Famoso produtor de TV – CBS News – National Geographic faz matéria do Instituto Rã-bugio

Gravações com os estudantes nas trilhas do Centro Interpretativo da Mata Atlântica - Jaraguá do Sul (SC)

O famoso produtor norte-americano de TV John Dennis Liu (National Geographic e outros) veio com sua equipe ao Brasil para fazer um documentário sobre o projeto de Educação Ambiental do Instituto Rã-bugio em Santa Catarina. Foram 5 dias de filmagens com dezenas de entrevistas feitas em Jaraguá do Sul (SC), no Centro Interpretativo da Mata Atlântica.

John Liu demonstrou ter gostado muito do projeto. Fez uma doação do próprio bolso de 500 dólares e disse que vai nos ajudar a conseguir doadores nos países do primeiro mundo para o projeto. Ele não conhecia a Mata Atlântica e nem o Brasil. Ficou encantado de andar conosco pelo meio da mata e das entrevistas com as crianças participantes do projeto.

John D. Liu trabalhou durante 10 anos na mais importante TV dos Estados Unidos, a CBS News. Já fez trabalhos para a National Geographic e BBC. Foi professor assistente de pesquisa da famosa universidade norte-americana George Mason University (mais…)

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Candidatos apostam na militância negra e social na busca de voto

Regina Bochicchio

Com o anúncio oficial da vereadora comunista Olívia Santana na vaga de vice na chapa do candidato petista Nelson Pelegrino, nesta sexta, 29, após a retirada da candidatura da deputada federal Alice Portugal (PCdoB), os três principais nomes à sucessão desse ano em Salvador têm como parceiros de chapa pessoas negras, o que deixa claro que as candidaturas estão de olho, também, nos votos dessa população e no eleitorado que cada um desses nomes agrega, de formas distintas.

Além de Olívia, “a negona de Salvador”, que sobe no palanque ao lado de Pelegrino, neste sábado, 30, na convenção do PT, que acontece no Bahia Café Hall, entraram no jogo eleitoral a militante negra Célia Sacramento (PV) com ACM Neto (DEM) e o jovem da periferia Nestor Neto com Mário Kertész – chapa esta oficializada em convenção nesta sexta. Isso sem falar nos candidatos do PRB, Bispo Marcio Marinho, e Hamilton Assis (PSOL), também negros, mas com origens políticas muito diferentes.

A escolha de vices negros é visto como “feliz coincidência”, pelo deputado federal Daniel Almeida (PCdoB). Fato é que o vice tem função pragmática na chapa: a de agregar valor e atrair votos. Em caso de vitória, o partido do vice divide espaço no poder. (mais…)

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Polícia Civil conclui inquérito sobre depredação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte

Pedro Peduzzi, Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Polícia Civil do Pará concluiu o inquérito sobre a destruição de 35 salas nos canteiros de obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A previsão é que, na próxima segunda-feira (2), o documento seja protocolado na 3ª Vara Criminal de Altamira. Segundo a polícia, os 11 ativistas não índios que tiveram pedido de prisão preventiva solicitado por envolvimento na depredação se recusaram a falar no depoimento.

O episódio ocorreu no dia 16 de junho, em meio ao encontro Xingu+23, ocorrido em Altamira (PA), e organizado pelo Movimento Xingu Vivo para Sempre e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Segundo a polícia, a depredação contou com a ação de índios da etnia Munduruku, de Mato Grosso, que não serão afetados diretamente pela obra.

De acordo com o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), durante a ocupação, pelo menos 50 computadores foram quebrados, notebooks, celulares e radiocomunicadores foram furtados, dezenas de aparelhos de ar-condicionado foram danificados e móveis, documentos e projetos foram queimados. A estimativa, segundo o consórcio, é que o prejuízo ultrapasse R$ 500 mil.

Para justificar o pedido de prisão dos ativistas que, segundo a polícia, são ligados ao Cimi e ao Movimento Xingu Vivo para Sempre, foram apresentadas imagens, relatos testemunhais e laudos periciais que comprovariam o envolvimento dessas entidades na incitação à depredação. O material conta, também, com gravações feitas por policiais infiltrados no acampamento do Xingu+23.  (mais…)

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PA – Área indígena sagrada vai virar hidrelétrica

Na curva onde o rio divide os Estados do Pará e Mato Grosso, as águas esverdeadas e velozes do Teles Pires escondem…

Na curva onde o rio divide os Estados do Pará e Mato Grosso, as águas esverdeadas e velozes do Teles Pires escondem um santuário de belezas naturais e um reino místico da cultura indígena. Para o “homem branco”, nada mais é do que a sequência de sete quedas de corredeiras. Entre os povos indígenas, trata-se de um lugar sagrado, que não pode ser mexido. Ali, entre ilhas, pedras e uma mata ainda intocada, eles acreditam que vivem os espíritos de seus antepassados, a mãe dos peixes e da água. “Se for destruído, coisas ruins vão acontecer para o homem branco e para a comunidade indígena”, prevê o cacique João Mairavi Caiabi, que aos 51 anos comanda 206 pessoas da aldeia Cururuzinho.

