Polícia vai verificar imagens de câmeras para ajudar na investigação de omissão de socorro na morte de secretário

Daniella Jinkings, Repórter da Agência Brasil

Brasília – As imagens das câmeras de segurança dos três hospitais por onde o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Ferreira, passou antes de morrer vão ajudar a Polícia Civil do Distrito Federal a esclarecer o caso. Segundo a delegada-chefe de Defesa do Consumidor, Alessandra Figueredo, um inquérito foi instaurado para apurar se houve ou não omissão de socorro.

“A imagens vão comprovar o estado em que ele entrou nos hospitais e a dinâmica dos fatos”, disse a delegada. De acordo com ela, um laudo do Instituto Médico-Legal também vai ajudar a esclarecer as causas da morte e se ele poderia ter sobrevivido caso fosse atendido no momento em que procurou o primeiro hospital.

Ferreira, de 56 anos de idade, morreu em consequência de um infarto, após ter o atendimento negado em dois hospitais particulares de Brasília, o Santa Lúcia e o Santa Luzia. O plano de saúde não era aceito pelas instituições. Para atendê-lo, os hospitais exigiram um cheque caução, mas como ele estava sem cheque, o atendimento foi recusado. Duvanier só foi atendido em um terceiro hospital, o Hospital Planalto, mas o seu estado se agravou, os médicos ainda tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso. (mais…)

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As impressões digitais das empresas de reflorestamento

Mayron Régis

As impressões digitais das empresas de reflorestamento estão por toda a parte, seja no Baixo Parnaiba maranhense ou por outras regiões do estado do Maranhão. Quando uma empresa quer botar a mão nas terras alheias como faz a Suzano em Bracinho, Urbano Santos, Formiga e Buritizinho, Anapurus, e Pólo Coceira, Santa Quitéria, outra quer tirar as suas digitais das terras alheias e repassá-las para outro ator de menor importância no cenário econômico como faz a Margusa em Capão do Besta, Urbano Santos.

Segundo seus informes publicitários, a Suzano segue a risca toda a legislação do país e prima pela responsabilidade socioambiental nas regiões onde se insere. Portanto, a própria perfeição em forma de gestão empresarial.

No fundo, no fundo, a imagem que se passa é fictícia porque nos interiores do Maranhão tanto a Suzano como a Margusa se valem de expedientes grosseiros e até burlescos como a falsificação de documentos de compra e venda de terras para obterem êxito nos seus intentos, e quando a derrota é inevitável as duas empresas e suas terceirizadas agem com terrorismo e com má-fé contra as comunidades. Acusam-nas de invasoras e pouco produtivas e ateiam fogo em suas áreas de extrativismo.

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Brasileiro é nomeado novo secretário da Convenção sobre Biodiversidade

Bráulio Dias, secretário nacional de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, substitui o argelino Ahmed Djoghlaf. A entrevista é de Karina Ninni e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 21-01-2012. Eis a entrevista.

O senhor acaba de ser nomeado o novo secretário executivo do Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU (CDB). Como foi o processo seletivo?

A vaga foi aberta e concorreram 66 pessoas. Depois da primeira triagem, restaram nove nomes, que passaram por uma entrevista com uma banca. Sobraram quatro candidatos, que foram entrevistados por Ban Ki-moon. A minha entrevista com ele foi por videoconferência. Estamos muito contentes aqui no ministério, porque não é só o reconhecimento do meu trabalho, mas do amadurecimento do Brasil nas questões ambientais. Se olharmos nossa agenda ambiental na época da Rio-92 e agora, veremos o quanto evoluímos. Tanto que, na Rio+20, esperamos que o Brasil feche um novo conjunto de metas de biodiversidade para os próximos anos.

O que acha que pesou, em seu currículo, para sua escolha?

