Terrorismo de Estado USA

Miguel Urbano Rodrigues

Comentando o assassínio de Bin Laden, Michael Moore escreveu no Twiter: «Matamos mais de 919 000 no Iraque, no Afeganistão, no Paquistão, etc., e gastamos 1 bilião e 200 000 milhões de dólares em despesas militares, e, finalmente, conseguimos assassinar mais uma pessoa».

A operação militar que eliminou o líder da mítica Al Qaeda confirmou uma realidade: o sistema de poder dos EUA, na sua ânsia de dominação planetária, pratica uma politica internacional na qual o terrorismo de Estado se tornou componente fundamental. Os EUA comportam-se como candidatos a surgir na História como o IV Reich do século XXI.

A «operação Gerónimo» – nome que insulta a memória do herói apache – foi o desfecho de um projeto concebido com minúcia científica pela Administração Obama. Anunciada a candidatura do Presidente à reeleição, faltava somente marcar uma data. (mais…)

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V Semana da África na UFBA

Nesta segunda-feira (23), às 18h, no auditório da Reitoria da UFBA, tem a abertura da V Semana da África. O evento acadêmico científico é uma iniciativa dos estudantes africanos na Bahia em parceria com estudantes afro-brasileiros.  O dia 25 de maio é comemorado em toda a África como um dia para reflexão sobre os acontecimentos sociopolíticos e econômicos, assim como o dia da solidariedade africana.

A ideia do evento decorre da intensa vontade dos estudantes africanos na diáspora de estabelecer trocas científicas entre estudantes, pensadores tradicionais, pesquisadores africanos e brasileiros. Nessa quinta edição, pretende-se dialogar sobre as temáticas no continente africano, mais especificamente pensar a revisitação das matrizes civilizatórias africanas na diáspora baiana. (mais…)

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MPF/MT recomenda à Sema a suspensão de licenças para exploração de Terra Indígena

A Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sema) terá que suspender as licenças ambientais que já tenham sido expedidas sobre a área correspondente à Terra Indígena (TI) Portal do Encantado e cessar a expedição de novas licenças naquela região.  Isso é o que diz a recomendação expedida pelo Ministério Público Federal (MPF) no último dia 9 de maio.

Após receber denúncias, vindas da Fundação Nacional do Índio (Funai) e dos indígenas da etnia chiquitano sobre a ocorrência de crimes ambientais na TI Portal do Encantado – que abrange os municípios de Porto Esperidião, Cáceres, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, em Mato Grosso –, o MPF solicitou informações à Sema.  Em resposta enviada ao MPF, a secretaria admitiu a existência de processos administrativos de licenciamento ambiental referentes a imóveis situados tanto no entorno quanto diretamente incidentes sobre a terra dos chiquitanos.

Porém, a procuradora responsável pela recomendação afirma que, de acordo com Lei Ordinária nº 6.001/1973, que dispõe sobre o Estatuto do Índio, as terras indígenas não podem ser objeto de arrendamento ou de qualquer ato ou negócio jurídico que restrinja o pleno exercício da posse direta pela comunidade indígena ou pelos silvícolas, sendo vedada a qualquer pessoa estranha aos grupos tribais ou comunidades indígenas a prática da caça, pesca ou coleta de frutos, assim como de atividade agropecuária ou extrativa. (mais…)

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Ato em defesa das domésticas

Ouvidor da Secretaria da Igualdade Racial orienta empregados a denunciarem quando se sentirem vítimas de discriminação

A ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) está orientando as empregadas domésticas de São Paulo a denunciar possíveis discriminações que tenham recebido durante processo de recrutamento na empresa de recursos humanos Resilar.

Ontem, no Sindicato dos Bancários, na capital paulista, a Articulação Popular e Sindical de Mulheres Negras de São Paulo e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoveram um manifesto em defesa das trabalhadoras domésticas e mencionou a denúncia de racismo feita pelo DIA, em 18 de maio.

Em seu site, a empresa Resilar colocou a palavra “cútis” para que o futuro contratante tivesse a opção de escolher a etnia do empregado doméstico a ser selecionado. No dia em que a denúncia foi publicada, a palavra foi retirada do site. (mais…)

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Professores debatem futuro de Monteiro Lobato após polêmica sobre racismo

Alessandra Duarte e Dandara Tinoco

“Não reparem ser preta. É preta só por fora, e não de nascença. Foi uma fada que um dia a pretejou, condenando-a a ficar assim até que encontre um certo anel na barriga de um certo peixe. Então o encanto se quebrará e ela virará uma linda princesa loura”. É Tia Nastácia, na apresentação feita por Narizinho em “Reinações de Narizinho”. É também um dos motivos que levaram o autor Monteiro Lobato a se tornar pivô de uma polêmica envolvendo Ministério da Educação, professores e pais: a grande obra da literatura infantil brasileira, criadora de todo um universo, é racista? Para profissionais de educação, esse debate pode até afetar o uso, pelos colégios, da obra de Lobato pelas futuras gerações de alunos. Independentemente de a obra ter ou não elementos racistas, professores já afirmam que ela deve ser sempre trabalhada mostrando-se aos alunos o contexto histórico – uma sociedade com resquícios escravocratas – no qual ela foi escrita.

