Ibama e Funai desativam exploração ilegal de madeira em terra indígena no Amazonas

No último fim de semana, equipes do Ibama e da Funai, com apoio da Policia Militar, desativaram uma exploração ilegal de madeira na Terra Indígena Sepoti, município de Manicoré/AM.  Foram apreendidos pelo Ibama dois tratores e 61 toras de madeira medindo 161 metros cúbicos.  Também, foram apreendidas pela Policia Militar uma caminhonete, uma pick-up e uma moto.

Durante a ação, houve manifestação de cerca de 200 madeireiros, que bloquearam a rodovia BR-230, na Vila de Santo Antonio de Matupi e reivindicaram que os tratores fossem depositados na própria Vila.  O Ibama atendeu à reivindicação e a situação foi contornada pacificamente.

A madeira será doada aos indígenas Tenharin, os tratores ficaram depositados na Associação de Produtores Rurais de Santo Antonio do Matupi, enquanto que os demais veículos foram entregues à Delegacia de Policia Civil de Apuí, onde também foi registrado boletim de ocorrência.

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=392249

Ler Mais

Análise: Pagamento por Serviços Ambientais e flexibilização do Código Florestal para um capitalismo “verde”

A compensação financeira por serviços prestados ao meio ambiente começa a dar forma a novas propostas legislativas no Brasil, antes mesmo da sociedade ter se apropriado e refletido sobre o tema.

Após a terra e o território dos povos tornarem-se títulos de propriedade privada acessíveis somente àqueles que tinham dinheiro para comprá-los, em 1850 com edição da Lei de terras no Brasil; após as sementes desenvolvidas e intercambiadas livremente pelos agricultores do mundo há cerca de 10 mil anos tornarem-se propriedade intelectual nas mãos de cerca de seis grandes empresas biotecnológicas; principalmente após a autorização de patentes sobre os transgênicos pela Organização Mundial do Comércio – OMC/TRIPS, agora um capitalismo que se pinta de “verde” quer tornar possível a privatização e comercialização generalizada dos componentes da biodiversidade.

A realização de contratos de pagamentos por “serviços” ambientais, como o suprimento de água, a captura de carbono, a regulação das chuvas, a fertilidade dos solos ou ainda a polinização realizada por insetos e pássaros, significa pôr preço nestes componentes da biodiversidade para que possam ser comprados e vendidos. Mas como pôr um preço econômico em bens indispensáveis às diversas formas de vida na Terra? O beija-flor que realiza a polinização e dispersão de sementes passaria a ser um “prestador de serviços” ambientais e econômicos para a agricultura? Como pagar por este serviço? As diárias do beija-flor ou das abelhas seriam baseadas no custo do diesel e da mão de obra de um trabalhador, caso estes polinizadores naturais fossem extintos naquela região? (mais…)

Ler Mais

Pesquisa mostra que MST é abordado de forma pejorativa pela mídia

MSTpesquisa

O Intervozes publica pesquisa que analisa a cobertura da mídia sobre o MST durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito de 2010. O lançamento oficial da pesquisa ocorre na próxima quarta-feira, dia 24/8, em Brasília.

Uso de termos negativos, pouca relevância dada às bandeiras do Movimento e exclusão do MST como fonte. O que já era percebido pelos movimentos sociais agora foi comprovado em pesquisa que analisou cerca de 300 matérias sobre o MST em TV, jornal impresso e revistas. O resultado desse trabalho será lançado nessa quarta-feira, dia 24, às 19h, na Tenda Cultural do Acampamento Nacional da Via Campesina (Estacionamento do Ginásio Nilson Nelson), em Brasília.O relatório, intitulado “Vozes Silenciadas”, analisou as matérias que citaram o MST em três jornais de circulação nacional (Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo); três revistas também de circulação nacional (Veja, Época e Carta Capital); e os dois telejornais de maior audiência no Brasil: Jornal Nacional, da Rede Globo, e Jornal da Record. O período pesquisado foi de 10 de fevereiro a 17 de julho, duração das investigações de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o MST. (mais…)

Ler Mais

Estados e municípios devem se adaptar à lei, diz Haddad

Porto Alegre — O ministro da Educação, Fernando Haddad, declarou quarta-feira, 17, em Porto Alegre, que considera justa a greve dos professores da educação básica. “Não há mais o que discutir, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional o piso salarial de R$1.187,14. Estados e municípios devem agora se adaptar e cumprir a Constituição Federal”, afirmou Haddad.