Eu tenho uma experiência bem balanceada. Fui treinado como cientista, tenho rigor científico no trato do tema biodiversidade. Sou professor universitário e tenho 20 anos de experiência como gestor público. Além disso, conheço a CDB a fundo, desde as primeiras COPs. (mais…)

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Ministra da Igualdade Racial suspeita de discriminação em morte de Duvanier

Ministra Luiza Bairros: “É válido que se levante essa possibilidade. Isso (o racismo) é uma realidade”

A ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), pedirá que a Polícia Civil do Distrito Federal inclua nas investigações sobre a morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, a possibilidade de discriminação racial. Em entrevista ao Correio, ela afirmou que, em um caso como o do secretário, que era negro, a suspeita de racismo, mencionada por representantes do governo, é sempre procedente.

“É válido que se levante essa possibilidade. Até porque, há muito tempo, vem se colocando e se denunciando o tipo de tratamento discriminatório que as pessoas negras recebem no Brasil. Isso é uma realidade”, disse. Duvanier morreu na madrugada de quinta-feira, aos 56 anos, após sofrer um infarto agudo do miocardio e ter atendimento médico negado em dois hospitais particulares de Brasília, pelo fato de o seu convênio (a Geap) não ser aceito e por não possuir um talão de cheques em mãos.

A ministra considerou a morte do secretário “mais do que lamentável”. “Em se comprovando uma dimensão racial nesse caso, haveria uma indicação muito forte de que, na verdade, o racismo não está associado à condição econômica”, afirmou Luiza. A seu ver, diante da negação de direitos à população negra, o próprio Estado tem se preocupado em criar mecanismos que coloquem um ponto final nas discriminações. (mais…)

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MA – “Saudações” à Suzano e à Margusa

“Saudações” à Suzano Papel e Celulose e seus funcionários, que atearam fogo na Chapada da comunidade de Bracinho, município de Urbano Santos, e isso bem na vista do irmão Francisco, presidente da associação de Bracinho.

Como a justiça da comarca de Santa Quitéria proibiu a entrada da empresa na área da comunidade, os seus funcionários acham por bem tocar fogo no que não pode ser deles.

“Saudações” à Margusa, que vendeu uma terra devoluta na Chapada de Todos os Santos, municipio de Urbano Santos, para um “gaúcho”, terra esta da qual moradores da região se beneficiam para coletar o bacuri.

Enviada por Mayron Régis.

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Orixás – Saudação a Oxóssi

Oxóssi, na Umbanda, é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião. No Candomblé brasileiro é um antepassado africano divinizado, filho de Yemanjá, protetor das matas, sincretizado com São Sebastião no Rio de Janeiro e São Jorge na Bahia. Diz o mito que Oxóssi era irmão de Omulu-Obaluayê e rei da cidade de Oyó, cidade da África sudanesa, de onde provêm os povos nagô (keto, ijexá e oyó) e mina-jeje.

Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso. (mais…)

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Vale disputa prêmio de pior empresa do mundo cabeça a cabeça com Tepco. Não deixe de votar!

Mina de Carajás, localizada no interior da Floresta Nacional de Carajás, no Pará, um dos maiores pólos de extração de minério de ferro do planeta. (Foto: Justiça nos Trilhos)

Do penúltimo lugar, transnacional brasileira passou a disputar a liderança com a japonesa Tepco na disputa Public Eye Award. Votação vai até o dia 26

Por Verena Glass

Uma das maiores transnacionais brasileiras, a mineradora Vale, presente em 38 países nas Américas, África e Ásia, pode receber, no final de janeiro, um dos principais prêmios internacionais da vergonha corporativa. Escolhida entre dezenas de candidatas, a Vale está entre as seis finalistas do Public Eye Award 2012, que concede anualmente o título de pior empresa do mundo a uma corporação, eleita em concurso internacional por voto popular, durante o Fórum Econômico Mundial na cidade suíça de Davos. Do quinto lugar na primeira semana de votação do premio, lançado em 5 de janeiro, a Vale assumiu a liderança pela primeira vez na tarde desta sexta-feira (20). [Nota deste Blog: mas já havia novamente perdido, ainda que por pouco, na manhã de sábado. Por isso, sua participação é tão importante! Clique aqui, se ainda não votou. Veja como estão os votação e votem se não o fez!].

