O presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo, adotou um discurso duro ao comentar o episódio de racismo contra o volante Tinga, do Cruzeiro, no duelo com o Real Garcilaso, no Peru. O Código Disciplinar da entidade preve, como pena mais rígida, a desclassificação do time da Libertadores. O dirigente não cita, mas dá a entender que segue essa linha.
– Não toleraremos a discriminação na América do Sul, todo ato mesquinho que prejudique o ser humano merece a mais dura sentença. Lamentamos toda situação dessa índole. Atenta contra os princípios do futebol e toda convivência tolerante. A discriminação não é do futebol, transgride seus princípios – afirmou Figueredo ao site da Conmebol.
A Unidade Disciplinar da Conmebol, após receber denúncia do Cruzeiro, via CBF, já iniciou a investigação do caso, mesmo com o árbitro venezuelano José Argote não tendo relatado as manifestações racistas na súmula. A torcida do Real Garcilaso imitou sons emitidos pelos macacos a cada vez que Tinga pegou na bola. Além de ser tirado da Libertadores, o Real Garcilaso pode receber a punição de portões fechados, perda de pontos e multa.
A denúncia foi encaminhada pela CBF na sexta-feira. O presidente José Maria Marin pediu que o clube peruano seja excluído.
*Fonte: LanceNet