“Líder do Femen desfaz polêmica sobre Hitler e assume: ‘Feminismo no Brasil é elitista’”

Sara Winter, líder do Femen Brazil, esclarece polêmicas e conta que prepara surpresas para as eleições 2012. Foto: divulgação

Notas: (1) sempre que discordamos do título de uma matéria mas por algum motivo não desejamos mudá-lo, colocamos tudo entre aspas, como é o caso acima; (2) publicar não significa concordar. Muitas vezes é importante dar a conhecer coisas “novas” que estão surgindo ou querendo surgir, confiando na capacidade de julgamento de quem acompanha o Blog; e (3) aliás, a própria pessoa que fez a entrevista (cujo nome não foi mencionado na fonte) é claramente crítica a respeito do “Femen” e de sua “líder”. E nós com certeza seríamos ainda mais. TP.

Feminismo no Brasil é elitista e hermético, diz líder do Femen nacional. Para Sara Winter, a imprensa é fundamental para a popularização do debate sobre o feminismo no país

O Femen Brazil está em processo de renovação. As críticas de Bruna Themis, ex-número 2 do grupo no país, obrigou a reflexão das atuais representantes da organização que se define como neofeminista. Em entrevista, Sara Winter, líder do Femen Brazil, reconhece erros da sua atuação, admite que o grupo ainda é inexperiente e tem discurso raso e esclarece quais são os principais objetivos dos protestos.

Sara também destaca a importância das aparições em programas de televisão, nega que tenha dito que Hitler foi um bom marido e deixa aberta a possibilidade do Femen Brazil se unir com outros movimentos feministas.

Questionada sobre a relação do grupo brasileiro com as idealizadoras ucranianas, Sara afirma que, a partir de setembro, passou a receber cerca de 400 dólares por mês, dinheiro utilizado apenas para as necessidades do projeto. Apesar das dificuldades financeiras e de não receber nada como ativista, garante: nunca vai deixar o Femen Brazil.

Entrevista realizada por Opera Mundi

Protesto do Femen Brazil na Avenida Paulista, em São Paulo. Foto: divulgação / Femen

Sara, vamos começar com um tema que foi muito debatido nas redes sociais. A Bruna Themis disse que vocês receberam um “puxão de orelha” da Ucrânia por terem colocado mulheres fora do peso nos protestos…

Sara Winter: Não sei de onde a Bruna tirou isso. Ela vai ter que provar. As meninas na Ucrânia nunca me disseram nada a respeito disso. Uma das ucranianas me disse uma vez que a minha calcinha estava muito apertada numa foto que ela viu do protesto e parecia que eu estava acima do peso. Mas ela falou em tom de brincadeira. Eu comentei com a Bruna e acho que ela entendeu mal.

E qual é o envolvimento do Femen com Andrey Cuia, candidato a vereador em Santo André pelo PMN (Partido de Mobilização Nacional)? Qual é o papel do Andrey e do PMN no movimento?

SW: O Andrey sempre escrevia na página do Femen Ucrânia, deixando mensagens de apoio ao grupo. Quando começamos o Femen Brazil, ele também se mostrou simpático à causa, mas mantivemos o contato somente por e-mail. No dia da Marcha das Vadias, ele me reconheceu na Rua Augusta e veio falar comigo. E foi aí que ele entrou no movimento. Como ele tem mais experiência para lidar com a mídia, ficou o responsável por essa parte.

E por que o PayPal do Andrey é utilizado pelo Femen Brazil?

SW: A gente precisava de alguma conta PayPal porque eu não tenho cartão, cheque, conta em banco, nada. E ele se ofereceu, nada mais.

Mas você não acha que o Andrey poderia ter pensado em se aproveitar da popularidade do Femen Brazil para dar uma alavancada na candidatura dele?

