Produção totalmente orgânica, Reforma Agrária, preservação florestal e moradia para os agricultores: como funciona o projeto agrícola alternativo do Sítio A Boa Terra, novo parceiro de Outras Palavras
Por Maurício Ayer – Outras Palavras
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Outras Palavras visitou o Sítio A Boa Terra a convite de seus criadores. A partir de junho, serão parceiros do site — que divulgará gratuitamente suas cestas de produtos orgânicos. Em contrapartida, membros do programa de sustentação autônoma Outros Quinhentos poderão receber em sorteio, neste mês e no próximo, cestas de hortifrútis cultivados totalmente sem agrotóxicos ou adubos químicos. As cestas podem ser conhecidas aqui.
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Eles ganhavam um bom dinheiro com o cultivo de flores em Holambra. “Até demais”, ironizam… Com o tempo, contudo, observaram que, enquanto concentravam terras e recursos, os moradores da região empobreciam e eram obrigados a deixar a terra. Usando agricultura convencional, com agrotóxicos e adubação química, viram trabalhadores intoxicados ou queimados por veneno terem de ser levados às pressas ao hospital.
Essas foram as maiores razões para o casal de holandeses Tini Schoenmaker e Joop Stoltenborg, hoje com cerca de 70 anos, criarem o Sítio A Boa Terra. Lá, além de cultivar orgânicos, manter uma grande área de preservação e oferecer aulas de “alfabetização ecológica” a alunos da rede pública local, implantaram uma minirreforma agrária e organizaram um movimento de sem-teto para construir 100 casas em mutirão.
Criado ainda nos anos 1980 e pioneiro numa atividade que apenas engatinhava, um dos produtores orgânicos mais antigos que semantêm em atividade, o Sítio está localizado a meio caminho das cidades de Casa Branca e Itobi, no estado de São Paulo, próximo à divisa com Minas Gerais. Hoje, entrega seus produtos para mais de 500 famílias em 18 cidades, entre elas São Paulo, Guarulhos, Osasco, Sorocaba, Campinas, Americana, Ribeirão Preto e Poços de Caldas. E, para aproximar as pessoas que se alimentam de seus produtos dos trabalhadores que os cultivam, organiza quatro vezes ao ano o Café das Estações, celebrando cada mudança originada pelo movimento da Terra em torno do Sol.
Foi no evento que anunciava o início do outono, no dia 23 de março, que Outras Palavras conheceu a extraordinária história desse nosso novo parceiro. Além de saborear café da manhã e almoço inteiramente preparados com produtos orgânicos, os visitantes percorrem todo o sítio, das lavouras às áreas de preservação e instalações destinadas à logística. E adquirem consciência do alcance profundo da alimentação.
De volta à semente
Joop nos recebeu num salão simples e bem cuidado, cercado de janelas e por isso mesmo com muita luz e ar fresco, além de impecavelmente limpo. Nas mesas, pães recém-saídos do forno, geleias da casa, frutas, iogurte, manteiga e queijo minas caseiro. Cerca de 40 visitantes se distribuíam pelas mesas.
Num gramado em leve declive do outro lado do salão, que se estende até um pequeno curso d’água proveniente de uma mata preservadalocalizada atrás das casas dos proprietários, a uns 80 metros dali, cercadas por mangueiras. Aquelas árvores, soubemos depois, existiam no local antes da chegada das famílias, as únicas num longo terreno de pasto degradado. A mata, portanto, tem a mesma idade do Sítio. Na outra direção, abaixo do córrego, estende-se uma ampla área de várzea até o horizonte, onde se avistam casas de um bairro rural.
O caminho “de volta à semente” começou pela parte mais próxima do consumidor: a fase final, o galpão onde é feita a preparação e embalagem de hortaliças, legumes e frutas e onde são montadas as cestas para serem embarcadas no caminhão. Há ali várias bancadas dispostas lado a lado, esteiras e alguns aparelhos para higienização de produtos. Tudo muito simples, mas também muito bem pensado na organização dos espaços. O equipamento mais tecnológico é uma grande câmara fria onde produtos ficam armazenados após a colheita, o que permite prolongar sua durabilidade sem usar qualquer tipo de tratamento ou aditivo químico. Com o controle rigoroso de umidade e temperatura, funciona sobretudo para leguminosas, mas também para algumas hortaliças.
