SP: ONG acusa PF de racismo por deportação de haitianos em Cumbica

A ONG Visão Mundial fez ontem um protesto formal ao governo brasileiro contra o que qualifica de política “imperialista”, preconceito e discriminação contra os haitianos Claude Rinvil e Jean-Wilbert Baptichon que foram barrados pela imigração do Aeroporto de Guarulhos, no dia 23 de janeiro, quando tentavam desembarcar em São Paulo. Os deportados eram convidados de um treinamento sobre políticas públicas. Os haitianos, que tiveram documentos e bagagens apreendidas pela imigração brasileira, tinham visto de entrada emitido pela Embaixada do Brasil em Porto Príncipe. De acordo com a ONG, eles estavam com a documentação em dia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

“Eles (os policiais) reproduziram a mesma atitude imperialista que os americanos sempre praticam com brasileiros e latinos”, criticou Wellington Pereira, dirigente da entidade. De acordo com a PF, os haitianos estavam com o visto errado – de turista, em vez de estudante -, não tinham dinheiro para bancar a estada e deram informações contraditórias na entrevista para justificar a viagem. A PF informou também que não se trata de deportação – medida prevista para estrangeiros indesejáveis – mas de “inadmissão de pessoa que não cumpre os requisitos legais para entrar no País”. A ONG não reconhece as causas alegadas pela PF para barrar os haitianos e cobra das autoridades “uma resposta para o incidente”.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5582073-EI306,00-SP+ONG+acusa+PF+de+racismo+por+deportacao+de+haitianos+em+Cumbica.html

 

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Fazendeiro do Sul de Minas é denunciado pelo MPF por trabalho escravo

O acusado mantinha trabalhadores, em sua propriedade, em situações degradantes. O funcionário dele também vai responder pelo mesmo crime

João Henrique do Vale

O dono de uma fazenda em Alpinópolis, na Região Sul de Minas, e o empregado dele, foram denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de trabalho escravo e aliciamento de trabalhadores. O fazendeiro já estava incluído na lista suja de trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego.

Durante uma vistoria do Ministério do Trabalho e da Polícia Federal, 39 trabalhadores foram encontrados em condições degradantes de trabalho e cerceamento da liberdade. Eles haviam sido recrutadas pelo empregado do fazendeiro, J.D.L.S, em Barreiras, no interior da Bahia, com a promessa de boas condições de trabalho e remuneração.

Quando chegaram na fazenda, os trabalhadores foram surpreendidos pelas péssimas condições oferecidas. O local usado como alojamento coletivo antes servia de chiqueiro. A edificação estava em péssimo estado de higiene e conservação, além sem ventilação e com instalações sanitárias insalubres. (mais…)

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Bonecas Karajá fazem parte do patrimônio cultural brasileiro

Uma referência cultural nas aldeias indígenas, as bonecas Karajá passaram a ser parte do patrimônio cultural do Brasil. O artesanato das bonecas, muitas vezes, é a única ou a mais importante fonte de renda das famílias. A confecção das figuras de cerâmica – chamadas na língua nativa de ritxòkò (na fala feminina) e ritxòò (na fala masculina) – envolve técnicas tradicionais transmitidas de geração a geração.

A atividade exclusiva das mulheres é desenvolvida com o uso de três matérias-primas básicas: a argila ou o barro – suù; a cinza, que funciona como antiplástico; e a água, que umedece a mistura do barro com a cinza. As ritxòkò têm significados sociais profundos, reproduzindo o ordenamento sociocultural e familiar dos Karajá. Com motivos mitológicos, de rituais, da vida cotidiana e da fauna, as bonecas Karajá são importantes instrumentos de socialização das crianças que se vêem nesses objetos e aprendem a ser Karajá.

A proposta, aprovada na última quarta-feira (25), foi apresentada ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pelas lideranças indígenas das aldeias Buridina e Bdè-Burè, localizadas em Aruanã, Goiás, e das aldeias Santa Isabel do Morro, Watau e Werebia, localizadas na Ilha do Bananal, no Tocantins, com anuência de membros das aldeias Buridina, Bdè-Burè e Santa Isabel do Morro.

http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/nucleo-de-comunicacao-publica/copy_of_em-questao-1/em-questao-do-dia/edicoes-anteriores/janeiro-2012/boletim-1459-30.01/bonecas-karaja-fazem-parte-do-patrimonio-cultural-brasileiro?utm_campaign=Newsletteremquestao&utm_medium=Cultura&utm_source=Bonecas.Caraja&utm_content=300112

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TCU quer esclarecimento sobre edital da transposição

Rosa Costa

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Raimundo Carreiro deu um prazo de cinco dias para que a Secretaria de Infraestrutura Hídrica (SIH), do Ministério da Integração Nacional, se manifeste sobre supostas irregularidades no edital de concorrência para execução de obras no lote cinco da primeira etapa do projeto de integração do Rio São Francisco. O trecho no valor de R$ 720 milhões é o mais caro do projeto que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Carreiro encaminhou a decisão à secretaria nesta sexta-feira.

