Relato na Audiência realizada no MPF-CE em Itapipoca, dia 09 de dezembro de 2014

Observatório Socioambiental

A razão que tem motivado o conflito é o projeto do grupo empresarial Afirma Housing Group, a Nova Atlântida, que pretende construir um complexo turístico formado por vários hotéis e campo de golfe.

Os Tremembé lutam por suas terras e por isso sofrem várias ameaças e ataques por parte de não-índios favoráveis ao empreendimento.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Janete Melo.

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Em carta ao Governo, índios Terena ameaçam retomar “fazenda por fazenda”

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Indígenas reafirmam as ações de ocupação de terras e exigem apoio

Correio do Estado

Os indígenas Terena, que moram em Mato Grosso do Sul, ameaçam, em carta ao Governo Federal, retomar “fazenda por fazenda” que esteja na terra indígena Taunay / Ipegue, ainda não demarcada oficialmente.

“Não há por parte do governo brasileiro nenhuma intenção de dar prosseguimento à demarcação de terras. É triste o facto de que nosso povo tenha de se organizar para buscar o território através das ações de retomada”, já que existirá “enfrentamento com capangas”, afirmou Lindomar Ferreira, 40 anos, do povo Terena.

Na madrugada do último dia 28, 200 indígenas Terena viram-se envolvidos com seguranças armados numa das fazendas de Mato Grosso do Sul, onde haviam montado um acampamento. (mais…)

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Abusos da ditadura na Canastra

À força. Documentos históricos apontam que pelo menos 179 famílias, à época, foram retiradas de suas casas na Serra da Canastra
À força. Documentos históricos apontam que pelo menos 179 famílias, à época, foram retiradas de suas casas na Serra da Canastra

Moradores da serra relembram que foram obrigados a entregar suas casas aos militares

Lucas Ragazzi – O Tempo

Na semana em que foi entregue o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, que investigou por quase três anos os crimes cometidos durante a ditadura militar no Brasil, uma história mineira, escondida pelo passar dos anos, é finalmente revelada. Há cerca de 40 anos, a Serra da Canastra, localizada no Centro-sul de Minas, foi cenário de um dos episódios mais violentos protagonizados pelo regime que dominou o país entre 1964 e 1985. Apesar de pouco conhecido, o relato de desapropriações forçadas, espancamentos e tortura segue vivo na memória de quem foi vítima.

Por estar em uma localização estratégica, logo acima da represa de Furnas, e alvo, segundo o governo militar, de ameaças vindas de grupos de guerrilha da região, a ditadura logo viu a necessidade de criar um dispositivo de segurança: o Parque Nacional da Serra da Canastra. Cenário de dezenas de cachoeiras e de uma fauna única, ali está a nascente do rio São Francisco. (mais…)

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Comissão Nacional da Verdade revela mapa da tortura em Minas

Prédio do então 12º RI, no Barro Preto, apontado pelos presos políticos como um dos principais centros de tortura na capital mineira
Prédio do então 12º RI, no Barro Preto, apontado pelos presos políticos como um dos principais centros de tortura na capital mineira

Relatório da Comissão Nacional da Verdade divulgado semana passada detalha os 24 locais do estado usados como cenário de graves violações de direitos humanos durante o regime militar

Daniel Camargos – Estado de Minas

A divulgação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV) permite traçar um mapa dos locais onde ocorreram tortura e morte em Minas Gerais durante a ditadura militar (1964-1985). O documento aponta que 25 pessoas foram assassinadas ou desapareceram no estado e lista 24 locais, entre dependências do Exército, Polícia Militar e Polícia Civil, que foram centros da barbárie. O relatório reporta também 24 acusados de graves violações de direitos humanos em Minas e detalha as razões da inclusão. As 4,4 mil páginas entregues à presidente Dilma Rousseff na semana passada apontam, no total, 377 responsáveis por crimes contra a humanidade em todo o país, incluindo desde os cinco presidentes durante a ditadura – Castello Branco, Arthur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo – até os autores das atrocidades.

As torturas e mortes ocorreram em 11 locais na capital mineira, sendo que os principais foram o 12º Regimento de Infantaria (12º RI), no Barro Preto, e o antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na Avenida Afonso Pena, no Bairro Funcionários, onde hoje funciona o Departamento de Investigação Antidrogas. Há também palcos de tortura e morte em diversas regiões de Minas Gerais: Além Paraíba, Cataguases, Divinópolis, Uberlândia, Resplendor e outros seis em Juiz de Fora (veja mapa). Na cidade na Zona da Mata, aliás, estava a Penitenciária de Linhares, onde a presidente Dilma, o governador eleito, Fernando Pimentel (PT), e o prefeito Marcio Lacerda (PSB) ficaram presos por combaterem a ditadura militar. (mais…)

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