O Acampamento Herdeiros da Terra 1º de Maio, que ocupa área da madeireira Araupel, no Paraná, continua sendo alvo de ataques.
A imprensa local veiculou notícia de que o governador Beto Richa (PSDB) teria assinado a ordem de despejo do acampamento antes do término das eleições, e esta seria cumprida nesta quarta-feira (29/10).
A direção do MST na região lembra, em nota, do acordo firmado entre o Movimento, Incra e a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, que garante a permanência das famílias na área até que se esclareça se as terras são griladas ou não.
“Acreditamos que o acordo selado entre o INCRA, Secretaria de Segurança Pública do Paraná e o MST será cumprido, visto que este acordo garante que as famílias permanecerão na área até o levantamento da cadeia dominial da mesma, que se diz da Araupel. Neste acordo a empresa pode trabalhar normalmente e retirar a madeira que possui”.
“O MST e as famílias acampadas acreditam que o INCRA, o governo do estado e demais órgãos responsáveis resolverão a questão sem conflitos, com base no diálogo, garantindo que todas as famílias possam ser assentadas”, afirma a nota.
Confira abaixo a nota completa:
NOTA PÚBLICA DO MST
28 de outubro de 2014
O MST vem a público, diante das informações veiculadas por alguns meios de comunicação da cidade de Quedas do Iguaçu, afirmando que o governador reeleito Beto Richa (PSDB) já havia assinado a ordem de despejo do Acampamento Herdeiros da Terra de 1º de Maio para o dia 29 de outubro, esclarecer que:
As famílias assentadas e acampadas decidiram reforçar a vigilância próxima ao acampamento, tendo em vista garantir a segurança das famílias.
Acreditamos que o acordo selado entre o Incra, Secretaria de Segurança Pública do Paraná e o MST será cumprido, visto que este acordo garante que as famílias permanecerão na área até o levantamento da cadeia dominial da mesma, que se diz da Araupel. Neste acordo a empresa pode trabalhar normalmente e retirar a madeira que possui.
O MST e as famílias acampadas acreditam que o Incra, o governo do estado e demais órgãos responsáveis resolverão a questão sem conflitos, com base no diálogo, garantindo que todas as famílias possam ser assentadas.
Por fim, a Reforma Agrária é uma questão social e não deve ser tratada como caso de polícia.
Direção Estadual do MST, Rio Bonito do Iguaçu.