Hidrovias e hidrelétricas na bacia do rio Tapajós: o último passo para desintegrar a Amazônia, por Telma Monteiro

Hidrovias

Legenda Hidrovias

“Brasil tem Mississippis para hidrovias” (Kátia Abreu)

“A presidente da CNA fez também uma referência à Hidrovia Teles Pires Tapajós, um dos empreendimentos mais cobiçados pelo agronegócio mato-grossense. Ela permitirá a ligação direta entre Sinop (MT) até Santarém (PA), além de Porto dos Gaúchos (MT) até Santarém (PA). Somente o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental está orçado em torno de R$ 15 milhões.”[1]

Por Telma Monteiro

Para os mentores do PHE a posição do Sistema Hidroviário do Tapajós é estratégica, pois vai ligar os “maiores centros de produção agrícola do Brasil ao rio Amazonas” e ao Oceano Atlântico. Está implícito que a presença de territórios indígenas é um mero obstáculo muito mais facilmente contornável do que as corredeiras do rio Tapajós. Por cima desses povos indígenas, populações ribeirinhas e das áreas relevantes para a biodiversidade, o PHE pretende passar 9,7 milhões de toneladas de soja, farelo de soja e milho, e fertilizantes, em 2031. (mais…)

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EUA têm noite de protestos após júri decidir não indiciar policial que matou homem negro em NY

Manifestantes tomaram diversas ruas de Nova York durante o protesto
Manifestantes tomaram diversas ruas de Nova York durante o protesto

Eric Garner morreu após agente usar técnica de estrangulamento proibida; Obama voltou prometer melhoras na relação entre polícia e minorias

Opera Mundi

Assim como no caso da morte do jovem Michael Brown, o júri do bairro nova-iorquino de Staten Island decidiu não apresentar acusações contra o policial branco que teria matado o cidadão afro-americano Eric Garner, em julho, enquanto era detido. A decisão gerou indignação e centenas de pessoas saíram às ruas de Nova York, Atlanta, Washington e outras cidades dos Estados Unidos para protestar contra a decisão.

O homem, de 43 anos, pai de família negro, morreu após ser detido pela polícia de Nova York com um golpe de estrangulamento proibido aplicado pelo policial vestido de civil. O júri considerou nesta quarta-feira (03/12), no entanto, que não há provas suficientes para acusar o policial Daniel Pantaleo pela morte.

Voltando a acirrar os ânimos, a decisão acontece uma semana após veredito semelhante no caso Ferguson — também o júri do Missouri optou por não indiciar o policial que matou Michael Brown. Após o anúncio, centenas de pessoas se dirigiram para a Times Square, em Nova York. As últimas palavras proferidas por Garner foram usadas pelos manifestantes: “Nós não podemos respirar”. (mais…)

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