Operação Fazenda Brasil mais uma ação para por fim à exploração ilegal de madeira em Terra Indígena Cinta Larga

No contexto da operação Arco de Fogo/Custódia, acontece em Aripuanã-MT, mais uma ação interinstitucional na busca pela erradicação e responsabilização dos envolvidos na exploração ilegal de madeira em Terra Indígena Cinta Larga (TI Cinta Larga), no noroeste de Mato Grosso.  A operação Fazenda Brasil teve início ontem (07/10), e consiste em incursão por terra na TI Aripuanã e cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão em Aripuanã e Conselvam.

A primeira etapa foi desencadeada ontem às 6h com uma equipe composta de agentes do Ibama, Polícia Federal, Funai e Força Nacional adentrando no interior da TI Aripuanã.  Esta etapa durou 26h, terminando com a prisão de três envolvidos, além de equipamentos e veículos apreendidos.  Na incursão dentro da TI houve resistência por uma parte da etnia, ligada à aldeia Flor da Selva, onde estavam cerca de 50 índios pintados, portando arco e flecha, bloqueando o acesso das equipes.
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Manifesto de reitores das universidades federais à nação brasileira

Da pré-escola ao pós-doutoramento – ciclo completo educacional e acadêmico de formação das pessoas na busca pelo crescimento pessoal e profissional – consideramos que o Brasil encontrou o rumo nos últimos anos, graças a políticas, aumento orçamentário, ações e programas implementados pelo Governo Lula com a participação decisiva e direta de seus ministros, os quais reconhecemos, destacando o nome do Ministro Fernando Haddad.

Aliás, de forma mais ampla, assistimos a um crescimento muito significativo do País em vários domínios: ocorreu a redução marcante da miséria e da pobreza; promoveu-se a inclusão social de milhões de brasileiros, com a geração de empregos e renda; cresceu a autoestima da população, a confiança e a credibilidade internacional, num claro reconhecimento de que este é um País sério, solidário, de paz e de povo trabalhador. Caminhamos a passos largos para alcançar patamares mais elevados no cenário global, como uma Nação livre e soberana que não se submete aos ditames e aos interesses de países ou organizações estrangeiras.
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Os povos indígenas e as eleições 2010. Entrevista especial com Egon Heck

Desde o período colonial até os dias de hoje, o discurso em relação aos povos indígenas, no Brasil, ganha roupagens diferentes, muda de acordo com o momento histórico, mas trás uma carga de rejeição e preconceito. Ao comentar a declaração do atual Ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, sobre a dependência que as demarcações de terras geram aos índios, o coordenador do Conselho Indigenista Missionário – Cimi do Mato Grosso do Sul, Egon Heck, percebe a retomada do discurso proferido na ditadura militar pelo ex-Ministro do Interior do governo Médici, Rangel Reis: “Os povos indígenas não podem ser obstáculo ao desenvolvimento; têm de ser emancipados”. Por trás desse pensamento, explica, está a “possibilidade de os índios deixarem de serem índios (…) porque, como tal, se tornam dependentes, não se integram no sistema produtivo do país e, portanto, estão ameaçados”.

Em entrevista concedida, pessoalmente, à IHU On-Line, quando esteve no Instituto Humanitas Unisinos – IHU apresentando uma palestra sobre a luta dos povos indígenas no Mato Grosso do Sul, Heck chamou atenção para a demarcação das terras indígenas, que parece estar praticamente resolvida no país. Ele contestou os números divulgados pelo governo de que 95% das terras estariam demarcadas. “100% das terras do Mato Grosso do Sul precisam ser resolvidas”. E dispara: “As terras que estão com o processo concluído e que não têm invasões registradas, não chegam à metade, ou seja, são menos de 50%”.
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