Quilombolas da Resina: Continuam conflitos em Brejo Grande

Quilombolas estiveram na porta do Incra (Foto: Assessoria deputa Ana Lúcia)

A invasão das terras aconteceu na tarde e noite do último domingo, dia 31 de julho, a partir das 16h, e acabou depois da meia noite

Munidos de um trator, foices, pedaços de madeira e facões, cerca de 50 homens destruíram mais de  metade da cerca de 5 mil e 20 metros de comprimento construída pelo INCRA com o intuito de separar o território que está sob sua tutela, e onde vivem 41 famílias da Comunidade Quilombola da Resina, no município de Brejo Grande. A invasão das terras aconteceu na tarde e noite do último domingo, dia 31 de julho, a partir das 16h, e acabou depois da meia noite.

Revoltados com o ocorrido e para obter esclarecimentos das autoridades competentes, as famílias quilombolas vieram na manhã desta segunda-feira, 1º de agosto para a capital sergipana, e ainda no fim desta manhã foram atendidos pelo superintendente em exercício do INCRA, Leonardo Góes e pelo assessor da entidade, José Fontenele.

Os quilombolas relataram depois da derrubada da cerca, eles tiveram assistiram impotentes à derrubada dos coqueiros e à destruição das plantações de milho e macaxeira, que há um ano cultivam. “Se alguém se aproximar, leva bala”, ouviu um quilombola que prefere não se identificar de um dos invasores. Diante das ameaças feitas por um grupo numeroso de homens, a única opção que restou foi acionar a polícia, chamada às 18h, mas que só chegou ao local por volta das 23h. “A vida de um ser humano é valiosa. Mas como pode um policial demorar tanto?”, comentou outro quilombola, que ficou receoso de que após a invasão e destruição das plantações, houvesse um confronto. (mais…)

Ler Mais

Indígenas realizam marcha contra estrada no Parque Nacional Isiboro Sécure

Karol Assunção, Jornalista da Adital

A construção de uma estrada entre Villa Tunari e San Ignacio de Moxos, nos departamentos de Cochabamba e Beni, na Bolívia, ameaça o Território Indígena e o Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), localizado entre os dois departamentos bolivianos. Em rechaço ao projeto, indígenas do país realizarão, amanhã (2), uma marcha de protesto.

A manifestação terá como ponto de chegada a sede do governo da Bolívia, em La Paz. A ideia é repudiar a construção da estrada e demandar uma estratégia alternativa que não prejudique o Tipnis. De acordo com informações da organização ambiental Salve a Selva, os indígenas temem que a via facilite a exploração dos recursos amazônicos.

O rechaço parte dos povos moxenos, yuracaré e chimanes, os quais desde o ano passado denunciam a falta de atenção dada pelo Governo aos pedidos dos povos afetados. “Nossas mensagens e resoluções de rechaço da iniciativa de construir a estrada que uniria Villa Tunari e San Ignacio de Moxos nunca foram escutadas pelos governos prévios ou presentes”, reclamam. (mais…)

Ler Mais

Site em comemoração aos 100 anos de Mário Lago entra no ar hoje

O projeto Mário Lago – Homem do Século XX dá mais um passo nas comemorações do centenário do artista. Foi lançado hoje o site www.mariolago.com.br, com informações sobre o homenageado e que reunirá de documentos históricos a notícias e informações atuais.

Os internautas encontrarão a história do artista – com biografia, cronologia, álbum de fotos e registros antigos (incluindo partituras, correspondências e trechos de filmes, radionovelas e telenovelas) – e informações de atualidade, como a programação do centenário, depoimentos recentes, vídeos das ações em curso e espaço para artigos e posts.

Também serão disponibilizados textos inéditos de Mário Lago.  Toda segunda-feira, o visitante encontrará um novo documento. A estreia será com o livro autobiográfico Meus tempos de moleque, último do artista, com o qual ele pretendia romper com a fama de homem sisudo e mostrar o seu lado mais irônico. Do lançamento até o final de setembro, serão publicados os oito capítulos desse livro, que não chegou a ser concluído. Em cada capítulo, Mário narrou um episódio curioso da sua trajetória. No primeiro, Guizo à vista, a história flagra um momento de 1912, quando o artista engatinhava nos seus sete meses de vida. (mais…)

Ler Mais

Sete anos de ocupação e luta: 1º de Agosto


Por Júlio Carignano, do Sítio Coletivo

Após sete anos de ocupação, completados nesta segunda-feira, os acampados do 1º de Agosto seguem a espera de uma legalização da área, que já foi ofertada pelo proprietário ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para fins de reforma agrária.

A reforma agrária – necessidade latente do nosso País – não deve ser pensada somente na ótica da luta pela terra, ela ultrapassa essa dimensão. A terra é o principal objetivo, porém não é o único. Somente a conquista dela não levará a uma garantia de melhoria da vida do assentado, condições de vida digna ao homem do campo.