SW: Não. Duvido muito. Quando o Andrey se ofereceu para ajudar, ele não tinha recebido o convite para a candidatura ainda. E por diversas vezes perguntou se queríamos que ele se afastasse de todas as funções do Femen para não comprometer o movimento. Mas o Femen não abandona e não deixa ninguém para trás. O Andrey ajuda muito o grupo. Por exemplo, quando a produção do Danilo Gentili [do programa “Agora é Tarde”, da Band] entrou em contato comigo, eles queriam que eu fosse aqui de São Carlos até São Paulo por minha conta e que eu bancasse todos os gastos, inclusive de hotel. Eles queriam se aproveitar de mim porque sabem que eu não entendo como funciona a relação com a imprensa. O Andrey conseguiu que o programa pagasse a minha passagem e duas diárias de hotel. Esse é o papel dele no Femen. Quando o Andrey se candidatou a vereador, fizemos uma outra reunião e ficou decidido que ele já não teria poder de voto no grupo. Ele participa, mas já não decide nada.

Você fala de “nós tomamos a decisão”, “a equipe se reuniu”, mas a Bruna disse que vocês nunca se reuniam e não decidiam nada em grupo. Quantas pessoas fazem parte desta equipe do Femen?

SW: Depois dessa situação com a Bruna, a gente teve que sentar e repensar tudo. Muitas pessoas saíram e, as que ficaram, eu chamo de heroínas. Não foi fácil e não está sendo fácil. Agora somos 10 ou 12 com poder de voto, não mais do que isso. Antes éramos 30. Quando eu voltei da Ucrânia e as pessoas viram os nossos protestos na Eurocopa, todo mundo queria ser Femen, mas essa vontade de lutar durou pouco.

E quantas são as ativistas que fazem topless agora no Femen?

SW: Quatro. E outras ainda estão conhecendo o movimento. Mas o tempo todo tem pessoas que entram e acabam saindo.

Por que elas entram e saem logo?

SW: Acho que a vontade de ser ativista passa rápido. Parece que elas não têm uma opinião forte sobre nada e que ainda estão submetidas ao que pensam os maridos e namorados.

Mas algumas pessoas já disseram que você é bem autoritária. Isso não poderia ser uma razão?

SW: Eu confesso que sou individualista e preciso aprender a trabalhar em equipe. Eu pedi muito à Bruna para que me ajudasse com isso, mas parece que não adiantou. Eu comecei o Femen sozinha aqui no Brasil e fiquei muito tempo sendo a única cara do movimento, mas isso acabou prejudicando o projeto.

A falta de comunicação da equipe foi criticada pela Bruna e, quando a gente acompanha um pouco o grupo do Facebook, isso fica bem claro. Parece que vocês não se entendem como equipe. Cada um fala uma coisa…

SW: Sim, mas a gente mudou tudo. Com a nova equipe, temos uma comunicação excelente. Conversamos todos os dias por Skype e discutimos tudo.

Essas pessoas são todas voluntárias?

SW: Sim, são pessoas que acreditam no Femen como um todo, que acreditam na nossa ideia.

E qual é essa ideia?

SW: A nossa missão é muito clara, na verdade. A missão, por enquanto, … eu vou repetir sempre… somos mulheres simples, não temos dinheiro. A única coisa que temos é o nosso corpo e a nossa voz. Como ainda não podemos formar uma ONG e trabalhar de maneira efetiva para ver quantas mulheres são exploradas, a nossa missão ainda é de outdoor, de mostrar para a opinião pública, para o governo, um problema que existe e é negligenciado. O Femen é um instrumento do feminismo. Lutamos contra toda e qualquer opressão patriarcal machista. E cada país tem sua luta específica. Na França, por exemplo, eles colocam a luta contra a lei islâmica [sharia] na agenda. Aqui no Brasil, incluímos a violência doméstica, os direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais) e a questão indígena.

Sara, é muito bonito que vocês queiram defender o direito das mulheres, dos indígenas, do coletivo LGBT, mas, como movimento social, você não tem medo de perder o foco e acabar querendo defender todo mundo e terminar não defendendo ninguém?

SW: É, estamos conversando sobre isso também. A gente está aprendendo na prática para ver o que funciona e o que não funciona.

