Museu Afro Brasil celebra centenário de Carybé

O artista plástico Carybé

 

Para homenagear o centenário de nascimento do mais baiano dos artistas, o Museu Afro Brasil, em São Paulo, inaugura hoje duas exposições: “Grande Mural dos Orixás – Carybé” e “Deuses D’África – Visualidades Brasileiras”. Carybé, como era conhecido o pintor, desenhista, escultor, ceramista e muralista Hector Julio Páride Bernabó, nasceu em Lanús, na Argentina, em 7 de fevereiro de 2011, mas, após passagens por outras cidades brasileiras e da América do Sul, se fixou em Salvador em 1950 e se naturalizou brasileiro sete anos mais tarde.

Foi na capital baiana que o artista se encantou pela cultura e religiosidade do povo da Bahia, inspirações para suas principais obras. Carybé morreu em Salvador, em 2 de outubro de 1997. A abertura das mostras, cuja curadoria foi feita pelo artista plástico Emanoel Araujo, diretor-curador do museu, será realizada às 19h30 e elas ficarão em cartaz até 29 de maio.

Além de pinturas, relevos, esculturas e esboços que marcaram a trajetória do artista, a exposição “Grande Mural dos Orixás – Carybé” traz 19 painéis que representam os deuses africanos no Candomblé da Bahia. Esses deuses estão entalhados em pranchas de cedro com três metros de altura, que levam ainda incrustações de ouro, prata, búzios da costa, cobre, latão, vidros e ferro, conforme a simbologia de cada um deles no culto. As obras pertencem à coleção do Banco do Brasil BBM S/A, em comodato no Museu Afro Brasileiro da Universidade Federal da Bahia.
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CPT registra mais assassinatos e menos ocupações em 2010

Houve aumento de 30% no número de mortes no ano passado. Conflitos no Nordeste saltaram 37,5%. Diminuição de ocupações se deu em contraste com evolução da soma de despejos, expulsões, pistolagem e destituição de bens

Por Maurício Hashizume

O aumento do número de assassinatos, a maior ocorrência de embates agrários na Região Nordeste e a redução de ocupações combinada com o crescimento de casos relacionados a despejos, expulsões, pistolagem e destituição de bens foram captadas pelo relatório Conflitos no Campo 2010, documento da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que apresenta um amplo diagnóstico do que se verificou no meio rural ao longo do ano passado.

Houve registro, em 2010, de 34 assassinatos, quantidade 30% maior que os registrados (25) em 2009. A Região Norte concentrou 21 casos; 12 se deram no Nordeste e houve um falecimento no Sudeste. No Pará, que ocupa o primeiro lugar absoluto em termos estaduais, metade (9) dos 18 assassinatos está relacionada a conflitos entre trabalhadores.

“Isso mostra sobretudo o caráter perverso do sistema que acaba jogando trabalhadores contra trabalhadores”, comenta Antônio Canuto, secretário da coordenação nacional da CPT. Um dos exemplos lembrados é a tensão que se acirrou entre famílias assentadas do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança e representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) local em Anapu (PA). O município ficou marcado mundialmente por causa da execução, em fevereiro de 2005, da religiosa norte-americana Dorothy Stang, que vivia e atuava em prol do PDS na localidade.
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Governo Dilma será mais de esquerda do que foi o de Lula, diz Stédile

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse hoje (28) que o governo da presidenta Dilma Rousseff será mais de esquerda do que foi o de Lula.

De acordo com o dirigente, a coalizão que apoia Dilma tem maior participação de setores populares, o que torna o momento mais favorável para os movimentos sociais alcançarem suas reivindicações.

“Durante o governo Lula, a correlação de forças para os movimentos era muito pior. No primeiro mandato quase derrubaram ele. No segundo, avançou um pouquinho mais, mas também foi muito difícil. O que estou dizendo é que a correlação de forças e o ambiente político na sociedade é mais favorável a termos mudanças agora do que na época do Lula”, afirmou, em palestra na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco.
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Audiência discutirá políticas públicas para comunidades quilombolas

Representantes de comunidades quilombolas, da Fundação Cultural Palmares e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos se reunião hoje em uma Audiência Pública, na sede do Sindicato dos Bancários, em Sergipe, no Nordeste brasileiro, para discutir as necessidades de políticas públicas para os remanescentes de quilombos.

Entre as principais reivindicações estão a ausência de professores nas comunidades e os conflitos entre as lideranças e fazendeiros. Também participam da audiência, representantes da Secretaria da Promoção de Igualdade Racial e da Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas. A iniciativa é do Movimento Nacional de Direitos Humanos de Sergipe.

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=55948

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Campanha contra exploração sexual

A campanha ‘Carinho de Verdade – um gesto contra a exploração sexual’ já alcançou mais da metade de seu objetivo, que é ter “50 mil tweets contra a exploração sexual”. Em apenas 10 dias de difusão, a campanha já teve a adesão de milhares de pessoas e mais de 33 mil tweets. A campanha segue até o dia 18 de maio, quando é celebrado o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

A iniciativa é do Programa ViraVida, desenvolvido pelo Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI), desde 2008, junto a jovens e adolescentes de 16 a 21 anos em situação de exploração sexual. O objetivo é promover debates sobre o tema e sensibilizar a sociedade brasileira quanto ao problema.

