Embaixador da Boa Vontade da ONU, Antonio Banderas participa de campanha para ampliar ajuda aos atingidos pela crise de alimentos no Chifre da África

Estrela do cinema internacional e Embaixador da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Antonio Banderas faz um apelo global pela assistência humanitária a mais de 12 milhões de pessoas atingidas pela fome no Chifre da África. A mensagem foi divulgada hoje (09/08) no Brasil pelo Centro de Informação da ONU (UNIC Rio) em um vídeo legendado para o português e que pode ser acessado na página criada especialmente para a crise (www.onu.org.br/chifredaafrica).

“Em todo o Chifre da África, a pior crise de alimentos do mundo está acontecendo. Seca, conflitos e alta nos preços dos alimentos deixaram pessoas famintas. Centenas de milhares deixaram suas casas, caminhando durante semanas em busca de alimentos”, diz o ator espanhol no vídeo divulgado também no youtube e nas redes sociais.

A ONU e suas agências estimam em 2,481 bilhões de dólares o custo da ajuda humanitária. Até o momento, os doadores disponibilizaram 1,034 bilhão.

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Iphan demite dirigentes no AM após licença a obra em encontro das águas

KÁTIA BRASIL, de Manaus

O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) exonerou nesta terça-feira o superintendente do Amazonas, Juliano Valente, e a diretora técnica do órgão no Estado, Ghislaine Raposo Bacellar. Na semana passada, o Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) informou que a superintendência do Iphan no Amazonas concedeu aval para a licença de instalação da obra do terminal Porto das Lajes.

A medida contrariou determinação do Iphan de Brasília, que desautorizou qualquer aval do órgão no Amazonas para a obra.

A obra do porto é prevista para ser construída na margem direita do encontro das águas dos rios Negro e Solimões, patrimônio natural tombado pelo órgão em 2010.

As exonerações foram divulgadas hoje na edição do Diário Oficial da União. Segundo o Iphan, o motivo é por decisão administrativa rotineira. A Folha apurou que os funcionários do instituto no Amazonas consideram as demissões uma intervenção federal. O arquiteto José Leme Galvão Júnior assumiu a direção regional do órgão. (mais…)

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Ao completar 30 anos, Ibase tem desafio de ajudar a acabar com pobreza extrema, diz diretor-geral

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), criado pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, completa 30 anos de fundação com o desafio de contribuir para acabar com a exclusão social de cerca de 16 milhões de brasileiros, disse hoje (9) o diretor-geral do entidade, Cândido Grzybowski.

“Quem são essas pessoas? Qual a sua voz, sua identidade, onde estão e quais são as faces da exclusão e da pobreza extrema do Brasil? Esse é um desafio para organizações como o Ibase. Cabe a nós trazer isso para o debate público”, destacou.

Segundo Grzybowski, a nova década traz questões a serem trabalhadas pelo instituto, como o enfrentamento da justiça social sem destruir o meio ambiente e a ascensão do Brasil como potência mundial, sem exercer um domínio nocivo a outros países. (mais…)

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Hidrelétricas construídas em áreas tropicais emitem mais gases de efeito estufa. Entrevista especial com Philip Fearnside*

Considerada por muitos ambientalistas como a fonte de energia mais limpa do mundo, a hidrelétrica polui quatro vezes mais do que o estimado, revela estudo realizado pelo Instituto Catalão de Ciências do Clima – IC3 e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa, do Brasil.  As usinas construídas em áreas tropicais, como a da floresta amazônica, “são as que mais emitem gases de efeito estufa”, informa Philip Fearnside em entrevista à IHU On-Line concedida por telefone.

O biólogo explica que “o metano é liberado pela água que sai das turbinas e o gás carbônico é emitido quando folhas e plantas apodrecem na beira dos rios”.  No Brasil, a hidrelétrica de Três Marias, construída na década de 1960, em Minas Gerais, “é a campeã de emissões de metano”, assinala.

