dos Povos e na Rio+20, o filósofo e teólogo uruguaio Guillermo Kerber afirma que, em conferências como essa, uma contribuição específica das igrejas é vincular o que está acontecendo nas comunidades com a discussão e negociação internacional. “A participação das igrejas não tem sentido em reuniões da ONU se não for para transmitir as dores, as esperanças, os anseios e as soluções que as comunidades podem trazer às crises (ecológica, econômica, financeira, moral, espiritual) nas quais estamos imersos”. Na entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail, ele declara que “a mística e a ética das diferentes religiões convergem para recolocar o ser humano como parte da criação e com uma responsabilidade única, dadas as suas capacidades de destruição e de cuidado”. E conclui: “a discussão sobre o tema ambiental não pode se desligar da discussão sobre a pobreza e a riqueza no mundo”. (mais…)