Isabela Vieira, Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Para cobrar a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas, mudanças nas regras da aposentadoria (fim do fator previdenciário) e reajustes para aposentados, cinco centrais sindicais organizam atividades no Rio. O Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações, em 11 de julho, culminará com um ato próximo à Igreja Candelária, a partir das 15h.
Para definir a agenda, que deve incluir passeatas, protestos e paralisações, as centrais se reuniram hoje (2) na sede da Força Sindical. De acordo com o presidente estadual da entidade, Francisco Dal Prá, ela será levada à aprovação dos sindicatos e, na próxima segunda-feira (8), divulgada a estratégia de mobilização.
Entre os itens mais importantes da pauta de reivindicação, Dal Prá destacou a redução da jornada de trabalho, que deve ser aprovada pelo Congresso Nacional, por meio de proposta de emenda à Constituição, pronta para ser votada desde setembro de 2012. “A redução vai dar mais tempo para o trabalhador investir na formação profissional e na família, gerando mais 2 milhões de empregos”, disse.
Representando a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o coordenador do Setor Naval, Jadir Baptista confirmou que já discute atos com a participação dos 127 sindicatos filiados no Rio, conforme orientação nacional. “Os fluminenses estão mobilizados, inclusive em Campos dos Goytacazes e Niterói, no norte do estado e na região metropolitana”, declarou.
Baptista destacou que as manifestações das últimas semanas não incorporaram as reivindicações trabalhistas. “Tinha a questão da educação, do funcionamento do governo, contra a corrupção, que somos contra também, mas sem tocar claramente no ponto”, acrescentou.
O Dia Nacional de Lutas também incorpora reivindicações dos movimentos sociais, como a reforma agrária e o fim dos leilões de petróleo. É esperada a participação desses grupos nos atos.
Também participaram do encontro a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), que reúne os sindicatos das principais empresas do setor de transportes, da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Edição: Aécio Amado