Subimos então numa carreta com bancos, puxada por um trator, que nos levou para ver de perto as lavouras. O comboio foi parando no caminho para vermos cada cultivo: colhemos e comemos milho verde direto do pé – surpreendentemente macio e saboroso, doce como se levasse açúcar; vimos os pés de abobrinha brasileira e italiana, entre diversos outros cultivos. Sob as estufas, todo tipo de folhas, como variedades de alface, rúcula e agrião.
História
A história do Sítio A Boa Terra começa em Holambra, onde, nos anos 1950 e 60, chegaram as famílias holandesas de Tini e Joop. Mas sua origem remonta ao pós-Segunda Guerra Mundial, quando muitos holandeses eram estimulados a emigrar, sobretudo para países como Canadá, Nova Zelândia e Austrália.
Tini chegou ao Brasil aos 11 anos de idade, em 1959. “Naquele tempo se pensava que os filhos tinham que seguir o ofício dos pais… Éramos agricultores e a Holanda, densamente povoada, não tinha mais como crescer”, explica ela. “Nossa mãe não queria. Mas depois de ouvir uma palestra sobre Holambra, uma colônia no Brasil de pessoas do seu país, ela considerou mais fácil.”
Já Joop decidiu, no início dos anos 1960, atender ao convite de um tio que vivia em Holambra, não sem antes passar uma temporada no Canadá e depois descer, de fusca, até o Brasil. Junto com um amigo, cruzaram Estados Unidos, México, Honduras, Guatemala, até o Panamá. “Ali precisamos colocar o carro num barco para a Colômbia, pois não tinha estrada.” Seguiram então pelo Equador, Peru, Bolívia e Chile, depois voltaram pela Argentina, Uruguai e finalmente Brasil. “O fusca chegou caindo aos pedaços. Só sobrou a placa, pendurada ali na varanda”, diz Joop, sorrindo.
Joop e Tini vêm de regiões diferentes da Holanda. “Ela nasceu debaixo d’água”, brinca ele, sobre a região abaixo do nível do mar em que Tini nasceu, enquanto ele vem de uma cidade que fica a “importantes” 20 metros de altitude. Ambos, no entanto, se criaram em famílias de agricultores e em “manadas” de onze irmãos, sendo, nos dois casos, quatro mulheres e sete homens. Conheceram-se em Holambra e, quando o namoro engatou, os pais de Tini convidaram Joop a participar do negócio. “Tivemos muito sucesso, ganhamos muito dinheiro. Até demais”, ironiza Joop. A plantação de flores demandava sempre novas áreas de cultivo, o que significava uma forte pressão para a expansão das propriedades. Não há expansão de um lado sem recuo do outro, então havia um intenso processo de concentração de terras. “Víamos muita gente ser expulsa do campo.”
A terra e as pessoas
Joop mostrou fotografias comparando a forma de agricultura dita “convencional” – com uso de agrotóxicos e adubação química – e a orgânica. “Mudei para a orgânica depois de muitos anos praticando a agricultura convencional. Eu era um especialista em herbicidas, inseticidas, fungicidas…” Uma das razões foi os danos que causavam aos trabalhadores das suas lavouras. “Mesmo seguindo todas as normas de segurança, muitas vezes tivemos que levar trabalhadores correndo para o hospital por causa de intoxicação ou queimaduras”, contou Joop.
