Livro para adultos não ensina erros

Uma frase retirada da obra Por uma vida melhor, cuja responsabilidade pedagógica é da Ação Educativa, vem gerando enorme repercussão na mídia. A obra é destinada à Educação de Jovens e Adultos, modalidade que, pela primeira vez neste ano, teve a oportunidade de receber livros do Programa Nacional do Livro Didático. Por meio dele, o Ministério da Educação promove a avaliação de dezenas de obras apresentadas por editoras, submete-as à avaliação de especialistas e depois oferece as aprovadas para que secretarias de educação e professores façam suas escolhas.

O trecho que gerou tantas polêmicas faz parte do capítulo “Escrever é diferente de falar”. No tópico denominado “concordância entre palavras”, os autores discutem a existência de variedades do português falado que admitem que substantivo e adjetivo não sejam flexionadospara concordar com um artigo no plural. Na mesma página, os autores completam a explanação: “na norma culta, o verbo concorda, ao mesmo tempo, em número (singular – plural) e em pessoa (1ª –2ª – 3ª) com o ser envolvido na ação que ele indica”. Afirmam também: “a norma culta existe tanto na linguagem escrita como na oral, ou seja, quando escrevemos um bilhete a um amigo, podemos ser informais, porém, quando escrevemos um requerimento, por exemplo, devemos ser formais, utilizando a norma culta”. (mais…)

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Quatro em cada dez crianças vítimas de abuso sexual foram agredidas pelo próprio pai, diz pesquisa

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Uma pesquisa realizada no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP) revela que o combate e a prevenção de abusos sexuais a crianças precisam ser feitos, principalmente, dentro de casa. Segundo o estudo, quatro de cada dez crianças vítimas de abuso sexual foram agredidas pelo próprio pai e  três, pelo padrasto.

Os resultados foram obtidos após a análise de 205 casos de abusos a crianças ocorridos de 2005 a 2009. As vítimas dessas agressões receberam acompanhamento psicológico no HC e tiveram seu perfil analisado pelo Programa de Psiquiatria e Psicologia Forense (Nufor) do hospital.

Segundo Antonio de Pádua Serafim, psicólogo e coordenador da pesquisa sobre as agressões, em 88% dos casos de abuso infantil, o agressor faz parte do círculo de convivência da criança. (mais…)

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Mobilização em defesa do Código Florestal

Mobilização em defesa do Código Florestal

No domingo, 22 de maio, durante a sétima edição do Viva Mata, a Campanha Nacional da Coalizão “SOS Florestas: o Código Florestal em Perigo” promove ato em defesa das florestas, das áreas de preservação urbanas e rurais e da ética para com a qualidade de vida das atuais e futuras gerações. Participe conosco, reúna pessoas e ajude a mostrar para os Deputados e Senadores que as florestas e os recursos naturais são bens de todos os brasileiros. (mais…)

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Quanto Valem os Direitos Humanos?

Os impactos sobre os direitos humanos da indústria da mineiração e da siderurgia em Açailândia

Uma parceria entre a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), a Justiça Global e a campanha Justiça nos Trilhos,  relatório avalia impactos da indústria de mineração e siderurgia em comundades de Açailândia, no Maranhão, e cobra da maior empresa mineradora do mundo, a Vale, medidas para conter a poluição ambiental

Os moradores da comunidade de Piquiá de Baixo e do assentamento Califórnia, localizados no município de Açailândia, no Maranhão, sofrem com a poluição causada pelas carvoarias e usinas siderúrgicas de ferro-gusa que operam a poucos metros de suas casas. São mais de vinte anos de poluição em Piquiá, e pelo menos seis em Califórnia. Além das guseiras responsáveis pelos danos diretos às comunidades, a Vale desempenha um papel crucial em todo o processo. (mais…)

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Adolescentes são libertados de escravidão em fazenda de pinus no RS

Alojamento oferecido pelo empregador era simplesmente uma caçamba de um caminhão. Os empregados – cinco deles adolescentes, três com menos de 16 anos – dormiam em colchões de espumas colocados diretamente no chão. A reportagem é de Bianca Pyl e publicada pela Agência Repórter Brasil, 17-05-2011.

Cinco adolescentes, três deles com menos de 16 anos, foram libertados de trabalho análogo à de escravos junto com sete outros adultos pela Gerência do Trabalho e Emprego em Caxias do Sul (RS). As vítimas eram submetidas a essas condições no corte e extração de pinus.

Nenhum dos adolescentes estava acompanhado de pais ou parentes. As atividades desenvolvidas no local constam na lista das piores formas de trabalho infantil, sendo proibidas para pessoas com menos de 18 anos. (mais…)

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Trabalhadores rurais reclamam das condições de trabalho no campo durante Grito da Terra

Cerca de cinco mil trabalhadores rurais participaram ontem (17) do 17º Grito da Terra, em Brasília, e reivindicaram melhorias para o trabalhador do campo e das florestas. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, disse que a manifestação é importante para que o trabalhador do campo tenha inserção social. “Em um país com as dimensões do Brasil, não podemos aceitar que de cada quatro trabalhadores rurais, um viva na miséria extrema. A reforma agrária é necessária, e é necessária imediatamente”.

