Engenheiros são autuados por fraudar dados e facilitar desmatamento em Mato Grosso

Foto: Wanderlei R Souza, Ibama
Foto: Wanderlei R Souza, Ibama

Ascom/Ibama

Cuiabá – Após analisar imagens de satélite, o Ibama constatou desmatamento em áreas no norte do Mato Grosso. Os agentes identificaram desmate em áreas de florestas nativas nos municípios de Gaúcha do Norte (183 hectares) e os proprietários, que tiveram os tratores apreendidos, foram autuados pelos desmatamentos em R$ 5 mil por hectare.

Nas duas áreas, houve apresentação de laudo de responsável técnico (engenheiro florestal), que informou ao órgão ambiental estadual que seria realizada a roçada, retirada de plantas oportunistas e invasoras e que as áreas já haviam sido desmatadas em anos anteriores, quando, na verdade, houve desmatamento de área nativa. Tais áreas faziam parte da reserva legal das propriedades e passaram por extração de madeira seguida de queima para aumentar a área aberta para cultivo de grãos. (mais…)

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SP – Mulher é obrigada a pagar R$ 15 mil por racismo contra porteiro

JustiçaDe acordo com o porteiro, ela passou a ofendê-lo pelo fato de ser negro e nordestino e teria dito que ele deveria morar em uma favela; outros moradores confirmaram a versão

Luciano Bottini Filho – O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO – Uma moradora de um condomínio de São Paulo foi condenada pelo Tribunal de Justiça paulista a pagar R$ 15 mil por racismo contra um porteiro que residia no mesmo prédio. Segundo a ação, ela o chamou de “preto, macaco, de cor preta, vagabundo, bandido, deliquente juvenil, invasor” e teria dito que “gente do nível dele não tem capacidade de morar em um prédio como aquele”.

Os advogados de Vera Lúcia Magna, a moradora condenada, não foram encontrados. A indenização foi garantida após a confirmação da sentença no TJ-SP, em 20 de março, pela 16.ª Câmara de Direito Privado. Cabe recurso.

Segundo o porteiro, a mulher o destratou, ofendeu e injuriou várias vezes, até mesmo na frente de outros condôminos. De acordo com o funcionário, ela passou a ofendê-lo pelo fato de ser negro e nordestino e dito que ele deveria morar em uma favela. Outros moradores confirmaram a versão.

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Justiça Federal determina prazo para que Funai garanta terra do povo Krenyê

cocar jusCimi Regional Maranhão

A Fundação Nacional do Índio (Funai) tem até 30 de agosto deste ano para apresentar à Justiça Federal o Relatório Circunstanciado de demarcação de uma reserva indígena para o povo Krenyê, único no estado do Maranhão que não tem seu território demarcado. O Relatório deveria ter sido entregue em setembro de 2013.

O novo prazo é resultado de uma reunião realizada nessa quinta-feira (3) entre o Juiz José Carlos do Vale Madeira (5ª Vara da Justiça Federal) e representantes da Funai, União, Ministério Público Federal (MPF), Comissão de Direitos Humanos da OAB, Conselho Indigenista Missinário (Cimi) e indígenas Krenyê.

Na reunião também ficou decidido que a Chácara São Francisco, na cidade de Barra do Corda, onde vivem hoje cerca de 10 famílias Krenyê, passará a ser reconhecida como área legalmente indígena. A comunidade não tem acesso à água potável, mas a Justiça Federal deu o prazo de 45 dias para que a Funai construa um poço artesiano no local e durante o período o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) deve fornecer água potável aos Krenyê e enviar equipe multidisciplinar para prestar atenção à comunidade. (mais…)

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Paulo Maldos: Governo pretende acelerar demarcações de terras indígenas

Foto: Ruy Sposati
Foto: Ruy Sposati

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil

O secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, reconheceu hoje (4) que a demarcação das terras indígenas é uma “dívida histórica do governo brasileiro com relação a esses povos”, mas tem a expectativa de que o processo avance o mais rápido possível.

“Os processos de legitimação não estão parados. A titulação para os indígenas está abaixo da média histórica porque há um problema jurídico”, disse Paulo Maldos, explicando que as propriedades de alguns territórios foram concedidas irregularmente pelos próprios governos estaduais e federal, na época da ditadura militar. As afirmações foram uma resposta às denúncias feitas nesta sexta-feira ao papa Francisco pelo presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Kräutler.

O secretário disse concordar “plenamente” com a afirmação do conselho indigenista, de que a falta de uma solução para a demarcação das terras acarreta situações de violência contra os índios, como miséria e até assassinatos. “Os índios têm que ter seus territórios homologados e demarcados. Além disso, eles têm que ter apoio para a gestão dos territórios”, afirmou. (mais…)

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