Presidente chilena anunciou o início de um novo ciclo nas relações com os povos indígenas do país. Uma das medidas previstas passa pela compra de terras para entregar às comunidades
Fátima Missionária
A Presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou esta semana o início de “um novo ciclo” nas relações com os povos indígenas, para “saldar a dívida histórica” que o Estado tem para com eles. Esta mudança passa pela “participação política dos indígenas no Congresso, fomento do desenvolvimento territorial e compra de terras para entregar às comunidades” índias.
Bachelet prometeu enviar ao Parlamento um projeto de lei para a criação de um Ministério de Assuntos Indígenas e um Conselho dos Povos Indígenas, e confirmou a realização de um novo Censo – em 2017 -, para correção dos erros cometidos no recenseamento de 2012. Segundo os últimos dados oficiais, existem cerca de 700 mil indígenas no Chile, o equivalente a quase cinco por cento da população.
A maior comunidade indígena é constituída pelo povo Mapuche (87,3 por cento), seguida dos Aymaras (sete por cento) e dos Atacamenos (três por cento). Os restantes indígenas repartem-se pelas tribos Quechua, Rapanui, Colla, Alacalufes e Yamana. Na região de Araucanía, onde vive a maioria dos Mapuches, há um conflito aberto entre os índios e as empresas agrícolas e florestais, por causa do direito à propriedade das terras.