Entre as principais reivindicações dos manifestantes está o assentamento emergencial de 150 mil famílias acampadas, a criação de uma política nacional de fortalecimento da organização produtiva da juventude no campo, a luta por terra e produção de alimento sem criminalizar o produtor e a garantia de políticas especificas para as mulheres trabalhadoras.Os representantes rurais também participaram da reunião com a frente parlamentar que trata do novo Código Florestal. (mais…)

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Caetité, Bahia: continua o impasse sobre o destino da carga nuclear

A reunião ocorrida no dia de hoje na Prefeitura de Caetité não decidiu o destino da carga radioativa que mantem populações de municípios baianos em estado de alerta contra a presença do comboio nuclear em seus territórios. O setor nuclear, com seus apoiadores históricos em Caetité, tentam ganhar o controle da situação em nome de um suposto consenso sobre o rumo que a carga tomará. Mas, uma solução parece ficar cada dia mais difícil, especialmente pela omissão dos poderes públicos responsáveis pela fiscalização da atividade da mineração radioativa.

Depois de ter deixado a região em polvorosa, ao trazer de São Paulo para Caetité, toneladas de material radioativo, sem nenhuma comunicação pública à sociedade e autoridades municipais e estaduais, pela primeira vez, a INB, em lugar de impor suas ações “sigilosas”, se viu obrigada a negociar com a população afetada pelos impactos sócio-ambientais da mineração. Na reunião de hoje, conseguiu formalizar “uma comissão para análise e posteriormente deliberar sobre o destino do material radioativo, após inspeção “in loco” e com o apoio de técnicos para verificar quanto à existência, ou não, de riscos adicionais no processo de reentamboramento do material”, segundo ata da reunião, divulgada no site da Prefeitura. (mais…)

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“O cerrado é alvo do avanço da monocultura”, afirma dom Tomás

A lógica da transformação

Aos 88 anos, o bispo emérito de Goiás, Dom Tomás Balduíno, mora no Convento dos Dominicanos São Judas Tadeu, em Goiânia, mas viaja pelo mundo a convite de organizações para palestras sobre latifúndio, monocultura e água. Cofundador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), da qual foi presidente, ele defende uma sociedade mais equilibrada, sem tamanha sede de consumo e conforto a todo custo. Bem-humorado, manteve sua postura crítica durante as quase duas horas de entrevista. Confira os principais trechos. (mais…)

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2000 Waimiri-Atroari Desaparecidos Durante a Ditadura Militar – 3

Em junho de 1985, sentado na calçada em frente ao prédio da FUNAI, em Brasíia, em companhia de dois Waimiri-Atroari ou Kiña, um deles me perguntou à queima-roupa: “O que é que civilizado joga de avião e que queima corpo da gente por dentro?”

Em aula, tão logo tiveram confiança em nós, Doroti e Eu, semelhantes perguntas se sucediam: “Por que Kamña(civilizado) matou Kiña?” “O que é que Kamña jogou do avião e matou Kiña?” Kamña jogou kawuni (de cima, de avião), igual a pó que queimou garganta e Kiña morreu logo”. “Apiyemeyekî?” (Por quê?). Procurávamos, inicialmente, furtar-nos à curiosidade sobre essas questões, sabedores da susceptibilidade dos agentes da FUNAI e das Forças Armadas, únicos responsáveis pelo destino deste povo.

Um texto de Damxiri dizia: “Apapeme yinpa Wanakta yimata” (Meu pai me abandonou no caminho da aldeia de Wanakta). A frase, discutida em aula, nos levou à seguinte história: um dia a aldeia de Yanumá, pai de Damxiri, nosso aluno da escola Yawara, foi atacada porkamña (civilizado). Yanumá procurou reter o ataque, enquanto mulheres e crianças fugiam pelo varadouro que conduzia à aldeia de Wanakta, localizada no Alto Rio Camanaú. Mortalmente ferido, Yanumá ainda conseguiu alcançar a mulher e os filhos. Sentindo-se desfalecer, recomendou à mulher que se refugiassem na aldeia de Wanakta, um líder descrito por eles como: “Wanakta karanî, xuiyá, todapra” (Wanakta, um homem bom, bonito e gordo). Sua aldeia estava situada numa região bem fora do roteiro da estrada e dos rios navegáveis. Possivelmente nunca foi vista pelos militares, tendo sido uma das únicas que não foi atingida pela violência praticada pelos militares.

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Saúde indígena em Rondônia está sob intervenção, diz Padre Ton

Após reunião com cerca de 200 índios de diversas etnias de Rondônia que estavam acampados na sede da Fundação Nacional de Saúde em Rondônia há 15 dias, representantes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério Público Federal e lideranças indígenas decidiram ontem (17) que o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) passará por um processo de intervenção. A informação é do deputado federal Padre Ton (PT), que está acompanhando a situação desde o inicio dos protestos.

A gestão do Dsei, sob comando há mais de três anos de Lindalva Coutinho, vinha sendo duramente questionada pelos povos indígenas, que se mobilizaram contra a precariedade do atendimento prestado na saúde. As lideranças pediram apoio do deputado Padre Ton para acompanhar o processo de diálogo iniciado com as autoridades locais e de Brasilia, o que acabou ocorrendo.

“Existem sérias denúncias ligadas à má gestão do Dsei, com a falta de utilização de recursos para atendimento à saúde indígena, e enquanto isso crianças e adultos de etnias de Guajará, Porto Velho e outras regiões de Rondônia estão morrendo por falta de atendimento médico. A queixa é unânime: o problema não é falta de dinheiro, mas é a inoperância, a não execução das políticas públicas”, esclarece Padre Ton. (mais…)

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