Como uma das primeiras consequências diretas da realização das Oficinas de Combate ao Racismo Ambiental no Nordeste, realizadas em Fortaleza (março) e em Salvador (abril) pelo GT Combate, no dia 9 de julho próximo acontecerá, também em Fortaleza, o I Seminário de Justiça Ambiental e Saúde do Ceará.
O seminário está sendo organizado pela Associação Cearense de Magistrados (ACM), Associação Cearense do Ministério Público (ACMP), Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares no Ceará (Renap), Instituto Terramar, Rede Brasileira de Justiça Ambiental, Núcleo Tramas (da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará) e pelo GT Combate ao Racismo Ambiental.
A abertura será às 9 horas, no Auditório Desembargador José Maria de Queirós, da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (Esmec), com uma palestra de Marcelo Firpo, da Fiocruz, que apresentará o Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil, do qual é Coordenador geral.
Para Mariana Albuquerque, Presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará, “em países com grande desigualdade social como o Brasil, quem mais sofre com os danos ambientais é a população de baixa renda, os grupos sociais discriminados e os marginalizados e vulneráveis. Para constatar tal fato, basta observar que são eles que mais estão expostos aos riscos decorrentes das substâncias perigosas, da falta de saneamento básico, de moradias em situação de risco, da proximidade de depósitos de lixo, sendo inequívoco que essas pessoas têm menor acesso ao ar puro, à água potável, ao saneamento básico e à segurança fundiária”.