Organizado em 2004, por meio de uma ocupação do MST numa das fazendas do Complexo Cajati, em Cascavel, no Oeste do Paraná, o Acampamento 1º de Agosto se organiza dentro dessa lógica. (mais…)

Ler Mais

Começa dia 3, quarta-feira, o IV Encontro Nacional das Comunidades Quilombolas: CONAQ 15 anos de luta e nenhum direito a menos

Começa depois de amanhã, quarta-feira, dia 3 de agosto, o IV Encontro Nacional das Comunidades Quilombolas: CONAQ 15 anos de luta e nenhum direito a menos, no Rio de Janeiro.

A abertura do evento, que reunirá representantes das comunidades de todo o Brasil, acontecerá  a partir das 18h do dia 3 de agosto, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia. Nos dias 4 a 6, o Encontro acontecerá nas dependências da UERJ (Universidade do Rio de Janeiro), na Rua São Fracisco Xavier 524, Maracanã.

No encerramento, no final do dia 6, acontecerá o pré-lançamento da Campanha Nacional em Defesa dos Direitos Quilombolas.

 

PROGRAMAÇÃO

Dia 03 de agosto de 2011 – quarta feira
·         12h00min – Chegada das delegações
·         13h00min – Credenciamento
·         18h00min – Solenidade de abertura do IV Encontro Nacional
·         19h30min – Coquetel com Café da Roça
·         21h00min – Noite Cultural com Roda de Jongo (mais…)

Ler Mais

Urânio da Bahia: fiscais interditam atividades da Indústrias Nucleares do Brasil

Zoraide Vilasboas

Técnicos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditaram, na última sexta-feira, as atividades do setor de entamboramento de urânio, na unidade da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Caetité (Bahia), onde ocorreu a improvisada reembalagem de 90 toneladas da carga radioativa, trazidas do Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo, gerando um grande protesto da população da região em maio passado.

Os auditores do MTE lavraram ainda cinco Autos de Infração, relativos a normas de proteção à saúde dos trabalhadores e notificação para a concessão da aposentadoria especial, aos 20 anos de trabalho, que não são praticadas pela INB. Um dos Autos refere-se à falta de informação aos trabalhadores sobre as doses de radiação às quais vem sendo expostos, bem como o direito ao acompanhamento de saúde e tratamento vitalício, como obriga a Convenção 115, da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A ação dos auditores aconteceu no âmbito da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) realizada pelo Núcleo de Defesa da Bacia do São Francisco (NUSF), do Ministério Público Estadual, coordenado pela promotora Luciana Espinheira Khoury, com a participação do Procurador do Ministério Público do Trabalho de Vitória da Conquista, Marcos de Jesus, e de vários órgãos fiscalizadores federais e estaduais. (mais…)

Ler Mais

Mato Grosso do Sul: A nova fronteira do eucalipto

Por Winnie Overbeek (*)

Três Lagoas (MS)

Expansão do monocultivo na região de Três Lagoas (MS) empobrece o solo e sufoca produção de alimentos.

A região do Brasil, e talvez do mundo, onde a monocultura de eucalipto e a produção de celulose se expandem de forma mais rápida é no estado de Mato Grosso do Sul, especificamente na microrregião de Três Lagoas.

Atualmente, a microrregião conta com uma fábrica de celulose da Fibria – parceria entre a Aracruz e Votorantim – e com a fabricação de papel controlado pela estadunidense International Paper. A fábrica de celulose da Fibria produz 1,3 milhões de toneladas de celulose por ano e está previsto um investimento de R$ 3,6 bilhões para construir sua segunda unidade, cuja inauguração é esperada para 2014. Com isso, a empresa elevará a produção para 3 milhões de toneladas por ano. A Fibria tem atualmente 150 mil hectares de eucalipto e pretende duplicar essa área. (mais…)

Ler Mais

Coordenação indígena exige justiça a crimes cometidos no conflito interno

Camila Queiroz, Jornalista da ADITAL

Entre 1960 e 1996, a Guatemala viveu um conflito armado interno entre governo e grupos guerrilheiros de oposição. Durante o período, estima-se que cerca de 45 mil pessoas desapareceram, um milhão foram deslocadas, 200 mil foram assassinadas, além dos milhares de casos de abusos sexuais, sobretudo contra mulheres indígenas.

A assinatura de um Acordo de Paz entre governo e Unidade Revolucionária Nacional (URNG) pôs fim ao conflito, mas concedeu anistia tanto para guerrilheiros quanto para militares que cometeram diversos abusos.

Para pedir justiça, a Coordenação e Convergência Nacional Maya Waqib’ Kej, organização indígena, lançou comunicado ontem (26) exigindo punição aos responsáveis pelo genocídio e pelas desaparições forçadas durante o conflito.

“A justiça é lenta, mas deve cumprir-se contra militares, ex-patrulheiros e poderes econômicos que, sob a proteção do Estado, massacraram, torturaram, violaram mulheres e fizeram desaparecer milhares de pessoas inocentes; entre eles, adultos, jovens e crianças”, ressaltam. (mais…)

Ler Mais