O ministro esteve pela manhã em Curitiba, onde participou do evento Sala Mundo Curitiba 2011 – Encontro Internacional de Educação. Ele lembrou aos participantes que há uma linha de crédito, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que permite à União complementar os recursos daqueles estados e municípios que comprovem carência de recursos para pagar o piso salarial nacional para professores da educação básica.

“Infelizmente, até o momento, nenhum dos municípios conseguiu atestar que precisa de mais recursos para pagar o salário devido aos professores de suas redes”, disse.  (mais…)

Ler Mais

MG – A greve dos professores é justa?

Gilvander Luís Moreira[1]

No dia 16 de agosto de 2011, à tarde, participei de mais uma Grande Assembléia Geral das/os professoras/res da Rede Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais, na Praça da Assembléia Legislativa, em Belo Horizonte, MG, Brasil. Essas trabalhadoras/se estão em greve há 70 dias (desde 08/06/2011) e decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Era um mar de educadores! Cabe então a seguinte pergunta: essa greve é justa ou é condenável até mesmo em vista da longa duração?

Vejamos. Em Minas, há 3.700 escolas estaduais. Professor/a da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais, com nível médio de escolaridade ganha, como vencimento básico, R$369,00; e com licenciatura plena, R$550,00. Diz o governo: “Além do vencimento básico, há gratificações e subsídios.”

De acordo com o Ministério da Educação, o Piso Salarial Nacional, instituído pela Lei Federal 11.738/08, é, hoje, R$1.187,00 e, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE -, deveria ser R$1.597,87. Relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado comprovou que o Governo de Minas não investe o percentual constitucional de 25%[2] em educação pública. (mais…)

Ler Mais

Propaganda da Nivea é acusada de racismo

Propaganda da Nivea
Propaganda da Nivea: um aviso de que homens podem se tratar melhor, ou racismo mesmo?

A própria empresa admitiu o erro e prometeu não veicular mais a peça

São Paulo – A Nivea foi envolvida num escândalo por conta de uma das suas mais recentes campanhas publicitárias. Muitas pessoas consideraram a peça em questão racista e fãs da cantora Rihanna chegaram a pedir que ela se afastasse da marca – da qual é garota-propaganda.

Na imagem, um homem negro, barbeado e com o cabelo bem cortado, se prepara para arremessar longe uma versão mais “roots” de si mesmo: cabelo afro e barba por fazer. Aconselhando o uso de um produto da marca, a agência DraftFCB adotou o seguinte texto: “re-civilize yourself”, algo como “recivilize-se”. (mais…)

Ler Mais

Revogada ordem de reintegração de posse contra Comunidade Guarani

A Procuradoria Regional Federal da 3ª Região (PRF3) conseguiu a revogação da ordem liminar de reintegração de posse expedida pelo Juízo da 1.º Vara Federal em Ponta Porã (MS) contra os indígenas da Comunidade Kurusu Amba, da etnia Guarani. A decisão possibilita que os indígenas permaneçam na área de reserva legal da Fazenda Nossa Senhora Auxiliadora, localizada no município de Coronel Sapucaia. A PRF3 trabalhou com a colaboração da Procuradoria Federal no Estado de Mato Grosso do Sul (PF/MS) e da Procuradoria Federal Especializada junto à Fundação Nacional do Índio (PFE/Funai).

Os supostos proprietários da área haviam ingressado com a Ação de Reintegração de Posse contra o grupo indígena Guarani alegando que os índios passaram a ocupar parte de suas terras em novembro de 2009. Em audiência de justificação prévia, a Justiça de primeira instância deferiu liminar de reintegração de posse em favor dos fazendeiros, estabelecendo a retirada dos indígenas.