A polêmica começou em outubro de 2010, quando parecer aprovado por unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) recomendava que “Caçadas de Pedrinho” fosse distribuído às escolas públicas com nota explicativa sobre a presença de estereótipos raciais, que, dizia, estavam em trechos como “Tia Nastácia (…) trepou que nem uma macaca de carvão pelo mastro de São Pedro acima”. O ministro da Educação, Fernando Haddad, rejeitou o parecer. (mais…)

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Quilombo em Canoas (RS) busca ampliar projetos em educação

Comunidade do Chacará das Rosas deve ter, em breve, planos de habitação iniciados pela prefeituraNestor Tipa Júnior | Canoas (RS)

A origem do quilombo Chácara das Rosas, no bairro Marechal Rondon, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), remete ao quilombo de Manoel Barbosa, em Gravataí. A fundadora do local, Rosa Barbosa de Jesus, era uma das 12 filhas de Manoel Barbosa e Maria Luiza Paim de Andrade. Ela se casou com João Maria Genelício de Jesus e os dois se mudaram para aonde atualmente é o Chácara das Rosas.

Localizada em uma então área rural, era comum plantações de flores e hortigranjeiros. Mas a crescente urbanização do município de Canoas fez com que a área perdesse suas características. Uma das moradoras mais antigas, Maria do Carmo de Jesus, 78 anos, conta que chegou ao local com 9 anos. Ela lamenta que a aptidão agrícola tenha se perdido no tempo.

– Era uma chácara muito especial. É ainda, mas quando começou, era uma chácara muito rica, com muitas frutas, flores, criação de porcos e galinhas. Tinha gado, tinha cavalo. A metade da chácara até aqui esta frente era com plantas de eucalipto, de acácia – conta. (mais…)

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Hidroaysén: el proyecto que divide a Chile

Las manifestaciones públicas convocadas en 25 ciudades de Chile tiene un elemento en común: el rechazo al megaproyecto energético Hidroaysén, que implica construir cinco represas en la Patagonia con el objetivo de satisfacer las futuras necesidades eléctricas del país.

Desde la aprobación del proyecto por parte de la Comisión de Evaluación Ambiental, las protestas callejeras se han sucedido y las últimas encuestas hablan de un 74% de oposición a nivel nacional frente a esta iniciativa, mientras que entre los habitantes de la región de Aysén el rechazo es de un 60%. (mais…)

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El pueblo de Chile resiste el poder de la minería saqueante, secante y contaminante!!!

Defendamos la ciudad, 10 de mayo de 2011
Columna de opinión de Patricio Herman y Waldo López, publicada en portal Ciper Chile el 10 de mayo de 2011.

El proyecto que se aprobó ayer en Aysén no sirve de nada por sí solo, pues aún falta la evaluación de una línea que transmtirá la energía por más de 2.000 kilómetros. Los columnistas denuncian que la división se hizo para que la iniciativa avance más fácil. Proponen también otras perspectivas para analizar la evaluación de este tipo de proyectos, cuyo impacto es enorme y permanente.

En la revista Qué Pasa del viernes 6 de mayo se publicó un reportaje sobre el polémico proyecto HidroAysén que anunciaba la batalla que viene: El próximo lunes la Corema de Aysén votará -y presumiblemente aprobará- la primera etapa del controvertido megaproyecto hidroeléctrico. Pero “la madre de todas las batallas” será la siguiente: el trazado de la línea de transmisión de 2.000 kilómetros. Como vemos, el titular del proyecto lo ha dividido, una argucia que ha contado con la anuencia de la endeble institucionalidad nacional, con el propósito que así su aprobación sea más fácil. Lo denunciamos como una negligencia pública inexcusable, un mirar para el lado absolutamente improcedente, indigno de un país cuyos dirigentes pregonan que es serio y que, por ello, fue admitido en la OCDE. (mais…)

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Resistência da população de Caetité barra contêineres com material nuclear. Entrevista com João Batista Pereira

Assim que receberam, no domingo passado, a informação de que dez contêineres com material nuclear desconhecido chegava a Caetité-BA vindo de São Paulo, o grupo que forma a Comissão Pastoral do Meio Ambiente da cidade foi às rádios da região avisar do carregamento. Ali, começava uma grande mobilização para impedir a chegada desse material à cidade. Mais de duas mil pessoas foram para a estrada fazer com que os caminhões fossem parados e o material não seguisse em frente. “A população se mobilizou por causa dos problemas ambientais, principalmente em função da contaminação da água e do solo. Caetité já tem grandes problemas fruto da exploração nuclear e de exploração de urânio e a população não aceita mais que a cidade seja considerada um depósito de lixo atômico”, explicou João Batista Pereira, agente da Comissão Pastoral da Terra da região durante a entrevista que concedeu por telefone à IHU On-Line. A entrevista foi feita em parceria com o Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CEPAT. Confira a entrevista. (mais…)

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A agenda do agronegócio e o Código Florestal

Por Sergio Leitão
Diretor do Greenpeace no Brasil.

O debate sobre o Código Florestal vai além, muito além, da fita métrica que os ruralistas estão usando para acabar com a reserva legal nas propriedades rurais e encolher as faixas de proteção de nossos rios e encostas. Por detrás de toda a discussão, existe uma agenda do setor, liderado pelo grande agronegócio e os representantes de seus interesses no Congresso, para eliminar os limites sociais e ambientais fixados para o uso da terra. Depois do Código, estão na alça de mira os benefícios da agricultura familiar, a liberação do uso de agrotóxicos e a flexibilização do Código de Defesa do Consumidor.

Durante a Constituinte em 1988, os ruralistas impediram que o texto constitucional impulsionasse a democratização da propriedade, impondo um conceito de produtividade escorado em índices da década de 60 e jamais atualizados. Desde então o governo se limitou a realizar a reforma agrária em terras públicas naAmazônia, consolidando o que se fazia desde a ditadura militar e ajudando a ampliar o Desmatamento na região. A Amazônia virou o quarto de despejo dos conflitos agrários, ajudando a manter inalterado o quadro de concentração fundiária no país. (mais…)

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