Voltando à missão do Femen. Eu estive com as meninas do Femen lá na Ucrânia e entendi esse discurso de “outdoor” no contexto ucraniano. Lá não existe uma sociedade civil organizada como no Brasil e esses atos de provocação já são, por si só, válidos. Mas no Brasil, nós temos décadas de debates e lutas feministas e, de repente, chega um grupo que parece não se importar com nenhum desses coletivos, que esquece toda a história dos movimentos sociais brasileiros, que não dialoga com eles… Essa ideia de ser um “outdoor” não acaba prejudicando o feminismo principalmente vindo de um grupo completamente isolado do restante do movimento? Você não acha que o Femen fica descontextualizado no nosso país?

SW: O problema do feminismo é que ele não atinge a grande massa da população. Por isso o Femen vem desenvolvendo o discurso do neo-feminismo já há quatro anos. No Brasil, por exemplo, por mais que haja décadas de lutas feministas, ninguém sabe o que é feminismo. O feminismo está nas universidades, nas casas de palestras. As feministas compartilham as ideias com mensagens herméticas, que não atingem pessoas simples.

A relação do Femen com a mídia é muito importante e é o centro desse neo-feminismo. A gente entende que se a mídia usa a mulher como produto, nós temos que nos apropriar da mídia para vender a nossa ideia. Quase todas as feministas são anti-mídia porque a mídia é machista, mas a gente deve deixar de se fazer de vítima e usar a mídia ao nosso favor. Não fazemos triagem de onde queremos aparecer. A gente não teria interesse em participar de algum quadro como “Banheira do Gugu”, mas, no geral, não importa se saímos numa revista de fofoca ou numa grande tevê. Estamos compartilhando a nossa mensagem.

Mas a percepção do Femen na Ucrânia é muito negativa e, no Brasil, por diferentes razões, o movimento está completamente desacreditado. Na prática, o que a superexposição ajuda na luta feminista?

SW: A gente vive numa sociedade patriarcal e ninguém está pronto para escutar as mulheres. Precisamos fazer coisas radicais para sermos ouvidas. O seio só é bem-visto socialmente em duas situações – na amamentação e como objeto sexual. O seio como arma de luta ainda é muito criminalizado. Talvez a nossa aparição na televisão seja o primeiro contato de algumas pessoas com o feminismo. Depois do programa “Superpop”, por exemplo, mais de 50 pessoas nos escreveram para saber mais sobre o Femen. A gente explica o feminismo de maneira mais clara e criativa. Pode ser uma simples mensagem como “Ei, mulher. Você não precisa apanhar do seu marido” e ela vai parar e pensar.

As críticas ao Femen na Ucrânia vêm da sociedade como um todo, que é muito mais conservadora que a nossa. No Brasil, a crítica vem de todos os coletivos, de acadêmicos, jornalistas, pessoas ligadas a movimentos sociais… O movimento tem uma popularidade muito baixa no Brasil. Por quê?

SW: Eu já estive pensando nisso e me questionei muito. Acabo chegando às mesmas respostas. As pessoas dizem que não se sentem representadas e que no Femen só há mulheres bonitas. Parece que elas estão com a mente ainda muito fechada. A principal cobrança destas pessoas é que nós não temos um discurso plausível. A maior dificuldade delas é entender o porquê do nosso discurso neofeminista ser tão simples e eu tento explicar que queremos que todos possam entender a nossa mensagem, em vez de elitizar o discurso.

Alguns atos do Femen Ucrânia foram criticados por vários setores da sociedade, como o protesto em que uma ativista cortava uma cruz ortodoxa no centro de Kiev [capital da Ucrânia]. Aqui no Brasil, a religião ocupa um papel social central e continua exercendo um forte poder político, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) à bancada evangélica. Você defende esses atos do Femen? Compraria briga com as igrejas?

SW: Eu defendo completamente os protestos do Femen. Se não fizermos algo radical, nunca ninguém vai nos ouvir. A Inna [que cortou a cruz] recebeu muita crítica na Ucrânia, mas teve muito apoio de outros países europeus, principalmente a França e a Holanda. A equipe do Femen Brazil já está discutindo este tema porque a religião aqui não está envolvida somente com política, mas também com o bem-estar das mulheres e com a nossa liberdade. Somos a favor da legalização do aborto, por exemplo, mas com a bancada evangélica, nossa liberdade não será respeitada.

