Economia verde: uma expressão da mercantilização da terra. Entrevista especial com Guillermo Kerber

“Conscientes de que muitas vezes as religiões não têm sido fiéis a suas intuições originais, os líderes reforçaram um chamado a cuidar do planeta”, afirma o diretor do programa de Mudanças Climáticas do Conselho Mundial de Igrejas

Ao refletir sobre a participação das diversas igrejas e religiões na Cúpula dos Povos e na Rio+20, o filósofo e teólogo uruguaio Guillermo Kerber afirma que, em conferências como essa, uma contribuição específica das igrejas é vincular o que está acontecendo nas comunidades com a discussão e negociação internacional. “A participação das igrejas não tem sentido em reuniões da ONU se não for para transmitir as dores, as esperanças, os anseios e as soluções que as comunidades podem trazer às crises (ecológica, econômica, financeira, moral, espiritual) nas quais estamos imersos”. Na entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail, ele declara que “a mística e a ética das diferentes religiões convergem para recolocar o ser humano como parte da criação e com uma responsabilidade única, dadas as suas capacidades de destruição e de cuidado”. E conclui: “a discussão sobre o tema ambiental não pode se desligar da discussão sobre a pobreza e a riqueza no mundo”. (mais…)

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Cúpula dos povos – Brasil indígena, Brasil dos “parentes”

No primeiro dia da Cúpula dos Povos, a tenda que reunia populações indígenas contou com a presença de diversas etnias. Entre as muitas culturas representadas houve o interessante encontro entre povos tradicionais aldeados e outros não-aldeados.

À medida que foram chegando, os indígenas, após se apresentarem, colocaram seus questionamentos e convidaram todos os outros movimentos presentes a mergulhar em sua realidade. Embora distantes de seus territórios, a todo o momento nos faziam lembrar sua condição natural em completa harmonia com a “mãe terra”, conforme eles mesmos costumavam se referir à natureza.

A todo o momento alguns dos índios daquela tenda fizeram da Cúpula dos Povos um ambiente de descontração e solene alegria entoando seus cantos e apresentando suas danças. A maioria delas com movimentos bastante específicos e circulares faziam todos os presentes serem transportados para os rituais escondidos nas matas do Brasil afora, celebrando em coro essas culturas de passado indecifrável. (mais…)

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Disputa por posse de terras entre indígenas e fazendeiros será julgada em Corumbá

A decisão sobre o julgamento foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal; ação tramita desde 1987

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o julgamento da ação de reintegração de posse ajuizada por proprietários rurais será realizado pela Justiça Federal de Corumbá (MS). O processo tramita desde 30 de abril de 1987 e a ação discute a nulidade da demarcação da Terra Indígena Kadiwéu e seu respectivo título.

As audiências, que seriam realizadas no dia 17 de maio, haviam sido transferidas para competência do STF no início do mês passado. Porém, a OAB/MS enviou requerimento à Suprema Corte solicitando celeridade no processo.

Em sua decisão, o ministro Celso de Mello determinou a imediata remessa dos autos ao Juiz Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso do Sul. Desde o início do mês passado, indígenas ocupam fazendas na região de Corumbá e Porto Murtinho, o que traz um clima de insegurança  e também  dificulta a vacinação do rebanho bovino. A reserva pertence à União, contudo existem títulos de propriedade em nome de fazendeiros desde a metade do século XX. As terras estão desde 1984 homologadas e registradas como Reserva Indígena Kadiwéu. De acordo com a OAB/MS, a decisão é necessária para resolver de forma definitiva esta indefinição jurídica.

(Com informações da OAB/MS)

http://www.correiodoestado.com.br/noticias/disputa-por-posse-de-terras-entre-indigenas-e-fazendeiros-se_152531/

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Comercio de Carbono y REDD + en Mozambique: campesinos cultivan carbono al servicio de contaminadores

Con la conferencia de Río +20 a punto de abrir, nosotros queremos compartir con ustedes una historia de la vida real de Mozambique sobre los problemas que las comunidades rurales tienen al involucrarse con proyectos de comercio de carbono. Cuando los campesinos comienzan a producir carbono en vez de alimentos. Escrito y documentado por Vía Campesina Africa.

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Grupo de campesinos cuidando de bosques en  Nhambita

Maputo, 18 de Junio de 2012 (Via Campesina Africa News) – La producción alimenticia y la soberanía de los pueblos africanos corren el riesgo de estar seriamente comprometidas debido a la implementación de proyectos de plantío y de conservación de árboles para la captura de carbono y la llamada Reducción de Emisiones por Deforestación y Degradación forestal Plus (REDD+). Tales proyectos podrán conducir el continente hacia graves situaciones de inseguridad alimenticia y tener como consecuencia la pérdida de la propiedad de la tierra y del control de los recursos forestales por parte de los  campesinos de África. (mais…)

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Movimientos sociales realizan acto contra la Vale y las grandes corporaciones

Al final de la tarde de ayer, los movimientos sociales participantes en la Cúpula de los Pueblos realizaron un acto contra la transnacional Vale, frente a la sede la empresa, entre las calles Santa Luzia y Graca Aranha, en el centro de Rio.

