La Paz, 28 dez (Prensa Latina) A marcha que reivindica a construção de uma estrada no Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Sécure (Tipnis) será retomada hoje em direção à localidade de Melga, depois de um dia de descanso.
Os que participam da caminhada, cerca de 800, depois das incorporações dos últimos dias, recuperaram-se durante um dia em Colomi, de onde sairão nesta quarta-feira rumo a Melga, e onde chegaram na segunda-feira, acossados pela chuva e pelo frio.
Segundo o delegado e logístico Diego Vidal, mais de 400 pessoas somaram-se nos últimos dias, a maioria membros das próprias comunidades indígenas, as quais esperaram que passasse o Natal. Enquanto isso, o principal cacique do Conselho Indígena do Sul (Conisur), Gumercindo Pradel, se vangloriou pela chegada à marcha de mais participantes das comunidades que representa e ressaltou a legalidade da caminhada. Isto legitima mais a marcha, realizada só pelos verdadeiros donos do Tipnis, sustentou Pradel, que recordou que não se permitirá a inclusão de pessoas alheias às comunidades indígenas.
Pradel opõe-se à admissão de políticos camuflados, os quais poderiam politizar a mobilização.
“Não queremos que esta marcha seja mal vista, porque é originalmente de povos indígenas e a nenhuma outra pessoa deixaremos integrar esta marcha. Se querem podem dar apoio, mas nada mais”, manifestou Pradel.
No momento, reivindicou melhor assistência médica, sobretudo porque a altitude começa a fazer efeito e aparecem as náuseas, os enjoos e problemas estomacais.
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