Um outro ponto polêmico é a posição do Femen contra a legalização da prostituição.

SW: Esse ponto de vista vai ser alterado no Femen Brazil. Estamos discutindo e já conversei com a sede ucraniana. No Brasil, temos coletivos de profissionais do sexo e elas devem ter todas as leis trabalhistas garantidas, acesso à serviço de saúde, segurança. As meninas na Ucrânia acham que as pessoas que se prostituem não têm opção e por isso terminam nesta vida. Eu não concordo com elas, mas temos que esperar a orientação da sede.

Vi no fórum de vocês no Facebook que muitas feministas ofereceram ajuda a vocês, formação, apoio para uma articulação conjunta. Mas a Bruna disse que vocês não têm interesse em trabalhar com os outros movimentos.

SW: A Bruna está mentindo. Eu fui falar com as participantes da Marcha das Vadias, mas o que eu senti é que elas só estavam fazendo topless porque a marcha tinha proteção da prefeitura. E elas só querem protestar um dia por ano. A gente propõe o topless em locais proibidos, em ir contra alguma lei. Quando fui à Marcha das Vadias de Curitiba, houve quase uma guerra porque havia uma parte do grupo que não queria a minha presença porque tiraria o foco do protesto e também porque eu ainda não tinha dado resposta a muitas perguntas que os coletivos feministas me fizeram, principalmente no contexto da prostituição. Se eu tivesse me preparado melhor antes de entrar no movimento, talvez eu estivesse recebendo apoio agora de outros coletivos feministas.

E vocês agora trabalham com algum outro movimento social?

SW: Infelizmente não, mas estamos abertos a discutir, debater, conversar. Eu vejo uma vontade muito grande das pessoas de querer destruir o Femen, mas a gente quer estar no Brasil para somar. Nós nunca recebemos nenhuma mensagem receptiva de nenhum coletivo feminista. A gente recebeu mensagens pessoais, mas nunca de um coletivo disposto a nos ajudar.

Mas por que essa vontade de destruir? É algo gratuito?

SW: Pode ser algo de ciúme também porque todo mundo quer visibilidade. E hoje, o movimento com mais visibilidade é o mais inexperiente e com discurso mais raso. Mas eles têm obrigação de nos ajudar por estarem há muitas décadas na luta.

Mas você acha que não deveria ser o contrário? Não é obrigação de vocês sentarem com os movimentos, estudar, aprender?

SW: É, também. Eu confesso que fui à Ucrânia sem saber o que era feminismo. Eu conheci o neofeminismo antes de ter conhecido o feminismo. Eu era muito moralista e o Femen foi um milagre pra mim. Os nossos pensamentos como neofeministas são iguais aos das feministas, mas temos abordagens diferentes. Eu caí na mídia de maneira muito inocente e dei muitas entrevistas sem conhecimento da causa feminista. Talvez tenha sido burrice minha. Na entrevista com a Marília Gabriela, eu notei que ela queria o tempo todo mostrar que eu estava desinformada e não sabia o que era feminismo. E eu não sabia mesmo.

Como movimento feminista, o Femen Brazil tem alguma posição sobre a presidente Dilma Rousseff?

SW: É muito triste porque as ucranianas acham que o fato de termos uma mulher no poder tem ajudado a nossa luta no Brasil. Uma das primeiras coisas que a Dilma fez foi engavetar o nosso direito reprodutivo, abaixando a cabeça pro Vaticano. Por isso, lá no protesto em Brasília, eu fiz um cartaz para ela com a frase “De mulher para mulher: emancipai-nos”.

Imagino que você esteja cansada deste assunto, mas preciso que você esclareça aquela história da sua admiração pelo Hitler e as revistas que você tem em casa.

