Indígena pinta faixa de pedestre em memória às vítimas de trânsito de RR

Indígena pintando a faixa de pedestre. Foto: Laudinei Sampaio
Indígena pintando a faixa de pedestre. Foto: Laudinei Sampaio

Mozarildo Taurepang, de 36 anos disse que também já foi vítima do trânsito. Neste dia 2 de novembro é celebrado o Dia de Finados.

Por Valéria Oliveira, do G1 RR

O indígena Mozarildo Taurepang, de 36 anos, resolveu pintar uma faixa de pedestre, neste sábado (2), Dia de Finados, em memória às pessoas que morreram em acidente de trânsito em Boa Vista. Segundo ele, que também é professor, a ideia é mostrar que com apenas três litros de tinta branca é possível salvar vidas.

Taurepang destacou que foi vítima do trânsito em 2006, e em consequência disso ele perdeu o movimento no pé direito, além de ter ficado com sequelas na perna. “Por imprudência, na época fiquei dois meses internado e até hoje sofro as consequências disso”, lembrou. (mais…)

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Por um trisco não aconteceu uma tragédia na Ocupação Wiliam Rosa ontem à noite, dia 01/11/2013

Ocupação Williajm Rosa
Por frei Gilvander Moreira, da CPT, em Ocupação William Rosa

A Ocupação Wiliam Rosa não foi despejada ontem à noite, dia 01/11/2013. Por um trisco não aconteceu uma tragédia na Ocupação, sob ataque da polícia de Minas, mas o povo está firme, de cabeça erguida, para continuar a luta. Mas o que aconteceu ontem à noite lá na Ocupação Wiliam Rosa foi muito grave. Riscaram fósforo ao lado de um barril de pólvora. Temos que tirar muitas lições, todos: policiais, comandantes, autoridades, juízes, TJMG, prefeitos, governador, presidenta Dilma, lideranças, o povo das Ocupações e todos nós. Vamos aos fatos e a algumas luzes.

Ontem, dia 01/11/2013, sexta-feira, à noite, por volta das 21:40h, recebi um telefonema de uma das lideranças da Ocupação Wiliam Rosa, que está com 3.900 famílias sem-terra e sem-teto, localizada próximo ao CEASA – em terreno que “pertence” ao CEASA -, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, MG. Desesperado, via celular, gritava: “Frei Gilvander, pelo amor de Deus, socorro! A Polícia de Minas Gerais com tropa de choque – uns 300 policiais – está atacando a Ocupação Wiliam Rosa, jogando bombas no meio das barracas de lona preta, dando tiros e jogando gás lacrimogêneo do helicóptero. Chegou alguém gritando que, ao correr das bombas, passou por cima, de uma pessoa caída, que parece estar morta.” Perguntei: “Tem oficial de justiça aí?” “Não tem.” “Estão despejando a Ocupação?”, indaguei. “Parece que é início de despejo, mas não sabemos a intenção da polícia.” (mais…)

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Grito da Liberdade, por Paulo Passarinho

solCorreio da Cidadania

Dia 31 de outubro, movimentos sociais, grupos ativistas e entidades de representação política e sindical voltaram às ruas, no centro do Rio de Janeiro. A razão é a escalada de medidas e atos de violência – patrocinados pelo Estado – que se voltam contra as próprias manifestações e todos os que ousam a se manifestar.

O ato recebeu o sugestivo nome de “Grito da Liberdade – nada vai calar as ruas”. O manifesto de convocação do ato deixa claro que “nosso grito é contra a aplicação das leis de Segurança Nacional e de Crime Organizado contra manifestantes, pela libertação imediata dos presos políticos e pelo direito amplo e irrestrito de livre manifestação, garantido na Constituição de 1988, e que tem sido sistematicamente violado pelo Estado em nome dos megaeventos”.

Lei de Segurança Nacional, Lei do Crime Organizado, libertação de presos políticos, direito amplo e irrestrito de livre manifestação, garantias constitucionais, violação de direitos pelo Estado são expressões e termos que nos levam às tristes recordações de períodos ditatoriais, por demais características da nossa maltratada e injusta história política.

Mas, o que de fato vem ocorrendo? Não estaríamos vivendo o mais longo período de nossa história republicana, sob a égide da democracia e de um regime que nos garante amplas liberdades democráticas? (mais…)

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Estado de Exceção Penal

O caveirão, carro blindado da PM utilizado principalmente em operações nas favelas, fez sucesso entre os turistas, durante a Copa da Confederações. Uma família de Belo Horizonte (MG) tirou uma foto com o veículo antes de entrar no estádio. Foto: Priscilla Souza
O caveirão, carro blindado da PM utilizado principalmente em operações nas favelas, faz sucesso entre os turistas. Uma família de Belo Horizonte (MG) tirou uma foto com o veículo antes de entrar no estádio. O policiamento segue reforçado no local, como informa Priscilla Souza.

Correio da Cidadania

Desde as jornadas de junho, acelerou-se a explosão da indignação popular.

No segundo semestre, os ventos de junho continuaram a soprar com demandas setorizadas, como as greves dos petroleiros, dos profissionais da educação do Rio de Janeiro, dos bancários, a luta pela moradia na periferia, as lutas estudantis por democracia nas universidades. As demandas do povo, nunca atendidas neste país da desigualdade social, estão agora nas ruas em várias formas de protestos, quase diários pelo país. (mais…)

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Repetindo, porque é importante: “Desvelando falácias em teses anti-indígenas do latifúndio no Brasil”, por Cléber Buzatto

Foto trancamento de rodovia

Por Cleber Buzatto, do Cimi, publicada por Combate em 13/09/2013

No processo de ataque sistemático contra os povos indígenas e seus direitos, além da violência física, executada por meio de assassinatos seletivos de líderes indígenas e expulsões extra-judiciais de comunidades por grupos paramilitares, o velho latifúndio, no intuito de manter e ampliar a posse e a exploração das terras tradicionais destes povos, tem feito uso de diferentes instrumentos legislativos e administrativos, bem como, de teses diversas por meio das quais buscam justificá-los.

