MG – Jagunços ameaçam Sem Terra e Quilombolas e apreendem seu gado em Almenara

O conflito entre trabalhadores Sem Terra e Quilombolas trabalhadores e jagunços/pistoleiros da fazenda Marobá, em Almenara, está ficando pior.

Depois de realizarmos algumas reuniões em Belo Horizonte, há alguns dias, os Quilombolas e Sem Terra voltaram para Almenara levando um documento expedido pelo INCRA que garante a permanência deles na Fazenda Marobá até a conclusão do Processo. Chegando em Almenara, eles foram até o Batalhão da PM para apresentar tal documento e pedir agilidade a fim de, apresentando o documento fisicamente, evitar os conflitos que as ameaças diretas e os boatos estavam evidenciando. Mas até hoje a situação segue do mesmo jeito.

Apesar das rondas feitas pela polícia nas imediações da fazenda, isso não tem trazido segurança para os trabalhadores. De lá pra cá, já foram feitos cinco Boletins de Ocorrência, que não valeram de nada até agora. Tomara que não seja somente para registro! Em Felisburgo foi assim…

As ameaças continuam… depois dos tiros disparados contra os trabalhadores na semana passada, ontem foi a vez de os capangas (mais de 20) apreenderam (novamente) o gado dos Sem Terra e Quilombolas no curral da sede da fazenda e montaram um cerco para que não fosse solto. Vivem nas imediações da Fazenda, mesmo depois de terem sido apreendidos pela PM e constatadas passagens pela polícia de muitos deles.

Os Sem Terra diante da insegurança estão muito desesperançosos, alem de “desamparados”. Temem muito pelo pior: morte de companheiros e/ou desistência de famílias acampadas há quase dez anos.

Suplicam apoio! O INCRA esteve na cidade (Almenara) na semana passada, mas não quis, de modo nenhum, ir visitar o “palco da batalha”.

Solicitamos providências. Os boatos continuam e não vemos mobilização para coibir a prática de crimes.

No aguardo,

Antoniel – MST e frei Gilvander Luís Moreira, da CPT.
(31 8731 2732) ou (33 9126 9319)

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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.