SW: Eu não sei de onde ela tirou que eu tinha falado que Hitler era um bom marido. No segundo ano do Ensino Médio, eu entrei no colégio Objetivo porque ganhei uma bolsa de 70%. Eu tinha estudado em colégio público a minha vida toda, sempre com pessoas ditas “normais”. De repente, entrei em uma nova realidade, todo mundo tinha ido à Disney, eles me ofereceram lança-perfume… Foi um período conturbado pra mim. Na mesma época, eu conheci pela internet umas pessoas que me contaram coisas da Segunda Guerra, de capitalismo, e vi que eles sabiam mais do que eu.

Eles viraram meus amigos virtuais, mas eu notei que estava começando a ter um ódio dos nordestinos, mas sem razão. O que eu fiz? Peguei minhas coisas e me mudei para o sertão da Paraíba. Com o tempo eu me afastei dessas pessoas. E a ideia da eugenia nunca fez sentido para mim. O meu pai é preto e o Brasil é uma mistura. Eugenia é uma babaquice. Teve também um período em que eu era muito patriota e achei as ideias do Plínio Salgado interessantes. Mas depois vi que não tinha nada a ver.

E a tatuagem da cruz de ferro, um símbolo do regime nazista, no peito?

SW: Muitas pessoas têm essa cruz tatuada e não significa que sejam nazistas. Muitos clubes de motociclismo usam. O significado dela é de força, imponência, atitude. A cruz que os nazistas usaram na Segunda Guerra mundial é bem diferente da minha. A minha é colorida, tem cerejas. Fiz pelo significado forte e ela tem uma ligação com os cavaleiros templários, por isso pedi pra fazerem uma parte vermelha saindo dela. É como se fosse a alma do guerreiro saindo dela. Acredito que o ser humano vê o que deseja ver. As pessoas poderiam questionar cada tatuagem que tenho. Cada uma leva um pouco da minha vida, é como um diário de aprendizados e promessas.

Sara, voltando ao Femen. Qual é a sua relação com as meninas na Ucrânia? Vocês trabalham como um movimento organizado?

SW: Eu mando informações para a Ucrânia diariamente sobre as coisas que acontecem no Brasil, mas elas estão muito ocupadas. Para uma colaboração mais efetiva delas, acho que elas deveriam vir ao Brasil e conhecer a nossa realidade. Assim, as ideias do Femen podem ser adaptadas ao contexto brasileiro.

Elas não ajudam com os seus gastos?

SW: Como eu estou me dedicando exclusivamente ao Femen, elas me prometeram uma ajuda de custo de 350 a 400 dólares mensais [entre 700 e 800 reais]. Elas fizeram essa promessa quando eu fui à Ucrânia, mas antes elas queriam ver se eu realmente estava envolvida no movimento. Agora no início de setembro eu recebi o dinheiro pela primeira vez, mas gastei tudo com coisas que precisamos para o projeto. O Femen Brazil hoje precisa mais de dinheiro do que a minha vida pessoal.

Você sobrevive como?

SW: Eu preciso sobreviver, mas… não tem jeito. Eu deixei de fazer muitas coisas por causa do Femen. E sei que vou continuar fazendo isso por um tempo. As meninas na Ucrânia têm dinheiro porque elas conseguem vender camisetas, bonés. Aqui no Brasil a gente ainda não vende e agora, com esses problemas que tivemos recentemente, ficou ainda pior. Mas quando a verba for maior, poderei usar este dinheiro da ajuda de custo para cobrir meus gastos pessoais.

E o que você pensa para o seu futuro?

SW: Eu comecei a estudar Relações Internacionais, mas tive que trancar. Ano que vem quero voltar a estudar. Não quero ser uma intelectual nem acadêmica. O meu grande sonho é ser correspondente internacional para trabalhar em zonas de conflito. A participação da mulher na guerra do Oriente Médio me atrai. Mas eu não deixarei o Femen. Nunca.

Vocês têm atos preparados para as eleições brasileiras de outubro?

SW: Sim, mas não posso contar… (risos)

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/09/sara-winter-femen-brazil-feminismo.html

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