Na estimativa do pesquisador, na primeira década de funcionamento, Belo Monte e a barragem de Babaquara “emitirão o equivalente a 11,2 milhões de toneladas de carbono em forma de CO2 por ano”, gerando mais poluição do que a cidade de São Paulo.  Depois de 41 anos emitindo poluentes, as hidrelétricas começarão “a gerar benefícios industriais”, avalia. Confira a entrevista. (mais…)

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Complexo Tapajós: estaria no maior distrito aurífero do mundo

Telma Monteiro

No território da bacia hidrográfica do Tapajós está inserida a chamada Província Mineral do Tapajós (PMT), com 100 mil quilômetros quadrados, considerada uma das maiores áreas de mineração e o maior distrito aurífero do mundo. Empresas nacionais e internacionais estão articuladas para explorar e expropriar, com o aval e financiamento do Estado, o potencial de riqueza no interior das terras indígenas. O ouro na região foi descoberto no início de 1950 e a sua exploração por garimpeiros tem sindo constante ao longo dos últimos 50 anos.

“A Brazilian Gold pretende usar os recursos da venda para avançar no desenvolvimento de seus projetos na região Norte, onde detém oito áreas na província mineral do Tapajós e duas na província aurífera de Alta Floresta, nas imediações de Tapajós.” Fonte: AGECO 15/04/2011.

Estima-se que tenham saído da PMT – oficial e ilegalmente – até hoje, cerca de 800 t de ouro, equivalente a 16 vezes a produção total de Serra Pelada. Isso significaria perto de US$ 2 bilhões, mas nos números oficiais só constam que foram produzidos, até 2006, aproximadamente 194 t (1).

Há presença maciça de garimpos na região, confirmados pela quantidade de pistas de pouso – 300 no Tapajós, 170 em Parima e 185 em Alta Floresta. O Projeto Província Mineral do Tapajós – Projeto PROMIN-TAPAJÓS foi criado em 1995 para buscar um nível confiável de conhecimento geológico e incentivar a pesquisa de depósitos de ouro e novos empreedimentos. (mais…)

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Carta de apoio aos Vazanteiros em Movimento

Comunidade de Pau Preto, margem direita do Rio São Francisco, município de Matias Cardoso – MG. Porto final da nossa viagem de barca “São Francisco rio a baixo”, 27 de Julho de 2011.

Nós do Grupo de Estudos e Pesquisa do São Francisco (Grupo de Pesquisa Opará) composto por professores e estudantes das instituições: Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), durante 10 dias de viagem descendo o São Francisco conhecemos comunidades das margens do rio e as suas gentes como lavradores, pescadores, quilombolas e vazanteiros.

No percurso se juntaram a nós o Cícero Ferreira de Lima e a Zuleide Francisca dos Santos da Associação de Vazanteiros de Itacarambi. Neste percurso ouvimos relatos do viver diverso junto ao São Francisco; registramos a memória de uma ocupação intensa e antiga, os saberes e práticas culturais transmitidas entre gerações. Os relatos trazem a resistência cotidiana e também o sofrimento, os sentimentos de desqualificação no processo da modernização violenta e o descaso em relação às políticas públicas, na medida em que ações do Estado negligenciam ou mesmo reforçam conflitos pelo uso do rio, dos recursos presentes nas suas águas e margens. (mais…)

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Com a proteção de Ñanderu Vussu

Por Egon Heck

Três dias e noites de reza e ritual.  Estão preparados, prontos, protegidos para retornar ao tekohá Mbaraka’y-Pyelito Kue. Madrugada agradável.  Sob o olhar atento da lua se põem a caminho. A terra sagrada onde nasceram os mais velhos das duas famílias extensas, onde estão enterrados seus antepassados, é ali o lugar de viver seu teko – jeito de viver Kaiowá Guarani. Na lembrança, uma história marcada por sofrimento, mortes, expulsões. No coração, a inquebrantável vontade de viver novamente feliz e em paz em seu tekohá. À frente a certeza de que desta vez prevalecerá a Justiça, a lei maior, que lhes garante suas terras tradicionais.

Tantas lágrimas derramadas, tanto sofrimento, mortos e desaparecidos como Arcelino Oliveira Teixeira, que tinha apenas 18 anos.

