Eles querem reunião com prefeito de Santarém, Alexandre Von. Segundo eles, direito à educação diferenciada está sendo negado.
Do G1 Santarém
Indígenas da região do Tapajós e Arapiuns acampam na prefeitura de Santarém, oeste do Pará, nesta terça-feira (24). Eles reivindicam pela educação diferenciada, direito que, segundo eles, está sendo negado pelo poder público municipal.
Os manifestantes querem uma reunião com o prefeito e ameaçam acampar na prefeitura até serem atendidos.
De acordo com o líder da aldeia indígena Novo Lugar, Poró Borari, a Secretaria Municipal de Educação fechou uma escola de educação indígena da região do Tapajós e que outros estabelecimentos de ensino podem ser fechados. “Eles alegam a questão do número de alunos, mas a gente sabe que, pela Constituição, a gente conseguiu nossos direitos”, afirmou. Segundo ele, os povos também querem participação na formulação do ensino indígena.
“A gente também vem reivindicar que, o próprio Município deixou bem claro que vai passar a responsabilidade para o Estado. É uma questão muito burocrática porque, tem regiões que funcionam a educação ficar sob a ação do Estado executar, mas tem regiões que não funcionam. Eles não levam em consideração a questão geográfica. Os Tembé, por exemplo, funciona ficarem dependente do Estado porque é próximo [a Belém]. Já não funciona para cá porque é distante. Queremos que o Município continue fazendo suas ações e queremos participar das discussões, da implementação das ações de políticas públicas”, destacou Poró Borari.
A Polícia Federal e o Grupamento Tático Operacional (GTO) da Polícia Militar foram ao local negociar com os manifestantes. A polícia informou que o prefeito está cumprindo agenda e só poderá receber o grupo para uma reunião nesta quarta-feira (25), às 16h.