Segundo a Relatora Cristiane Faustino, órgãos públicos não têm clareza do tamanho e da complexidade do empreendimento
Foi concluída nesta quinta-feira (07) a segunda etapa da missão que investiga violações dos direitos humanos em obra da Petrobras, realizada pela Relatoria do Direito Humano ao Meio Ambiente, da Plataforma Dhesca Brasil.
Durante três dias, a Relatoria se reuniu com o Ministério Público Estadual, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Secretaria de Estado Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) para tratar dos impactos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ).
Procurada pela Relatoria, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) do Rio de Janeiro não respondeu à solicitação de audiência. A Secretaria é um dos órgãos responsáveis pela aprovação do empreendimento. Já com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESEG) há uma agenda para meados de fevereiro.
Inicialmente, a presidência da Petrobras afirmou impossibilidade de receber a Relatoria, avaliando que as denúncias de aumento de áreas de exclusão da pesca artesanal, diminuição do pescado, poluição atmosférica e de corpos hídricos, licenciamento ambiental inadequado, criminalização e ameaça à vida de pescadores “são objeto de acompanhamento e investigação por parte dos órgãos competentes” e que receber a Relatoria poderia comprometer a atuação destas instituições. No entanto, um diálogo está sendo construído com o Gerente de Relacionamento Comunitário da Gerência Executiva de Responsabilidade Social da empresa, que sinalizou positivamente para uma conversa. (mais…)