Dia 8 de agosto certamente ficará como mais uma data importante da luta dos Kaiowá Guarani por suas terras. Na madrugada deste dia ligaram para seu amigo Ava Vera Arandu – que nos trasmitiu a mensagem – dizendo-lhe por telefone: “voltamos aqui para não mais sair vivos. Se os pistoleiros atacarem, nós vamos morrer. Por favor, comunique a todos”. (mais…)

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Nota à sociedade de MT sobre despejo da fazenda Rancho Verde

Da Página do MST

Na manhã desta terça-feira, 3 de agosto, a Polícia Militar de Mato Grosso realizou o despejo do Acampamento Cássio Henrique Ramos, situado no município de Cáceres. O Acampamento ficava na fazenda Rancho Verde e as famílias estavam na área desde o dia 14 de junho deste ano. A fazenda já tem um laudo de vistoria feito pelo Incra, dizendo que é improdutiva. Porém, o proprietário briga na justiça para invalidar o laudo.

Esta é a segunda vez que a polícia realiza o despejo nesta fazenda. O Acampamento Cássio Henrique Ramos agora está no ginásio Didi Profeta, e permanecerá no local até que se arrume outra área para montar o acampamento.

Como protesto e indignação a este despejo, o acampamento Sílvio Rodrigues, que fica na fazenda São Paulo, às margens da rodovia BR 070, no município de Mirassol D’Oeste, bloquearam a rodovia pela manhã desta terça-feira, só desbloqueando após às 18 hrs.

O primeiro despejo aconteceu com violência e as famílias foram jogadas em frente a Igreja Cristo Trabalhador, dentro da cidade de Cáceres, sem nenhuma condição e com alguns policiais dizendo: “Se este Padre quer apoiar, agora que cuide de vocês”. O Padre a quem se referiam era o lutador Pe. Salomão, conhecido em MT por defender os direitos dos pobres, dos sem terra, dos índios chiquitanos, das águas e do pantanal. Um dia após o despejo, a criança Cássio Henrique Ramos, de apenas 8 anos, foi atropelado por uma Van que invadiu a calçada, e por isso o atual acampamento leva o nome dele. (mais…)

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Programa garante segurança alimentar de crianças e mulheres indígenas

As Nações Unidas em parceria com o Governo Brasileiro estão executando o Programa Conjunto de Segurança Alimentar e Nutricional de Mulheres e Crianças Indígenas no Alto Rio Solimões (AM) e em Dourados (MS), com o propósito de garantir os direitos à saúde e à alimentação saudável para a população indígena das duas regiões prioritárias.

No Dia Internacional dos Povos Indígenas, 9 de agosto, vale lembrar que o Brasil e os outros 191 países-membros das Nações Unidas se comprometeram a alcançar os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) até 2015, e o Programa Conjunto de Segurança Alimentar e Nutricional é uma das ações em curso no País com o propósito de contribuir com os avanços brasileiros em torno dos ODMs, especialmente, os referentes à redução da fome e das taxas de mortalidade infantil.

O Programa Conjunto tem sido realizado, desde o ano passado, por cinco agências da ONU (FAO, OIT, OMS/Opas, PNUD e UNICEF), em parceria com o Governo Brasileiro, representado pela Fundação Nacional do Índio (Funai); Ministério da Saúde (MS); Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

O projeto foi aprovado e é financiado pelo Fundo Espanhol para o Alcance dos ODMs, além de contar com parcerias de instituições públicas locais, universidades, entidades da sociedade civil, lideranças e organizações indígenas envolvidas na implementação das ações. (mais…)

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Dica de Leitura: Um Quilombo no Leblon (RJ)

Um quilombo no Leblon - capa

Você sabia que no bairro do Leblon teve um quilombo? E que o dono da chácara que abrigava escravos fugidos era um comerciante de malas que cultivava camélias? Que graças a isso a flor virou o símbolo do moviento abolicionista? Confesso minha ignorância, eu não sabia!

Me encantei com a história em que se baseia o livro Um Quilombo no Leblon da Pallas Editora, a primeira dica “oficial” depois da recente parceria.

O livro é tudo que eu imaginava mesmo.  Leve, divertido, com muita informação mas sem deixar a aventura de lado, mostra um pedaço não muito conhecido da nossa História numa linguagem bem apropriada para as crianças maiorezinhas. Através dos três personagens principais: Mariana, Godofredo e Zezinho, a autora Luciana Sandroni mistura fatos e personalidades reais a outros fictícios para contar a história real de José de Seixas Magalhães, comerciante e abolicionista. Ele ajudava e escondia escravos fugidos em sua chácara no Leblon, onde cultivava camélias. (mais…)

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