Quanto aos instrumentos de ataque, se tem falado, dentre outros, sobre as Propostas de Emendas Constitucionais números 038/99, 215/00 e 237/13, o Projeto de Lei 1610/96, o Projeto de Lei Complementar 227/12, as Portarias 419/11 e 303/12 e o Decreto 7957/13.

Em relação às teses anti-indígenas, embora estejam sendo usadas de forma exaustiva pelos inimigos dos povos indígenas, a ponto de tornarem-se críveis a alguns cidadãos, são fundamentalmente falaciosas e não resistem a uma análise minimamente criteriosa. (mais…)

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Inscrições para curso de introdução à obra de István Mészáros têm início na segunda-feira, dia 04/11

cartaz istván mészáriosCurso acontece em São Paulo nos dias 11, 12 e 13/11, com aulas de Maria Orlanda Pinassi, Antonio Rago e Maria Lucia Barroco. Evento antecede ciclo de conferências do filósofo húngaro István Mészáros no Brasil, que marca o lançamento dos livros O conceito de dialética em Lukács, Para uma ontologia do ser social II e Gÿorgy Lukács e a emancipação humana

O filósofo húngaro István Mészáros, professor emérito da Universidade de Sussex e um dos mais destacados pensadores da atualidade, visita o Brasil em novembro para lançar livros e participar do ciclo de conferências “A dialética em Lukács e o enigma do Estado”, promovido pela Boitempo Editorial em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a Universidade Estadual Paulista – Campus de Marília (UNESP), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal de Goiânia (UFG). Os eventos acontecem nas cidades de São Paulo, Marília, Belo Horizonte e Goiânia, entre os dias 18 e 28 de novembro. (mais…)

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PEC del trabajo esclavo: “Persiste en Brasil una cultura esclavista, colonialista y explotadora”

adriana fetznerComo asesora Legislativa de la CONTAG, Adriana viene desarrollando una extraordinaria labor de cabildeo en el Congreso Nacional, y ahora colaborando con la Campaña de la Confederación y la UITA contra las modificaciones que se pretenden introducir a la Propuesta de Enmienda Constitucional (más conocida como PEC en Brasil) sobre el Trabajo Esclavo. 

Gerardo Iglesias entrevista  Adriana Borba Fetzner, em UITA

-¿Háblanos de la génesis de esta PEC?

-Una Propuesta de Enmienda Constitucional puede ser presentada tanto por senadores como por diputados del Congreso Nacional, y necesita 3/5 de los votos del Congreso para ser remitida a la Presidencia de la República. (mais…)

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Organizações pedem presença de observador da OEA em julgamento do assassinato do advogado Manoel Mattos, em 18/11

manoel mattosA Organização dos Estados Americanos (OEA) recebeu o pedido das ONGs Justiça Global e Dignitatis, feito na terça-feira (29), para que envie um observador no julgamento do caso do assassinato do advogado Manoel Mattos, considerado emblemático para os diretos humanos no Brasil. Mattos dedicou sua vida à defesa de trabalhadores rurais e à denúncia incansável da atuação de grupos de extermínio na região da divisa entre os estados de Pernambuco e Paraíba.

Em 2002, a OEA concedeu medidas cautelares que determinavam que o Brasil deveria garantir a proteção da vida do defensor, assim como de sua família. Mesmo assim, ele foi executado a tiros na Paraíba em 24 de janeiro de 2009, quando estava há dois anos sem escolta policial. As duas organizações também estudam entrar com uma ação contra o Estado brasileiro por omissão no caso.

O julgamento dos assassinos de Mattos, marcado para 18 de novembro, na Paraíba, é o primeiro a ser federalizado na história do Brasil. Há exatamente três anos, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) transferiu para as esferas federais a investigação e o julgamento do assassinato e de todos os casos a ele relacionados, por meio da chamado Incidente de Deslocamento de Competência (IDC). A Justiça Global e a Dignitatis também vão prestar à OEA informações sobre as investigações antes e após a federalização e as perspectivas para o Júri Popular na Justiça Federal. (mais…)

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DEA Americana censura informações sobre cerco a presidente paraguaio

Órgão chega ao absurdo de tarjar documento disponível na íntegra na web desde 2011, vazado pelo WikiLeaks
Órgão chega ao absurdo de tarjar documento disponível na íntegra na web desde 2011, vazado pelo WikiLeaks

Por Natalia Viana, em A Publica

O que levou a maior força antidrogas do mundo a infiltrar agentes no círculo do atual presidente paraguaio Horácio Cartes? Por que o Departamento de Justiça americano oficialmente o considerava líder de “uma das organizações mais significativas de tráfico de drogas internacional”? E o que os policiais infitrados pela DEA descobriram durante a investigação secreta?

Essas e outras perguntas levaram a Agência Pública a fazer uma série de pedidos pela lei de acesso a informação americana a órgãos do governo daquele país a respeito da investigação, realizada pelo governo americano, sobre Horácio Cartes e seu círculo próximo, três anos antes de vencer a eleição para a presidência do Paraguai. (mais…)

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