Cerca de 80 índios Pataxó, da aldeia de Carmésia, no Vale do Aço, ocupam o Parque Estadual do Rio Corrente, em Açucena, Leste de Minas Gerais, desde a manhã da última quinta-feira. Eles reivindicam a área para a criação de uma reserva indígena e prometem resistir à possíveis ações de reintegração de posse. A área do parque é objeto de discussão na Justiça, envolvendo um suposto posseiro. O Instituto Estadual de Florestas (IEF) informou que, ciente das reivindicações da comunidade indígena, está realizando estudos técnicos e legais para conciliar as questões ambiental e social.
Os índios invasores pertencem ao grupo do cacique Bayara. Eles chegaram ao local em dois ônibus e um carro de passeio, por volta das 5 horas de quinta-feira. Desde então, os homens passam o dia armando barracas e vigiando o acampamento e as mulheres cozinhando em fogões improvisados. A barraca maior, e primeira a ser erguida em mutirão, foi a Kijene, sustentada por bambus e coberta com lona. Ela serve para proteger os alimentos e para os índios dormirem. Crianças e adolescentes estão entre a maioria dos invasores.
Segundo o cacique Bayara, a terra é plana, cortada por um córrego e embora tenha sido degradada ao longo dos anos para a formação de pastos, atende às necessidades dos indígenas. A nova reserva que pretendem formar no local deverá receber o nome de Aldeia Tucunã do Rio Corrente. Tucunã, na língua Pataxó, significa coco, fruto abundante na propriedade. “Não queremos briga com ninguém, apenas que cumpram a promessa que nos fizeram de transformar a área em reserva indígena. Não sairemos daqui”, assegurou o cacique.
Segundo ele, a aldeia Pataxó, onde vivem quatro grupos, em Carmésia, esta ficando cada dia menor, tendo em vista que 70% do território é montanhoso, improdutivo para lavoura e todo fracionado. A área plana seria pequena e por isso, contou, os índios sofrem grandes perdas com desaparecimento das caças, da água e de matéria-prima para a confecção de artesanato que é o meio de subsistência do grupo. Os conflitos também seriam constantes. Por isso, pleiteiam outra terra, pedido que já teria sido feito a vários órgãos governamentais, há alguns anos.
Há sete meses souberam de estudos para assentá-los na Fazenda Brejaúba, distrito de Felicina, em Açucena, propriedade que invadiram. O problema é que a fazenda fica dentro do Parque Estadual do Rio Corrente, criado em 17 de dezembro de 1998 e, portanto, motivo de uma briga na Justiça. O proprietário da fazenda, Valdeci Dias da Silva, ajuizou ação de reintegração de posse na Justiça para reaver os 450 hectares que formam a fazenda, mas a ação ainda não teria sido julgada pela Justiça.
De acordo com o cacique Bayara, em dezembro do ano passado, as lideranças da aldeia estiveram com representantes do IEF pedindo a intervenção do órgão. Na reunião, a área da fazenda, que fica dentro do Parque do Rio Corrente teria sido prometida a eles. “Já conseguimos R$ 100 mil com um deputado para fazer o georeferenciamento, mas o fazendeiro não sai daqui para que a demarcação seja feita. E nem o IEF se posiciona. Resolvemos ocupar para pressionar. Estamos cansados de esperar”.
Nesta sexta-feira, por meio de uma nota, o IEF informou que aguarda a decisão judicial sobre a questão fundiária para iniciar a implantação da infraestrutura na unidade de conservação. E que, ciente das reivindicações da comunidade indígena, está realizando estudos técnicos e legais para conciliar a questões ambiental e social.
O Parque Estadual do Rio Corrente foi criado em 17 de dezembro de 1998 pelo Decreto 40.168. Possui 5.065 hectares e abriga importantes remanescentes do bioma Mata Atlântica, além de nascentes e cursos d’água imprescindíveis para a região, como o ribeirão São Mateus, o ribeirão São Félix e o córrego Porto Santa Rita.
A dona de casa Fabiane Coelho da Silva, 34 anos, esposa do proprietário da fazenda Brejaúba, Valdeci Dias da Silva, informou que familiares se reuniriam com advogados na tarde de ontem para decidirem as providências que serão tomadas. “A fazenda está com a família há mais de 40 anos. Não podem fazer isso”, resumiu. Na Fundação Nacional do Índio (Funai), ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto. A informação é que a coordenadora regional, Idelvira Turetta, está viajando.
http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/indios-pataxo-ocupam-fazenda-em-acucena-1.149204
EU VISITEI A TRIBO E GOSTEI MUITO FOI MUITO LEGAL E OUVI ALGUMAS HISTORIAS E DEFENDO ELES
eu apoio o povo pataxó pois eu também sou indio apesar de está vivendo na cidade mais jamais deixo de ser indio e meu apoio é que os meus parentes pataxós devem lutar pelos seus direitos chega de ser pisados hoje nós vivemos na democracia da liberdade e não mais na escravidão como nos tempos passados nós indígenas temos histórias umas boas e outras ruim por parte de muitos brancos que sempre querem mais terras e não se importa com a nação indígena só pensa em se propio e não se lembra que indio também tem familia para cuidar o que muitos fazendeiros querem é ver a nação indígena se acabar e se dependesse deles não existia mais indios mais muitos se enganam pois o povo indígena cada ano tem crescido e eu mim alegro com isso e tupã jamais vai deixar a nação indígena dispessa com serteza tupã vai é agir em favor de nós indios–avante povo pataxó lute pelo que é de vocês por direito mais lute dentro da lei ok? e que tupã possa os ajudar eu estarei torcendo por vocês meus parentes.
Eu dou o apoio necessário para a trido dos Pataxós, pois eles devem lutar pelo o que são deles por lei, e se as terras sao deles por direito eles devem continuar lá sim. Esses fazendeiros são só oculpantes e eles não deveriam ter oculpado terras que não são deles por direito. Agora estão os fazendeiros estão preoculpados por perderem terras mais deveriam nem percorrer a justiça por isso.
Eu dou todo apoio para os Pataxós e que eles lutam pelo o que são deles e que eles continue cuidando e conservando a pouca floresta que tem lá.
Força Cacique Bayara você vai vençer eu dou tudas as forças as tribos Indigenas do Brasil.
Todo apoio ao povo pataxó e a Aldeia Tucunã do rio Corrente. Valorizemos a luta dos povos indígenas, quilombolas , tradicionais e camponeses em busca do direito de acesso à terra, e de produzir nelas, vivendo em uma relação de respeito e interdependência com mundo natural.Que atitudes como essa se repitam a cada vez mais, somente lutando por nossos direitos, pela vida, e pela proteção da Terra Mãe possamos um dia vivenciar um país mais justo e igualitário!Viva o povo Pataxó!Viva os povos indígenas do Brasil!