‘Missa do Quilombo’ no Armazém Utopia

 

Com músicas de Milton Nascimento, o espetáculo será encenado diariamente pela companhia Ensaio Aberto

Rio – Uma missa cujo cenário não é a igreja, mas um galpão com máquinas pesadas e turbinas de avião, com vista para os navios e guindastes do porto do Rio. A mais recente montagem de ‘Missa dos Quilombos’, baseada na obra de Milton Nascimento originalmente escrita há 30 anos, está em cartaz no Armazém Utopia e será apresentada diariamente, até o próximo dia 20.

“Encenamos de portas abertas, então o visual do porto do Rio completa o nosso cenário de uma usina de produção”, explica Luiz Fernando Lobo, diretor do espetáculo, encenado pela companhia Ensaio Aberto.

A apresentação traz duas diferenças em relação à montagem de 1981. Além do tema escravidão ter sido atualizado, abordando o assunto nos dias de hoje — sem perder, claro, a pegada histórica da primeira versão —, ‘Missa’ agora ganhou formato de peça de teatro. “Antes, era algo como um show-missa”, categoriza Luiz.

Com estrutura de liturgia católica de verdade — com rito de entrada, palavra de Deus e comunhão — a peça mistura outras crenças afro-brasileiras, como as danças dos orixás e batuques do candomblé e umbanda. A música, aliás, é um dos destaques da peça, que tem 22 atores e nove músicos no palco. “O barulho de instrumentos como maçarico e solda (que os atores manipulam de verdade) segue uma partitura. Todos estes elementos fazem parte da trilha sonora só com músicas do Milton”, conclui o diretor.

Serviço

ARMAZÉM UTOPIA. Avenida Rodrigues Alves s/nº, Centro (2253-8726). De seg a sáb, às 21h (nesta terça não haverá espetáculo). Domingo, às 19h. R$ 40. Até 20 de dezembro. Livre.

http://odia.ig.com.br/portal/diversaoetv/html/2011/12/missa_do_quilombo_no_armazem_utopia_211334.html

O vídeo acima é um fragmento do DVD com direção de Luiz Fernando Lobo e Rudi Lagemann, cena “Ofertório” do espetáculo “Missa dos Quilombos”, montagem da Companhia Ensaio Aberto para o musical de Milton Nascimento, Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra, com direção de Luiz Fernando Lobo e direção musical de Túlio Mourão.

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