Celso Lungaretti
O jornal carioca O Globo publica entrevista do tenente-coronel reformado Paulo Malhães, torturador que o Centro de Informações do Exército incumbiu em 1970 de implantar a Casa da Morte de Petrópolis e de ser um dos oficiais que nela tentariam converter presos políticos em agentes infiltrados.
Segundo ele, a libertação de Inês Etienne Romeu, sobrevivente da Casa, teria sido um erro dos agentes: iludidos por ela, acreditaram que iria colaborar com a repressão.
Dentre os presos políticos que por lá passaram, Inês era tida como a única que saiu com vida, enquanto os mortos totalizariam 22. Malhães afirma, entretanto, que houve quem tenha se colocado a serviço das Forças Armadas, passando inclusive a receber ajuda financeira: “Na lista de desaparecidos tem RX [infiltrados]”. Mas, não identificou nenhum nem apresentou provas.
“Se ele deu depoimento, mas a estrutura [da organização guerrilheira] não caiu, ele pode ter sofrido as consequências“.
“Se era o fim da linha? Podia ser, mas não era ali que determinava“.
Eis as cinco retrancas da reportagem (clique p/ abrir):
Torturador conta rotina da Casa da Morte em Petrópolis
Conheça as vítimas da Casa da Morte
Malhães se aliou ao PCdoB na Baixada
Única sobrevivente da Casa da Morte relata tortura, estupro e humilhação
Prisão clandestina pertencia a estrangeiro
http://naufrago-da-utopia.blogspot.com.br/2012/06/antigo-torturador-fala-sobre-casa-da.html