Indígenas mapuche plantean nuevas protestas por incumplimiento del Gobierno

Adital – Antes o não cumprimento por parte do Governo do acordo alcançado na semana passada para retirar denúncias por suposto terrorismo contra presos mapuche, membros dessa comunidade indígena presos em cárceres do Chile plenejam empreender novos protestos após a greve de fome que mantiveram por mais de 80 dias.

Indígenas mapuche exigem ao Governo chileno uma modificação da Lei Antiterrorista, um instrumento jurídico herdado pelo país sul-americano da repressiva ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990).

Em declarações à Rádio Cooperativa de Temuco (sul do Chile), o dirigente mapuche Eric Millán anunciou que se não se produz um gesto do Governo chileno para cumprir o acordo em cinco dias, os manifestantes indígenas reiniciarão novos protestos.

“O Governo deu um prazo de cinco dias hábeis para cumprir o acordo que subscreveram com os grevistas e se não responde ao compromisso que já efetuou, se reiniciarão novas novas mobilizações”, anunciou Millán.

O arcebispo de Concepción, Ricardo Ezzati, que mediou entre Governo e grevistas, anunciou na sexta-feira passada, 1º de outubro, que a maioria dos presos mapuche havia decidido por fim ao seu protesto, após o compromisso do Executivo de retirar as denúncias que evocam a Lei Antiterrorista.

Nesta sexta se cumpre o prazo de cinco dias hábeis estabelecido no acordo sem que se haja retirado as denúncias nem julgado aos presos.

“Estamos à espera. Os irmãos (mapuche) estão avaliando como podem mobilizar-se”, acrescentou Millán.

Os presos mapuche que participaram no protesto de jejum foram detidos no marco da Lei Antiterrorista durante manifestações na região de Araucanía, onde o grupo indígena mantém uma luta pelo reconhecimento de suas terras.

Os indígenas se consideram presos políticos e, entre suas exigências, ademais pedem ao Estado chileno não ser processados através de tribunais militares.

A Lei Antiterrosrista foi sancionada durante a ditadura para perseguir opositores, mas não foi derrogada por nenhuma das administrações de Governos posteriores ao regime pinochetista, apesar de que a Organização das Nações Unidas (ONU) criticou esta norma porque discrimina as comunidades indígenas.

O povo mapuche representa quase 10% da população chilena e seus principais assentamentos se encontram em Araucanía, a cerca de 600 km ao sul de Santiago.

Os indígenas denunciam que esta região tem terras que lhes pertencem desde antes da colonização espanhola, as quais foram arrebatadas.

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=51543

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