De acordo com os organizadores do concurso – as ONGs Declaração de Berna e Greenpeace Suíça -, as empresas finalistas são escolhidas em função da gravidade dos impactos e problemas sociais, ambientais e trabalhistas decorrentes de suas atividades. Além da Vale, concorrem este ano a japonesa Tepco, empresa do setor de energia responsável pelo desastre nuclear de Fukushima, a britânica Barklays, complexo bancário envolvido em especulações mundiais sobre preços dos alimentos, a americana Freeport Mcmoran, mineradora com atuação desastrosa em Papua Nova Guiné, a sul-coreana Samsung, multinacional acusada de expor seus trabalhadores a substancias altamente tóxicas, e a suíça Syngenta, produtora de agrotóxicos banidos em muitos países e responsável pela contaminação de centenas de lavouras com espécies transgênicas. (mais…)

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O governo brasileiro e as mortes de crianças indígenas no Acre

Mais uma vez os povos indígenas são vítimas da desassistência e do descaso do governo brasileiro. Depois de terem sido veiculadas as notícias sobre a morte de 13 crianças indígenas Kaxinawá e Kulina, povos que tradicionalmente habitam as regiões do Alto Rio Purus e Rio Juruá, no Estado do Acre, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “declarou não haver confirmação e que não é a primeira vez que se registram casos de diarréia aguda na região” (Agência Brasil, 18/01/2012). Tal declaração, feita pela mais importante autoridade sanitária do país, é mais uma evidência do descaso para com a vida dos povos indígenas e deve ser considerada como uma cínica confissão da negligente ação do Estado, da falta de políticas preventivas em saúde e, portanto, da responsabilidade direta pela morte destas e de outras crianças.

As notícias veiculadas na imprensa até o momento mostram o trágico quadro que envolve a morte de 13 crianças indígenas em apenas um mês. A causa é a disseminação de um vírus que trás como consequência forte diarreia e vômito e que necessita de tratamento rápido e eficaz, dado o risco de propagação. E o que mais impacta, neste e em outros casos noticiados anteriormente, é a naturalidade com que se afirma que uma dada região do país não está efetivamente resguardada pelas ações de assistência em saúde e pelas políticas em defesa da vida. Tudo isso faz pensar que existiriam, então, áreas do território brasileiro em que os direitos à cidadania valeriam menos, e que a vida da população estaria entregue ao acaso, o que contraria todas as premissas e princípios que rege m o Estado nacional. (mais…)

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Comissão entra com representação no MPF sobre ataque aos indígenas isolados no Maranhão

Na medida em que está comprovada a ilegítima alegação de mero boato envolvendo ataque aos indígenas Awá-Guajá isolados da Terra Indígena Araribóia, município de Arame, no Maranhão, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) se pronuncia em interface\ou mediante a representação pública impetrada junto ao Ministério Público Federal do Maranhão (MPF/MA) nesta sexta-feira (20).

O conteúdo da representação se sustenta com base no levantamento in loco realizado por uma Comissão, composta por representantes do Cimi, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), que esteve no local onde a violência ocorreu. A comissão percorreu cerca de 20 quilômetros, partindo da aldeia Vargem Grande, TI Araribóia, até o local da denúncia do ataque contra os Awá-Guajá.

Foram seis horas de caminhada sob mata fechada e riscos iminentes de encontros indesejados com madeireiros. A tensão dos integrantes da comissão se acirrava a cada árvore marcada para o abate, estrada clandestina aberta para a passagem dos caminhões e tratores, clareiras de desmatamento, pilhas de toras esperando a remoção para a cidade e um acampamento madeireiro em estágio avançado de construção. (mais…)

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