Participaron de acto al rededor de 3 mil personas de los movimientos sociales de la Via Campesina, Marcha Mundial de las Mujeres, entre otros. La acción fue coordinada por la Articulación Internacional de los Afectados por la Vale. La Vale fue elegida como blanco simbólico para representar a las grandes corporaciones internacionales, cuyas prácticas faltan el respeto a los trabajadores, degradan el medio ambiente y le roban a los pueblos el control sobre sus territorios. (mais…)

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Gênero e raça em debate na Arena Socioambiental

Sueli Carneiro

As mulheres estiveram no centro dos debates da Arena Encontros Globais nesta quarta-feira. Para os debatedores, a pobreza tem cor e sexo e buscar equidade significa considerar as dimensões étnico-raciais e de gênero nas políticas públicas de inclusão social

A filósofa da educação, feminista e uma das criadoras do Geledés, Sueli Carneiro fez críticas contundentes ao persistente racismo institucional que vitimiza jovens negros criando déficit censitário deste grupo na faixa dos 15 aos 24 anos; ao racismo que atinge todas as dimensões da vida das mulheres negras, que viola direitos humanos e territoriais: “Comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas, não podem permanecer sendo tratados como obstáculos ao desenvolvimento”, pois “a relação desses povos com a natureza permitiu criar formas de sustentabilidade que hoje se afiguram decisivas para a sobrevivência do planeta”.

Sueli lembrou do caso do jornalista moçambicano Jeremias Vunjanhe, ativista que foi barrado no aeroporto de São Paulo quando tentava vir para a Rio+20. “Só teremos desenvolvimento sustentável quando a dimensão racializada da exclusão social do mundo e, particularmente do Brasil, for enfrentada.” (mais…)

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MT – Smec oferece formação continuada sobre história e cultura indígena

Seminário, que está sendo realizado no Cine-Teatro Municipal Ipê-Roxo, continua até sexta-feira

Nova Mutum trabalha divulgando a importância da cultura afro-brasileira e também oferece formação continuada sobre a História e Cultura Indígena

Para incluir é necessário, antes, informar e orientar. Pelo menos este é o entendimento da Secretaria Municipal de Educação e Cultura quando trata da implantação e consolidação de políticas públicas educacionais para a diversidade. “Não entendemos que a inclusão possa ocorrer num ambiente que não esteja preparado para esse fim. Da mesma forma não acreditamos que a discriminação ou o preconceito possam deixar de existir numa sociedade, na qual os grupos não estejam preparados para receber e interagir com os diferentes”, diz a secretária. Por isso, Nova Mutum assim como trabalha divulgando a importância da cultura afro-brasileira, também oferece formação continuada sobre a História e Cultura Indígena. (mais…)

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Quilombo urbano Pedra do Sal

No Outro Olhar, você vai conhecer um pouco da história do quilombo urbano “Pedra do Sal”, no centro do Rio de Janeiro. Durante a Cúpula dos Povos, houve manifestações em favor da titulação das terras em favor dos descendentes de escravos que vivem na região. O vídeo foi produzido pela TV Cúpula dos Povos.

http://tvbrasil.ebc.com.br/outroolhar/episodio/outro-olhar-rio20-quilombo-urbano-pedra-do-sal

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Encontro Mundial dos Povos de Terreiro na Rio + 20 – Assine a Carta do Rio

O documento foi aprovado dia 15/6 na Oficina sobre Práticas Religiosas em Unidades de Conservação da Natureza, na Cúpula dos Povos, na Rio+20, e está sendo encaminhado à Conferência. Pedimos que as pessoas interessadas em assinar o documento passem na Tenda 34 – Tupac Amaru, no Aterro do Flamengo, ou usem o  link.

Carta do Rio

Os participantes do Encontro Mundial dos Povos de Terreiro na Rio+20, reunidos no dia 15 de junho, de 14:30 às 17h, na Oficina Práticas Religiosas em Áreas Protegidas, na Tenda 34 Tupac Amaru, na Cúpula dos Povos, discutiram os problemas, constrangimentos, demandas e propostas relacionadas às práticas das religiões da natureza nessas áreas, aprovando em plenária as considerações e os encaminhamentos apresentados a seguir.

Considerações
As práticas religiosas na natureza têm origem milenar, ocorrendo em inúmeras vertentes culturais, entre as quais estão as religiões dos povos de terreiro, como os de matriz africana e os povos originários.

Essas práticas estão voltadas para a reverência às forças da natureza, como as matas, rios, cachoeiras, praias e montanhas, além de estradas, encruzilhadas e trevos. Reconhecendo na natureza suas divindades, esses povos desenvolvem um profundo respeito e comprometimento em relação à sua proteção, concebida como espaço sagrado. (mais…)

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