Ao falar à imprensa internacional pela primeira vez após assumir o cargo de diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva disse que os preços dos alimentos continuarão voláteis em 2012, elogiou os programas de transferência de renda na América Latina e prometeu priorizar a África em seu mandato
Marcel Gomes
São Paulo – Apesar dos sinais de que a crise financeira internacional não dará trégua em 2012, o número de famintos no mundo, próximo a um bilhão, não sofrerá grande incremento. Uma das razões são os programas de transferência de renda em países da América Latina, que já beneficiam 120 milhões de pessoas e têm mitigado as turbulências econômicas. Na África, porém, o drama da fome pode piorar, sobretudo em sua área setentrional.
Por conta disso, José Graziano da Silva, novo diretor-geral da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, promete priorizar o continente africano em seu início de mandato, que vai até 2015. “A FAO é necessária para os países mais pobres, que não têm capacidade de lidar com esses desafios por si mesmos”, disse o brasileiro, que concedeu sua primeira entrevista coletiva no cargo, nesta terça-feira (3), na sede da organização, em Roma. (mais…)