Como alternativa à disseminação de sementes transgênicas pelas multinacionais da produção de alimentos, pequenos agricultores apostam na agroecologia.
Cerca de 74 % da tecnologia transgênica é de propriedade de empresas como Syngenta, Bayer, Monsanto, Basf, Du Pont e Dow AgroSciences. O agrônomo Gabriel Fernandes explica que existem perigos em todo esse controle tecnológico por essas empresas.
Segundo ele, que integra a AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, o monopólio do mercado faz com que estas multinacionais direcionem quais sementes serão plantadas. Gabriel afirma que esta realidade acaba tendo influência nas definições do governo.
Ele ainda ressalta que as pesquisas sobre as sementes transgênicas nem sempre consideram todos os riscos da tecnologia. O vínculo com a empresa de sementes transgênicas, por exemplo, prejudica a autonomia dos pequenos agricultores.
Como alternativa, pequenos agricultores trabalham com as sementes crioulas, que são melhoradas com o tempo e repassadas de geração em geração. Além de não exigirem muitos recursos financeiros, são as que melhor se adaptam a cada região, já que se aperfeiçoam por seleção natural.
Os agricultores discutem sobre a perspectiva agroecológica e sobre como a agricultura familiar trabalha com sementes crioulas, também chamadas de sementes da paixão, caipiras, nativas, locais.
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