Para Stédile, protestos são justos e vão continuar, mas a competição faz parte da cultura brasileira e é ‘bobeira politizar certos períodos’
por Vitor Nuzzi, da RBA
São Paulo – Um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile afirma não ser contra a Copa do Mundo no Brasil, por mais razão que tenham os protestos contra os gastos para a organização do torneio e pela presença da Federação Internacional de Futebol (Fifa). “Acho que é um erro político colocar todos os erros (do país) na reforma dos estádios. Oito bilhões (de reais) representam duas semanas de juros que o país paga para os bancos.” A estimativa oficial mais recente dá conta que o valor com obras em estádio chegará a R$ 8,9 bilhões.
Para ele, é importante fazer mobilizações o quanto antes. O pior momento seria justamente durante a competição, que vai de 12 de junho a 13 de julho. “O povo quer ver a Copa do Mundo. A Copa faz parte da nossa cultura, e acho que seria um erro da moçada achar que isso (protestos) vai granjear apoio popular.”
Mas, segundo Stédile, não significa que é um momento de trégua. “Acho que Copa é que nem carnaval. Alguém vai marcar mobilização durante o carnaval? É besteira politizar certos períodos”, afirma.
Ao mesmo tempo, o coordenador do MST lembra que a entidade integra uma plenária com mais de 100 entidades. “Aqueles problemas estruturais (moradia, transporte, educação) estão latentes, e a juventude vai voltar a se manifestar. A juventude é um termômetro, é como se ela medisse a febre antes dos outros. Mas ela não tem um programa de mudanças. Quem tem de apresentar esse programa são os movimentos sociais organizados.” Ele lembrou que as centrais sindicais já organizam uma manifestação para 9 de abril.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.
Os negros deste país tem de lutar contra o racismo realizado pelos grandes partidos políticos.O negro só serve de coadjuvante trabalhando de forma precaria como cozinheiro,cabo eleitoral ou porteiro de comitê.Não existe um negro ocupando cargo de destaque.Isso que tem partido que se diz de esquerda,mas ficam há mais de 20 anos no poder,sem que os negros façam parte de alguma cdecis~]ao.Xô!
Felizmente, a hora de pensarmos em tudo isso e dizermos ‘não’ para a Fifa já passou, Marco Aurélio.
Restam-nos a gentrificação, com a exclusão, a marginalização, a miséria e o tratamento desumano, para muitos, e o lucro da especulação imobiliária crescente, para meia dúzia.
Brasileiro gosta de futebol, sim e muito. mais quem disse que é necessário estadios biliomários para o jogo acontecer. Futebol é arte, é paixao, e para acontecer não necessita de estadios, bola ou patrocinadores. Quem não transformou o chinelo em goleira, um saco de papel em bola e a rua em campo. Este é o futebol que o brasileiro admira, que rima com esporte, saude, alegria. Futebol que enriquece meia duzia, não e futebol. Sabia que Qatar espera gastar U$ 140 bilhões na copa de 2022…..mas e se refletirmos sobre o mundo hoje isto nao parece um absurdo…Acho que nenhum pais tem mais autoridade do que o Brasil de dizer para fifa que futebol não é exclusão, ostentação. Que futebol pode ser jogado nos estadios que os paises possuem, não necessita ser padrão fifa, se o lugar é humilde, nos como turistas visitantes devemos respeita-los de forma honrada a acolhida. Talvez pelo futebol possamos mudar o mundo. Apenas para lembrar:
“E haverá fomes…”
Estamos vivendo uma época de escassez?
A pobreza extrema ainda permanece uma realidade diária para mais de 1 bilhão de pessoas que subsistem com menos de um dólar americano por dia. A fome e a desnutrição estão igualmente alastradas. Mais de 800 milhões de pessoas comem menos que o mínimo que seria preciso para atender às suas necessidades diárias de energia. Nos países em desenvolvimento, mais de um quarto das crianças com idade inferior a cinco anos é desnutrido.