São impressionantes as imagens de peles queimadas pelo veneno usado nas lavouras. Também fica evidente que não adianta lavar uma folha ou fruta, pois o veneno é lançado diretamente sobre as plantas e em todo o ambiente, logo irá penetrar pela seiva das plantas e invadir todas as suas fibras. Joop lembrou que, no início, esses produtos químicos eram chamados de “veneno”, depois passaram a ser “agrotóxico” e hoje muitos os chamam de “defensivos agrícolas”. De algo que envenena passou a algo que defende…
Um episódio da biografia de Joop é tão estarrecedor quanto didático para se entender o momento em que os venenos foram incorporados às práticas agrícolas. Nascido em 1939, na Holanda, ele era criança quando a Segunda Guerra Mundial acabou. “No final da guerra, todo mundo tinha piolho, sarna etc. Então pegavam umas bombas e iam borrifando a gente com um pó branco. Todo mundo ficava inteirinho branco, dos pés ao cabelo. Depois eu soube que aquilo era DDT.” Na época, toda agricultura era orgânica. Mas daí começaram a pesquisar novos usos para as sobras da guerra química. Foi então, no momento de massificação das tecnologias, quando se difundiu o “American way of life” pela Europa e por grande parte do planeta. Que se tornou padrão o uso de produtos químicos na agricultura, produtos estes que tornavam mais rápidos e cômodos – e principalmente mais lucrativos – os processos produtivos nas lavouras.
O desejo de viver num mundo melhor
Em meados dos anos 1970, o grande sucesso no cultivo de flores não impedia que o jovem casal de holandeses estivesse atento às transformações que o mundo vinha sofrendo. Com sensibilidade raramente cultivada entre empreendedores de sucesso, percebiam que sua acelerada prosperidade tinha consequências sociais visíveis na região, que implicava concentração de terras e de renda. Essa percepção tinha ressonâncias de outra discussão que surgia naquele momento, relacionando as questões econômica e ecológica. Um marco deste debate foi a reunião ocorrida na Itália que produziu a Carta de Roma, na qual se afirmava que os recursos naturais do planeta são finitos, das riquezas minerais à água, e que não se podia crescer indefinidamente.
“Lemos Small is Beautiful: Economics As If People Mattered[traduzido no Brasil como O negócio é ser pequeno, do economista alemão Ernst Friedrich Schumacher, clique aqui para ler], sucesso internacional na época, e para nós ele foi revelador”, relembra Joop. “Aliás, retomei esse livro no mês passado e acho que continua fazendo todo sentido!” Foi aí que, juntamente com uma irmã de Tini e uma irmã de Joop, com seus respectivos maridos, amadureceu a ideia de formar uma comunidade para trabalhar coletivamente e ampliar os benefícios do uso da terra, que é um bem de todos.
Mãos na terra
“Quando chegamos, a terra já estava aqui. Quando todos partirmos, a terra seguirá aqui também. O pó de tudo o que existe está aqui, tudo retorna à terra e a terra sobreviverá por muito tempo quando nós também voltarmos a ser pó.” Numa pequena clareira, sentados em roda, cada um com um copo d’água, um punhado de terra e alguns grãos de feijão, vimos Tini percorrer o círculo com o olhar, enquanto tomava a palavra com terra nas mãos.
“Se pegarmos a terra… podem pegar, não é sujeira. A terra tem muitos segredos a revelar. Em cada centímetro cúbico há milhões de micro-organismos que são responsáveis por mantê-la viva, fértil. Os adubos químicos matam parte desses micro-organismos; já o adubo orgânico é apenas o retorno à terra daquilo que um dia já foi terra.”
Apanhou algumas sementes. “Vejam agora essas sementes, cada uma tem seu próprio rosto. Esta pedrinha, quando é depositada no colo da mãe terra, vai viver, vai mostrar que traz em si a força de perseverar, de buscar a luz do sol. E crescerá para fora e para dentro da terra, desenvolvendo sua potência de ser. Como uma cenoura, que cresce enterrada na escuridão da terra mas tem a cor do sol.”
Fez uma pausa e prosseguiu. “Como as sementes chegaram até nós? Por séculos e séculos, lavradores colheram e replantaram, escolheram e cuidaram da terra, das plantas e das sementes. É preciso reproduzir este ciclo. Transformações sutis foram acontecendo ao longo dos séculos e séculos, com uma complexidade que está além de nossa capacidade de compreensão. Os transgênicos interrompem esse processo natural.”