Segundo ele, algumas dessas maldições já perturbam o dia a dia dos índios: “Temos pessoas com suspeita de tuberculose. Isso nunca aconteceu antes na comunidade. É reflexo das intervenções no rio e na floresta”. Os caiabis moram a alguns quilômetros das corredeiras Sete Quedas, nas margens do rio onde está sendo levantada a Hidrelétrica de Teles Pires, a quarta maior usina em construção no Brasil, com 1.820 megawatts (MW) de potência – energia suficiente para abastecer 5 milhões de habitantes, a maioria do Sudeste.

Na região, também moram os índios da etnia mundurucu, considerados mais arredios, e apiacá, que juntos somam uma população de cerca de 600 índios – alguns deles são acusados de nunca terem ido nas Sete Quedas. A exemplo de outras obras, como Belo Monte (PA), a barragem, de R$ 3,6 bilhões, enfrenta fortes protestos de índios, ambientalistas e do Ministério Público, contrários à expansão das usinas na Amazônia. (mais…)

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Nota de repúdio à criminalização das lideranças do Movimento contra a UHE de Belo Monte

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) repudia o pedido de prisão preventiva à Justiça, impetrado pela Polícia Civil do Pará, contra 11 pessoas acusadas de participarem de protestos contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.

Com base na ausência de provas que evidenciem o envolvimento dos acusados nos supostos crimes apontados pela polícia, como roubo, incêndio, desobediência, esbulho possessório, perturbação da ordem pública e formação de quadrilha, o que vemos em curso é um inaceitável processo de criminalização da parte do Estado aos opositores à construção da obra.

É legítimo o direito de manifestação contra o projeto da usina, já que se trata de um empreendimento imposto de forma autoritária sobre os povos do Xingu, com o governo federal desrespeitando de forma criminosa os direitos das comunidades que terão suas vidas e culturas afetadas com violência.

Dentre os 11 na mira da criminalização, estão militantes do Movimento Xingu Vivo Para Sempre e missionários do Cimi, além de importantes lideranças comunitárias que se mantêm daquilo que o rio Xingu oferece e perderão tudo com a usina, da moradia ao trabalho, e por isso resistem na defesa de suas formas de vida e do próprio rio.

A real intenção das acusações infundadas e do subsequente pedido de prisão preventiva é intimidar as vozes que não aceitam os desmandos do consórcio Norte Energia e governo federal, que insiste, por sua vez, em dizer que a usina é um projeto irreversível. O Cimi denuncia e rechaça as arbitrariedades perpetradas no Pará; sobretudo, reafirma o seu grito contra a UHE Belo Monte em defesa dos povos do Xingu.

http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6358&action=read

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“A Reforma Agrária está completamente parada”, afirma dirigente do MST

Por José Coutinho Júnior

O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, em entrevista ao site Carta Maior, declarou que cairá nos próximos anos o número de famílias assentadas. O ministro também alega que o número de famílias acampadas diminuiu.

Para Alexandre Conceição, da Coordenação Nacional do MST, as declarações escondem a realidade do campo brasileiro. Confira a entrevista concedida à Página do MST:

Como você avalia a declaração do ministro Pepe de que vai cair o número de famílias assentadas nos próximos anos?