A desnutrição responde por mais da metade da mortalidade infantil. Ela resulta não apenas da falta de alimentos, mas também de doenças infecciosas debilitantes e da falta de cuidados. Mais de 150 milhões de crianças, com menos de cinco anos de idade no mundo em desenvolvimento, estão abaixo do peso mínimo adequado.
No período de 1994 a 2003, mais de 12 milhões mortes em zonas de conflito armado aconteceram na África Subsaariana, no Oeste e no Sul Asiático. No mesmo período, desastres naturais causaram 669 mil mortes, quase três quartos da quais nas regiões Leste e Sul da Ásia.
Tudo isso é agravado pelas mudanças climáticas profundas que estão afetando — ou em breve afetarão — todo o planeta: “Florestas morrerão, doenças como a malária se alastrarão e refugiados famintos migrarão entre os países por conta dos rigores climáticos
Mais de 2,7 bilhões de pessoas enfrentarão grave escassez de água até 2025, se o mundo continuar consumindo água à taxa atual [e] outros 2,5 bilhões viverão em áreas com difícil acesso a suficiente a água doce para as suas necessidades
O paradoxo reside no fato de que o mundo tem condições de produzir alimento suficiente para a sua crescente população. Apesar de alguns focos de escassez serem causados por secas ou outras catástrofes naturais, a maior parte dos problemas de fome no mundo atualmente poderia ser evitada se não fosse o egoísmo e a desumanidade do homem. Guerras, sanções, corrupção nos governos e opressão econômica são sintomas do verdadeiro problema. Enquanto crianças inocentes morrem à míngua, algumas nações ricas destroem milhões de toneladas de alimentos para manter os preços artificialmente altos e Estados impõem barreiras também artificiais, tais como sanções econômicas, que prejudicam, principalmente, os pobres.
Segundo essa organização, que faz lobby por programas mais amplos contra a pobreza, “a fome no mundo é consequência do desmoronamento dos valores humanitários”. Um relatório feito pelo instituto identifica como maiores causadores de subnutrição a violência, a falta de poder político, a pobreza, a discriminação racial e a agressão ao ambiente.
As desigualdades no mundo saltam aos olhos quando consideramos que a receita anual do 1% mais rico da população mundial é igual ao que ganham os 57% mais pobres no mesmo período.
A camada da população correspondente aos 20% mais abastados consome 80% dos recursos mundiais.
O custo financeiro para pôr fim à fome é relativamente baixo. O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas estima que as necessidades de saúde básica e nutrição das pessoas mais pobres poderiam ser atendidas com um adicional 13 bilhões de dólares por ano. Só nos Estados Unidos e na Europa, o resultado da venda de rações para mascotes supera esse valor.
Em todo o mundo, 852 milhões de pessoas passam fome, mais que os 842 milhões do ano anterior. Todos os dias, a morte de mais de 16 mil crianças é provocada por fatores relacionados à fome, o equivalente a uma criança a cada cinco segundos.
Se todos simplesmente aprendêssemos a seguir a Regra de Ouro e fizéssemos aos outros o que queremos que nos façam a nós, até mesmo problemas tão assustadores como a fome em escala mundial poderiam ser eliminados.
Segundo o Programa Alimentar Mundial, todos os dias, 20 mil crianças morrem de fome, quando bastariam 19 centavos de dólar para garantir uma refeição por criança.
O dinheiro gasto para financiar um minuto da guerra no Iraque seria suficiente para suprir três refeições por dia para mais de 415 mil crianças! Existem aproximadamente 400 milhões de crianças cronicamente doentes no mundo. Cada uma delas poderia receber três refeições por dia pelo que é gasto em apenas 16 horas de combate. A quantia gasta na guerra no Iraque entre 2003 e maio de 2008 poderia ter alimentado todas as crianças no mundo que passam fome por mais de seis anos!
Fonte: http://www.afamilia.org/futuro/leituras/mamae-estou-com-fome