Citou então o pesquisador Jeffrey M. Smith, que reuniu em Roleta Genética casos cientificamente comprovados de malefícios causados por transgênicos. “Devemos rezar pelos cultivadores das sementes crioulas, pois são eles que garantirão o futuro de nosso alimento.”
Tini segurou o copo d’água. “Somos 70% água, água em movimento. Aque agora está em nosso corpo logo poderá estar naquele córrego, numa nuvem ou irrigando uma plantação. Poluir a água é poluir o nosso corpo, não há separação. Tudo está em tudo”, continuou. “A substância que nos forma é a que está na terra e que vem até nós com o alimento e a água. Introduzir veneno em qualquer etapa desse ciclo significa envenenar o sistema do qual nós – assim como nossos filhos e filhas, netos e netas – fazemos parte.”
Cultivar a terra, construir a casa
O principal motivador do Sítio A Boa Terra, no primeiro momento, foi social – a questão ecológica foi ganhando força ao longo da história. Com terras doadas pela Terra Viva, empresa da família de Tini da qual Joop tornara-se sócio, em janeiro de 1981 nascia oficialmente o projeto. “Fizemos a experiência de uma pequena reforma agrária com 60 famílias de trabalhadores, os chamados boias-frias na época, gente que passa de uma colheita à outra. Conseguimos um financiamento para drenar 60 hectares de várzea. Cada família cultivava um hectare, sobretudo com arroz e feijão, além de horta”, explica Tini. “O cultivo e a colheita eram separados, mas 10% do rendimento era colocado em um fundo gerido coletivamente, com o qual conseguiram comprar um tratorzinho, algumas máquinas”, conta Joop.
Júlio trabalha hoje na área administrativa do Sítio A Boa Terra e era ainda muito novo quando se formou a ATRAI (Associação dos Trabalhadores Rurais de Itobi). Mas recorda-se bem de como seu pai e irmão mais velho se envolveram no projeto. “O mais importante, na época, era a tranquilidade de produzir o arroz e o feijão da família. De novembro a fevereiro não tem trabalho, então pelo menos o básico estava garantido.”
Com os cultivos em andamento, outra demanda mobilizou a comunidade. Um grupo de pouco mais de 100 famílias se organizou no movimento dos Sem Casa com o intuito de planejar e construir, em sistema de mutirão, um novo bairro no local. Durante quase um ano, todas as noites e finais de semana se reuniam para trabalhar na construção de 107 casas – ocupadas somente quando todas ficaram prontas.
Contudo, com a queda no preço do arroz e do feijão o projeto foi se esvaziando. Restaram as casas, onde as famílias vivem até hoje. Parte das pessoas foi incorporada ao trabalho no Sítio, outras se empregaram numa fazenda da Terra Viva na região. “Foram mais de dez anos vividos intensamente, com muita alegria, por todas essas pessoas. Sem dúvida, a maioria passou a viver melhor”, assegura Tini.
A mata preservada
Guiados por Tini, circulamos por trilhas em meio à mata. Pelo tamanho das árvores e a densidade da ocupação pelas plantas mais baixas, percebe-se que é uma mata jovem, que 35 anos antes simplesmente não existia. No entanto, a riqueza da flora e da fauna já se mostra com muitos pássaros, insetos e sapos, para o entusiasmo das crianças que participavam da pequena excursão.
Produzir água, hoje, talvez seja tão importante quanto produzir alimento. Quem vive na capital paulista sabe muito bem o que isso significa, diante da possibilidade de grave desabastecimento que segue ameaçando a metrópole. E produzir água significa, na realidade, preservar áreas estratégicas de mata nativa e cuidar das nascentes. Fazendo isso, a água volta a fluir.