É uma declaração lamentável. Os conflitos agrários e a violência no campo por conta da disputa pela terra vem aumentando. É só ver o caso emblemático das fazendas do Daniel Dantas, no Pará, que vem sendo negociado com MDA e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) há mais de três anos. Foi acordado que das seis fazendas que estávamos ocupando, três seriam destinadas à Reforma Agrária. Até hoje, nem vistoria nas áreas o Incra fez. Então, é equivocado o ministro dizer que a Reforma Agrária vai diminuir porque o número de famílias acampadas diminuiu. Pelo contrário, a pressão continua, há um número grande de famílias acampadas, em torno de 180 mil famílias, e o conflito aumenta. O que acontece no Pará é resultado disso. Outro elemento é a seca no Nordeste e no Sul. As famílias perderam suas produções, infraestrutura, animais. E as políticas apresentadas pelo MDA e Incra até agora são insuficientes para resolver o problema da seca. (mais…)

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No Rio, entidades protestam contra golpe no Paraguai

Foto: Luiz Roberto Lima/Casa Macunaima

O Comitê de Solidariedade ao Povo Paraguaio do Rio de Janeiro fez na sexta-feira (29) uma manifestação de repúdio à destituição do presidente (Fernando) Lugo. Durante o protesto em frente ao consulado do Paraguai no Rio, em Botafogo, representantes sindicais e da sociedade civil fizeram a entrega simbólica de um documento condenando o golpe institucional e pedindo a reabertura do processo de defesa do presidente deposto

Rodrigo Otávio – Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – O Comitê de Solidariedade ao Povo Paraguaio do Rio de Janeiro fez na sexta-feira (29) uma manifestação de repúdio à destituição do presidente (Fernando) Lugo. Durante o protesto em frente ao consulado do Paraguai no Rio, em Botafogo, representantes sindicais e da sociedade civil fizeram a entrega simbólica de um documento condenando o golpe institucional e pedindo a reabertura do processo de defesa do presidente deposto. (mais…)

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A Via Campesina na Rio+20: os povos disseram NÃO à Economia Verde

Via Campesina divulga documento frente à Cúpula dos Povos e Rio + 20. “A Cúpula Oficial da Rio +20, tal como vínhamos denunciando os movimentos sociais, foi um GRANDE FRACASSO, pois 20 anos depois não avançou em nada. No lugar de acertos tivemos retrocessos agora materializados na proposta de economia verde, na maquiagem verde do capital, que pretende mercantilizar a vida. Mas, ainda sim, para os movimentos sociais convocados na Cúpula dos Povos, foi um momento de profunda discussão e de construção de novas alianças, de mobilização e também de formação que nos permitiu entender melhor o modelo que nos tentam impor”. Confira o documento na íntegra:

A Via Campesina na Rio+20:

Os povos disseram NÃO à Economia Verde e construíram propostas para a resistência e a construção das lutas

Durante uma semana, no marco da Cúpula dos Povos, a Via Campesina se mobilizou no Rio de Janeiro para dizer “Não à Economia Verde” e para dinamizar um processo de construção de novas alianças baseadas nos eixos debatidos nas plenárias e assembleias dos povos e na mobilização nas ruas, para mostrar quais são as verdadeiras necessidades e aspirações dos nossos povos.

Com alegria voltamos às nossas lutas cotidianas com a satisfação do dever cumprido, com o compromisso de fortalecer os espaços construídos nestas jornadas e com o desafio de seguir dando corpo em nossas realidades locais às reflexões e agendas de ações propostas nas plenárias e Assembleias dos Povos. (mais…)

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MP-CE denuncia quatro suspeitos de matar ambientalista com 25 tiros

Filhos do líder comunitário José Maria Filho (Foto: Melquíades Júnior/Agência Diário)

Ambientalista foi assassinado em abril de 2010, em Limoeiro do Norte. Líder combatia uso de agrotóxico usado por empresário da cidade

André Teixeira – Do G1 CE

O Ministério Público do Estado do Ceará apresentou nesta semana a denúncia contra quatro suspeitos de participação no assassinato do ambientalista e líder comunitário José Maria Filho, assassinado em 2010 com 25 tiros na cidade de Limoeiro do Norte, no interior do Ceará. O Ministério Público também pediu a prisão preventiva dos quatro suspeitos, que foi negada pela juíza da sede de Limoeiro do Norte. O promotor de Justiça Felipe Diogo afirmou que o Ministério Público vai recorrer da decisão.

“As pessoas que vão depôr são pessoas simples e os acusados podem pôr em risco a apuração. Principalmente por causa do mandante do crime, que tem poder econômico e político na região”, avalia o promotor. Dois dos suspeitos foram mantidos presos durante dois meses em 2010 e atualmente estão soltos. O acusado de ser o mandante do crime nunca foi preso.

De acordo com o Ministério Público, o ambientalista assassinado combatia a pulverização com uso de agrotóxico em aviões, que despejava a substância sobre plantações. O ambientalista assassinado defendia que esse tipo de pulverização, utilizado por um empresário da cidade, contamina o solo e lençóis de água subterrâneos na região. (mais…)

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