A concorrência foi suspensa na última quarta-feira, por haver indícios de direcionamento a grandes empreiteiras, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo. O edital proíbe a participação de empresas sob a forma de consórcio, o que contraria jurisprudência do TCU e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O motivo é citado na representação apresentada pela Construtora Aterpa: a de que a proibição restringe o caráter competitivo da licitação.

Carreiro solicitou à SIH explicações sobre a proibição de participação de consórcios e sobre a exigência de habilitação técnico-operacional para atividade discriminada no edital. Ele alertou, ainda, os responsáveis pela concorrência de que o pedido de medida cautelar será reexaminado após a audiência com a secretária e que a manutenção da irregularidade sujeitará os responsáveis às sanções legais previstas em lei.

http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/tcu-quer-esclarecimento-sobre-edital-da-transposic-o-1.398713

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Hospital em Pirapora está proibido de fazer atendimento particular

Liminar requerida pelo MPMG determina que a Fundação Hospitalar Dr. Moisés Magalhães Freire atenda apenas a pacientes do SUS

Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) do Município de Pirapora devem ter exclusividade de atendimento pela Fundação Hospitalar Dr. Moisés Magalhães Freire. A decisão liminar foi requerida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por meio de Ação Civil Pública (ACP) ajuizada contra a fundação e contra o Município, e concedida pela Justiça no último dia 23 de janeiro. A fundação tem 90 dias para deixar de prestar qualquer serviço ou atendimento de caráter privado sob pena de multa diária de R$ 20 mil. Foi determinado ainda que o município fiscalize o cumprimento da medida e que os pacientes que já estiverem internados na fundação, em caráter particular, devem ter o tratamento continuado até sua finalização.

Entenda o caso

O MPMG ajuizou Ação Civil Pública em novembro de 2011 com o objetivo de fazer com que a Fundação Hospitalar Moisés Magalhães Freire, uma entidade instituída pelo município para atuar como um hospital público, respeite os princípios do SUS e passe a atender, exclusivamente, aos usuários desse sistema. (mais…)

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Chefe de direitos humanos da ONU demonstra decepção após fracasso dos EUA em fechar Guantánamo

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, expressou  sua profunda decepção com o fato de o governo dos EUA ter falhado em fechar o centro de detenção da Baía de Guantánamo, estabelecendo, em vez disso, um sistema permanente de detenções arbitrárias. Navi Pillay disse estar incomodada com o fracasso em assegurar a responsabilização de uma séria de violações dos direitos humanos, incluindo a tortura.

“Já são 10 anos desde a abertura da prisão de Guantánamo pelo governo dos EUA, agora fazem três anos do dia 22 de janeiro de 2009, quando o presidente [Obama] ordenou o fechamento [da prisão] no prazo de 12 meses. No entanto, o centro de detenção continua a existir e indivíduos são detidos arbitrariamente de forma indefinida, em clara violação do direito internacional”, ressalta Pillay.

“Para piorar a situação, a nova Lei de Autorização de Defesa Nacional, aprovada em dezembro de 2011, agora efetiva em lei as detenções militares indefinidas sem acusação ou julgamento. Esta legislação contraria alguns princípios fundamentais dos direitos humanos e da justiça, como o direito a um julgamento justo e o direito a não ser detido arbitrariamente. Ninguém deveria ser detido por anos sem ser julgado e condenado, ou liberado”, disse ela. (mais…)

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Depoimento Makuna: “Os lugares sagrados são uma parte nossa”

Por Maximiliano Garcia Makuna*, publicado originalmente no livro Povos Indígenas no Brasil 2006-2010 (ISA)

O mundo vê os recursos naturais como uma fonte de dinheiro, isso é o que sofremos hoje em dia. Não é simplesmente uma mudança climática, são mudanças de pensamento. Os lugares sagrados são uma parte nossa, enquanto que o mundo vê esses locais como fonte de recursos monetários para retirar ouro, madeira. Por isso o câmbio climático é brusco, se não temos nossos lugares sagrados não há vida, pois é lá que tem ar, alimento, cura. Hoje em dia começa a chover quando não é pra chover, faz calor fora de época, isso é o que causa pobreza porque falta alimento, quando tem muita seca e muita cheia, não tem safra, não tem lugares pra caçar ou pescar. A natureza se regula por si só, não tem fertilidade na terra se chove muito.

