Para o Sindiquímica-PR, multinacional tenta conter a força de reivindicação dos empregados para precarizar as condições de trabalho
Daniele Silveira, de São Paulo, da Radioagência NP
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná (Sindiquímica-PR) apresentaram na última quinta-feira (30) à Organização Internacional do Trabalho (OIT) denúncias de práticas antissindicais cometidas pela Ultrafértil S.A. A empresa integra a multinacional Vale. Em 2006, o Sindicato já havia apontado posturas ilegais da empresa ao poder público.
Os trabalhadores ainda relatam falta de garantia ao livre exercício da organização, liberdade e autonomia sindical. Entre os casos de violação denunciados estão a intimidação; demissões como penalidade pela participação nas ações sindicais da categoria; impedimento da entrada de dirigentes sindicais no interior da fábrica para recolher informações sobre as condições de trabalho; e discriminação contra diretores sindicais nos processos de promoção da empresa.
Para o Sindicato, a empresa adota uma política de conter a força de reivindicação dos empregados para precarizar as condições de trabalho.
A Ultrafértil foi integrada à Vale há dois anos. Recentemente, a empresa, que fica na cidade paranaense de Araucária, foi renomeada para Araucária Nitrogenados S.A.
A Vale, segunda maior mineradora do mundo e a maior empresa privada do Brasil, opera em mais de 30 países. No segundo trimestre deste ano, a multinacional obteve lucro de R$ 5,314 bilhões.
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Enviada por Edmilson Pinheiro para a lista AMS.