No Sítio, a área de preservação é hoje bem mais ampla que a área utilizada para a produção agrícola. Esta compreende 10 hectares naquele local e mais 10 hectares num local próximo, em área de serra, que por ser mais frio é mais utilizado durante o verão. Já a área preservada compreende dezenas de hectares de mata, além dos 60 hectares de várzea, que depois de encerrado o projeto de cultivo comunitário de arroz e feijão passaram a ser destinados à preservação permanente. Hoje, o Sítio recebe ao longo do ano dezenas de turmas de alunos de escolas estaduais de Itobi, para propor dias inteiros de “alfabetização ecológica. O projeto foi concebido por Nicolete, uma das filhas do casal.
A Boa Terra
Enquanto aconteciam os projetos sociais, as mulheres começaram a plantar uma horta, utilizando técnicas de biodinâmica que a irmã de Tini havia aprendido em cursos na Holanda. Ao final de 1981, cerca de meio hectare estava plantado. Foi a partir deste núcleo que cresceu o Sítio A Boa Terra.
Além de sua ampla produção de verduras, legumes e frutas, para atender melhor seus clientes o Sítio hoje comercializa também itens de produtores parceiros. Todos podem ser selecionados pelo site ou poremeio. Apenas no segundo semestre de 2014, comercializou um total de 145.439 kg de legumes e frutas (64.050 kg dos quais de produção própria) e 65.009 maços de verduras (sendo 52.251 cultivados e colhidos no local).
A produção própria inclui cenoura, milho, beterraba, rabanete, cebola, abóbora brasileira, abóbora italiana, pepino caipira, alho porro, milho verde, alfaces (americana, crespa, lisa, mimosa e roxa), escarola, couve manteiga, rúcula, almeirão, cheiro verde, manjericão, orégano e hortelã. “Temos uma pequena área com laranjas, mangas, abacate e vamos plantar este ano mais 4 mil mudas de laranjas”, informou Júlio.
Ao todo, são 40 funcionários: seis no setor de Educação Ambiental, nove na produção e 25 na área comercial. As cestas entregues aos clientes são assim distribuídas: 9% na região do Sítio (Itobi, São José do Rio Pardo, Casa Branca, Vargem Grande do Sul e Mococa); 16% na de Ribeirão Preto; e 75% nas regiões de São Paulo e Campinas.
Política agrícola
Segundo Júlio, não há qualquer política que favoreça o produtor orgânico na obtenção de financiamento, assistência ou apoio dos governos federal, estadual e dos municipais com os quais o Sítio se relaciona. Ao contrário, os orgânicos, além de seus custos maiores por preservar o meio ambiente e garantir um alimento sem veneno para o consumidor, têm também que arcar com todos os custos de certificação.
“Na agricultura convencional, é permitida a presença de certosníveis de agrotóxicos nos alimentos e a Anvisa analisa os produtos e afere isso. Por que estes produtores não são obrigados a dizer, no rótulo, qual o nível médio de agrotóxicos no alimento? Por que apenas o orgânico necessita de certificação?”, questiona Júlio.
Na prática, são premiados aqueles que contaminam a terra, os lençóis freáticos e os rios com agrotóxicos, e vendem alimentos com veneno, provocando malefícios que são difíceis de contabilizar, mas que certamente impactam nos gastos públicos e privados com saúde.
“Também há muito menos pesquisa acadêmica na área de orgânicosdo que na área da agricultura convencional”, ressalta Joop. “Um conhecimento mais refinado dos cultivos ajudaria muito no aumento da produtividade”.
Nos despedimos de nossos anfitriões com os corações plenos de sentido pelo contato com aquela gente, aquela terra, aquele modo de ser e viver. O próximo encontro acontecerá dia 21 de junho, “para celebrarmos a chegada do Inverno!” – diz o convite. “Conheça as pessoas do campo e suas histórias, entenda a diferença entre a agricultura comum e a orgânica, ouça o campo dos pássaros, relembre o cheiro de terra molhada, o verdadeiro sabor dos alimentos, o deleite dos quitutes caseiros, ande descaço e brinque com o pés na água pelas trilhas da mata. Dê esse presente a você e aos que você ama!”