“diferente da impressão que Ana Pardo teve ao final, o que houve ali não foi uma intervenção, foi ação, não estamos intervindo em um processo já iniciado, estamos construindo um processo novo.” Gabriel Lanhas
Neste último dia 3 de junho foi realizado no espaço do centro cultural Casa do Artista Independente, o primeiro fórum suburbano de políticas públicas com o eixo de debate Os Caminhos da Cultura na Zona Norte. Cuja grande vitória revelou-se no corpo plural que se conformou para o debate, diversos coletivos, representantes de instituições e outros membros da sociedade civil propiciaram a possibilidade real de debate, mostrando que um outro mundo realmente é possível.
O fórum iniciou-se plural antes mesmo de acontecer, já nas divulgações principalmente apoiadas em bases de redes virtuais (blogs, e páginas de relacionamento) a divulgação do fórum já apresentava os olhares e definições que estavam em potencial em nossos desejos. Citou assim Nyl MC (rapper morador de Irajá) – “somos nós por nós mesmos” – Este sim foi o espírito do Fórum, pois nos entendemos formadores de cultura, de nossa própria forma de pensar a cultura.
O que é o subúrbio? a imagem que desenha-se do suburbano durante anos vem se elaborando sob um retrato estereotipado de um tempo que há muito já se foi, não somos mais a cara bucólica do senso comum dos bairros de trens, das cadeiras no portão de casa e galos no quintal, apesar de muitos ainda acreditarmos nisto, e buscarmos nisto nossa identidade.
O fórum revelou uma nova identidade existente, mas que ainda estava invisível dentro da teia, a identidade do subúrbio produtor, do subúrbio potente que mesmo sem uma política pública de fomentação, subsídios e sem espaço, constrói a duras penas seu campo de trabalho e de eclosão do devir artístico, somos pintores, músicos, atores, cineastas, mantenedores de centros de cultura e cineclubes, que são ao mesmo tempo professores, engenheiros, técnicos de informática, pesquisadores universitários, entre outros. Somos nossa própria voz e queremos falar.
“Em toda a área da AP3 e AP5 constatamos uma ausencia de teatros e uma falta de qualidade nas bibliotecas municipais” – expressa Flávio Lima (professor de geografia e mantenedor do Centro Cultural casarti) Reforçando o olhar altamente excludente histórico das propostas culturais do poder público municipal para o Rio de Janeiro.
Assim o primeiro fórum suburbano de políticas públicas para cultura na zona norte começa a construir duas bandeiras de luta, a luta pela visibilidade e fomentação de todos os grupos, coletivos, e propositores de mobilização cultural da zona norte principalmente para as áreas de planejamento 3 e 5, e a construção de um planejamento de espaços de cultura governamentais; pois nós suburbanos não podemos mais ser vistos como meros espectadores.
minhas primeiras impressões sobre o fórum :
“diferente da impressão que Ana Pardo teve ao final, o que houve ali não foi uma intervenção, foi ação, não estamos intervindo em um processo já iniciado, estamos construindo um processo novo.” Gabriel Lanhas
Neste último dia 3 de junho foi realizado no espaço do centro cultural Casa do Artista Independente, o primeiro fórum suburbano de políticas públicas com o eixo de debate Os Caminhos da Cultura na Zona Norte. Cuja grande vitória revelou-se no corpo plural que se conformou para o debate, diversos coletivos, representantes de instituições e outros membros da sociedade civil propiciaram a possibilidade real de debate, mostrando que um outro mundo realmente é possível.
O fórum iniciou-se plural antes mesmo de acontecer, já nas divulgações principalmente apoiadas em bases de redes virtuais (blogs, e páginas de relacionamento) a divulgação do fórum já apresentava os olhares e definições que estavam em potencial em nossos desejos. Citou assim Nyl MC (rapper morador de Irajá) – “somos nós por nós mesmos” – Este sim foi o espírito do Fórum, pois nos entendemos formadores de cultura, de nossa própria forma de pensar a cultura.
O que é o subúrbio? a imagem que desenha-se do suburbano durante anos vem se elaborando sob um retrato estereotipado de um tempo que há muito já se foi, não somos mais a cara bucólica do senso comum dos bairros de trens, das cadeiras no portão de casa e galos no quintal, apesar de muitos ainda acreditarmos nisto, e buscarmos nisto nossa identidade.
O fórum revelou uma nova identidade existente, mas que ainda estava invisível dentro da teia, a identidade do subúrbio produtor, do subúrbio potente que mesmo sem uma política pública de fomentação, subsídios e sem espaço, constrói a duras penas seu campo de trabalho e de eclosão do devir artístico, somos pintores, músicos, atores, cineastas, mantenedores de centros de cultura e cineclubes, que são ao mesmo tempo professores, engenheiros, técnicos de informática, pesquisadores universitários, entre outros. Somos nossa própria voz e queremos falar.
“Em toda a área da AP3 e AP5 constatamos uma ausencia de teatros e uma falta de qualidade nas bibliotecas municipais” – expressa Flávio Lima (professor de geografia e mantenedor do Centro Cultural casarti) Reforçando o olhar altamente excludente histórico das propostas culturais do poder público municipal para o Rio de Janeiro.
Assim o primeiro fórum suburbano de políticas públicas para cultura na zona norte começa a construir duas bandeiras de luta, a luta pela visibilidade e fomentação de todos os grupos, coletivos, e propositores de mobilização cultural da zona norte principalmente para as áreas de planejamento 3 e 5, e a construção de um planejamento de espaços de cultura governamentais; pois nós suburbanos não podemos mais ser vistos como meros espectadores.