As conquistas e desafios do feminismo são outro tema debatido na entrevista. Para Rago, vivemos profundas transformações nas relações de gênero, mas ainda há muito em que progredir. A violência de gênero, por exemplo, não diminuiu, mas ganhou visibilidade na mídia. Por outro lado, homossexuais e mulheres deixaram de ser tão estigmatizados e já têm espaços conquistados e garantidos a cada dia. Aquele pensamento de que a mulher era um ser inferior, impedido de certas profissões e marcado por comportamentos muito mais emocionais do que racionais ruiu há tempo, garante Rago. Já os homossexuais, tidos como anormais e patológicos no passado, hoje têm mais espaço e respeito na sociedade.
Graduada em História pela Universidade de São Paulo (USP), Margareth Rago é mestre e doutora em História pela Universidade de Campinas (Unicamp) com a tese Os Prazeres da Noite. Prostituição e códigos da sexualidade feminina em São Paulo, 1890-1930 (2ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008). É pós-doutora e livre-docente pela Unicamp, onde é professora. Entre outros, é autora de Foucault: para uma vida não fascista (Belo Horizonte: Autêntica, 2009), Feminismo e anarquismo no Brasil. A audácia de sonhar (Rio de Janeiro: Achiamé, 2007) e Do Cabaré ao Lar. A utopia da cidade disciplinar (3ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997). Em 16 de junho, apresentou a conferência Michel Foucault e a escrita de si nos feminismos contemporâneos, no Seminário Michel Foucault – Corpo, sexualidade e direito, promovido pela UNESP/Marília. Confira a entrevista. (mais…)