O sociólogo José Cláudio Souza Alves faz uma análise incômoda, para a mídia e outros setores, da situação da segurança pública no Rio de Janeiro. Não viu avanço na “conquista” do Morro do Alemão, em novembro, e o disse logo em seguida. Para ele, o que existe são rearrumações do crime organizado, que articula bandidos, polícias e milícias num sistema único. A reportagem e a entrevista é de Mauro Malin e publicada pelo Observatório da Imprensa, 25-02-2011.
As evidências que suscitaram a “Operação Guilhotina” da Polícia Federal, no fim de semana de 12-13 de fevereiro, deram razão a Souza Alves. Foram presos 30 policiais militares e civis, entre eles um ex-subchefe da Polícia Civil fluminense, Carlos Oliveira. Entre as acusações feitas aos detidos está a de vender a traficantes (e milícias) armas apreendidas de outros traficantes. Em seguida, sob a acusação de estar ligado a milícias e receber propina, demitiu-se o próprio chefe de Polícia, Allan Turnowski.
Por sinal, registre-se que o delegado superintendente da Polícia Federal no Rio, Ângelo Fernandes Gioia, pediu licença na terça-feira (22/2) e será substituído. Ele era o responsável pela condução da “Operação Guilhotina”.
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O povo de nossa região, assim como o povo de toda a periferia, sempre lutou por suas necessidades: cada escola, cada posto de saúde, cada linha de ônibus, cada rua asfaltada, até o acesso à água e à luz, foram resultados de várias batalhas no passado, feitas por muitas pessoas que sabiam onde o calo apertava, e acreditavam que a vida podia ser melhor. Essa consciência, essa união, e essa organização popular que trouxe uma série de conquistas, já fizeram tremer os “poderosos”, e poderão fazer novamente.

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