Alguns antigos eram especialistas em manejar essas coisas no mundo espiritual. Todos sabiam de tudo, mas nem todos manejavam o mesmo, senão teria conflitos de conhecedores. Eles eram muito respeitosos com isso. Eles tinham um sistema de comunicação direta à longa distância. Circulação de energias para que tudo possa se mover… E quem diria como tudo isso funciona seriam os pajés: coisas que se pode fazer, coisas que não se pode fazer. Para os índios, tudo tem vida. Uma pedra: por que tem vida, se não come e não respira? Sim, tem vida, por isso existem os petróglifos. Eles não caminham, comem, respiram, mas espiritualmente são lugares que se encarregam de dar o ar que a gente respira… (mais…)

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AI pede medidas urgentes para garantir moradia a desalojados de Pinheirinho

Natasha Pitts, Jornalista da Adital

Adital – As inúmeras violações de direitos praticadas durante a desocupação na comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos, São Paulo, sudeste brasileiro, chamou a atenção e indignou não apenas movimentos e organizações do país. Os ecos da violência praticada contra cerca de 9 mil pessoas no último domingo (22) chegou à Anistia Internacional, que está fazendo um chamado urgente ao governo brasileiro a fim de garantir moradia a todas as famílias retiradas de suas casas.

“As autoridades brasileiras devem atender urgentemente as necessidades dos milhares de pessoas que ficaram sem casa. Devem envolver-se ativamente com os moradores para encontrar uma solução em longo prazo que se adapte a suas necessidades, e não um lugar temporário em um albergue, algo que acaba desestruturando as famílias”, alertou Atila Roque, diretor de Anistia Internacional Brasil.

A ocupação urbana conhecida como Pinheirinho, completaria no próximo dia 27 de fevereiro oito anos de existência não fosse a determinação da juíza da 6ª Vara Civil do município, Márcia Loureiro, que, desconhecendo a suspensão expedida pelo Tribunal Regional Federal autorizou a reintegração de posse executada no domingo. (mais…)

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PB – Manifestantes ocupam lotes de terra que seriam vendidos de forma ilegal

Na manhã desta quinta-feira, 26, mais de cem trabalhadores rurais e índios Tabajaras ocuparam duas parcelas de terra do assentamento Mucatu, em Alhandra, na Paraíba, quando descobriram que as terras seriam vendidas ilegalmente para a construção de uma fábrica de cimento no local.

As terras, que estão sob a posse do ex-comandante da Polícia Militar da Paraíba, coronel Lima Irmão, há alguns anos para criar gado, foram vendidas por um ex-assentado da reforma agrária e não possuem nenhum registro no INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, que já enviou um de seus representantes para investigar o caso.

Os manifestantes foram despejados a partir de uma ação judicial, mas estão acampados próximo ao assentamento e pretendem continuar a luta pela demarcação de 10 mil hectares do lote das terras agrárias que, segundo os índios, se forem vendidas perdem o seu valor social.

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=63902

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BNDES é sócio de mineradora eleita pior corporação do mundo

A mineradora Vale ganhou prêmio de pior empresa. BNDES aprova projetos da empresa sem análise.

A mineradora brasileira Vale foi eleita pior corporação do mundo noPublic Eye Awards, conhecido como o “Nobel” da vergonha corporativa mundial. Criado em 2000, o Public Eye é concedido anualmente à empresa escolhida por voto popular em função de problemas ambientais, sociais e trabalhistas, durante o Fórum Econômico Mundial, na cidade suíça de Davos.

O BNDES é sócio da Vale, com ações que dão diretamente ao Estado brasileiro poder de veto. Somadas ao bloco de recursos controlados pelos fundos de pensão, as ações do Banco permitem o controle do capital. Além disso, a companhia é considerada cliente especial na instituição financeira e possui diversos projetos aprovados sem a necessidade da ordinária análise do Banco.  (mais…)

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