Diante do elevado risco social envolvido, a Procuradoria Federal no Estado de Mato Grosso do Sul, em colaboração com a Procuradoria Regional Federal da 3º Região, entrou com recurso de Agravo de Instrumento para reformar essa decisão. Os procuradores argumentaram que os indígenas estão ocupando apenas 10 hectares da fazenda, o que significa uma pequena parte do imóvel de 615 hectares.

A Procuradoria também argumentou que, caso não fosse suspensa e ao final revogada a ordem de reintegração, os indígenas teriam inúmeros direitos fundamentais violados, entre os quais, o direito à vida, pois acabariam à margem de rodovia próxima, local totalmente inadequado para a moradia de qualquer ser humano. Ademais, as aldeias próximas estariam superlotadas e com severos problemas sociais, o que impossibilitaria o acolhimento dos atuais 128 indígenas que compõe a comunidade. (mais…)

Ler Mais

TO: Índios Karajá/Xambioá requerem esclarecimentos sobre construção de posto de saúde

Novo encontro a ser realizado em Palmas buscará solução para impasse. Demandas como aparelho médico e disponibilização de veículo foram atendidas

O procurador da República no Tocantins Álvaro Manzano coordenou reunião entre servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Casa do Índio de Araguaína (Casai) e lideranças das aldeias Wari Lyty, Xambioá e Kurehê, localizadas no município de Santa Fé do Araguaia, para debater questões relativas ao provimento de saúde indígena às comunidades da etnia Karajá/Xambioá. Também participram representantes do Conselho Indigenista Missionário e Conselho Distrital de Saúde Indígena.

O evento foi uma solicitação de lideranças indígenas, especialmente mulheres das três aldeias, que por intermédio de documento enviado à Procuradoria da República no Tocantins relatam más condições no serviço prestado. A Sesai foi criada para gerir a saúde indígena em substituição à Funasa, e o processo de transição ainda está em andamento.

A principal reivindicação dos indígenas é a construção de um posto de saúde na aldeia Wari Lyty, que, segundo os índios, foi prometido por servidores da Funasa que chegaram a comunicar a liberação das verbas. Diante do desconhecimento dos servidores da Sesai que participaram da reunião a respeito do assunto, uma nova reunião deve ser realizada em Palmas, com a presença dos servidores que divulgaram as informações, para que sejam esclarecido os fatos. Os servidores presentes informaram a indisponibilidade de recursos para qualquer tipo de construção, sendo que há previsão somente para reforma de postos de saúde. (mais…)

Ler Mais

RJ – Dia 22, 11 horas, ato contra Belo Monte em frente ao BNDES

Dia 22, segunda-feira e paralelo aos atos públicos internacionais, haverá um protesto contra Belo Monte em frente ao BNDES, no Rio de Janeiro.

O ato será das 11h às 13h e integra a Campanha Mundial de Ação Contra Belo Mundial que acontecerá amanhã, 20/08, sábado, em várias cidades no Brasil, e no dia 22/08 em quase vinte cidades do mundo, além deste ato na frente do BNDES.  O ponto de encontro será a banca de jornal em frente ao Banco.

Abaixo, frente e verso do panfleto que será distribuído, com informações importantes. (mais…)

Ler Mais

Educação gratuita é consigna principal dos protestos no Chile

Iniciativa privada domina setor no Chile e explicita a divisão de classes sociais

Luciana Silvestre Girelli

 

Atualmente, as famílias chilenas são responsáveis por financiar em 80% a educação superior. Nas universidades consideradas públicas, além de taxas de matrícula, os estudantes pagam mensalidades que custam muito mais que um salário mínimo. “O financiamento de um curso superior pode chegar a 300 mil pesos chilenos mensalmente, enquanto o salário mínino é 182 mil pesos. Esse quadro também explica a massividade do movimento”, afirmou a integrante da Univerdad Popular de Valparaíso, Ximena Muñoz. Diante dessa situação, o financiamento público da educação é uma das principais pautas de reivindicação do movimento estudantil, tanto universitário quanto secundário. (mais…)

Ler Mais