Em suas mobilizações sociopolíticas contemporâneas, os indígenas questionam imagens, discursos e concepções sobre a História do Brasil, que não respeitam suas sociodiversidades. O reconheimento, a conquista e as garantias dos seus direitos, nas últimas décadas, situam-se em um campo mais amplo de atuação dos movimentos sociais, o que vem significando, além do repensar a própria história do país, a emergência de políticas públicas que atendam suas especificidades socioculturais.
Se apenas muito recentemente o Estado brasileiro reconheceu a necessidade de políticas educacionais que assegurem e valorizem o respeito à diversidade sociocultural dos atuais 305 povos indígenas no Brasil, assume-se, nesta perspectiva, que o Estado e a sociedade devem construir novas formas de relacionarem-se com esses povos, promovendo, ao mesmo tempo, o conhecimento sobre sua história e suas expressões socioculturais. Trata-se, portando, de reconhecer e superar preconceitos e desconhecimentos presentes na sociedade e reproduzidos na Educação.
A inserção da temática indígena nos currículos da Educação Básica das escolas brasileiras tem como um dos principais desafios a formação de professores para atuarem com a referida temática. Foi nesta perspectiva que criamos o presente seminário, que se configura como um espaço de reflexão e debate entre professores, pesquisadores e indígenas.
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