Para participar desta mobilização, basta utilizar a hashtag (#carinhodeverdade) em suas redes (Twitter, Facebook, Orkut e Flickr). Aqueles que usarem redes sociais, podem acessar o site oficial da campanha www.carinhodeverdade.org.br e fazer sua adesão. A ideia é que no dia 18 de maio a hashtag esteja na lista do ‘trend topics’ nacional.

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=55950

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Senado aprova projeto que prevê a queixa, por testemunhas, de agressão à mulher

O Senado brasileiro aprovou, anteontem (27), projeto de lei que permite a testemunhas registrar, na polícia, agressão à mulher cometida por parceiros. O projeto também prevê a proibição da suspensão de processos quando houver violência contra a mulher e a prioridade para o julgamento dos casos.

Quando criada, a lei Maria da Penha previa a “incondicionalidade”, permitindo a terceiros registrar as queixas. Contudo, o Superior Tribunal da Justiça (STJ) interpretou, posteriormente, que a própria vítima teria de registrar a ocorrência.

“O mais importante desse projeto é que vai acabar com aquela história de que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, declarou a subsecretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves.
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Em greve na capital, indígenas exigem a devolução de suas terras

A comunidade indígena Toba-Qom da Colônia Primavera, estado de Formosa na, Argentina, entrou ontem (28) no seu quarto dia de greve de fome na Avenida 9 de Julho, em Buenos Aires. Os manifestantes pedem justiça por causa do desalojamento violento que sofreram em novembro do ano passado e que culminou em duas mortes.

O objetivo da greve é chamar a atenção da presidenta do país, Cristina Fernández Kirchner, para tomar providências e fazer com que sejam devolvidos cerca de 1.300 hectares das terras ancestrais indígenas que foram tomadas pelo Estado e por uma empresa privada. Desde dezembro, quando integrantes da comunidade acamparam em uma praça no cruzamento da Avenida de Maio, que os Toba-Qom vêm tentando dialogar com o governo.

Caso não tenham nenhuma resposta das autoridades, os indígenas afirmaram que a greve continuará por tempo indeterminado, assim como a ocupação total da Avenida 9 de Julho. Os grevistas ocupam, por enquanto, apenas uma das vias da avenida.
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Jovens pobres e o novo mundo do trabalho

Entrevista especial com André Langer

“A ausência de uma perspectiva profissional, marcada mais pela ruptura do que pela continuidade, faz com que o trabalho fique desprovido de um sentido”, analisa André Langer na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, em que fala sobre as perspectivas e experiências dos jovens pobres em relação ao atual mundo do trabalho. Langer traz como os jovens, principalmente os mais pobres, absorvem a reorganização do trabalho e questões relativas ao trabalho imaterial, capitalismo e novas tecnologias. Sobre este último ponto, diz que “por ser uma revolução muito recente, esses jovens que já cresceram dentro dela, intuitivamente conhecem a realidade em que pisam. Por exemplo, sabendo que o domínio básico de noções de informática é importante para ampliar as chances de acessar o mercado de trabalho, muitos jovens pobres fazem cursos nessa área”.

André Langer é graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e em Teologia pelo Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus. É mestre em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos e doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná. É pesquisador no Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – Cepat, parceiro estratégico do Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Hoje, dia 28, André Langer apresenta no evento IHU ideias a palestra Mutações no mundo do trabalho: a concepção de trabalho de jovens pobres, onde vai lançar o Caderno IHU ideias com o mesmo título. Confira a entrevista.
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O sonho Xavante e a esperança de mudanças reais

Por Gilberto Vieira dos Santos
Coordenador Regional do CIMI-MT

Precariedade no atendimento à saúde indígena em Mato Grosso

Motivado pelas últimas notícias divulgadas na imprensa sobre a morte de 35 crianças do povo indígena Xavante, que viviam em Campinápolis, Mato Grosso, Gilberto Vieira dos Santos, missionário do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no estado, escreveu artigo falando sobre o real abandono em que se encontram as comunidades indígenas da região, principalmente em relação ao atendimento à saúde. De acordo com ele, há omissão por parte do governo federal. Prova disso é que em pleno século 21 crianças ainda morrem por desnutrição e outras doenças simplesmente tratáveis.

As informações não refletem nenhuma novidade, visto que em 2010, das 200 crianças nascidas na região, 60 morreram devido a doenças respiratórias e infecciosas. Em 2009, 20 crianças Xavante morreram vitimas dos mesmos problemas, reflexos do precário sistema de atendimento à população indígena no estado e do descaso do governo frente ao problema.
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No Dia da Nacional da Caatinga um alerta contra a devastação

Nas comemorações do Dia da Nacional da Caatinga, parlamentares, ONGs e representantes do MMA defendem urgência para combater desmatamento e desertificação no bioma que já é o segundo mais devastado do País

A Caatinga, que abriga 27 milhões de pessoas e abrange cerca de 11% do território nacional, está em ritmo acelerado de devastação. Números apresentados nesta quinta-feira (28/04) em audiência pública na Câmara dos Deputados revelam que 2,8 mil Km2 do bioma são transformados em lenha anualmente no segundo mais ameaçado do País. O total equivale a 40% da matriz energética da região, uma das mais sujas do Brasil.

O encontro, que fez parte do Dia Nacional da Caatinga, serviu de alerta para a necessidade de se buscar urgentemente modelos de sustentabilidade socioambiental e econômica para a região. O Ministério do Meio Ambiente anunciou que vem avançando, em convênio com os estados do Nordeste, onde está a maior área de Caatinga, no sentido de criar e implementar pelo menos 40 novas Unidades de Conservação, na tentativa de conter o avanço da desertificação.
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