Pequenos agricultores apostam na agroecologia contra transgênicos

Como alternativa à disseminação de sementes transgênicas pelas multinacionais da produção de alimentos, pequenos agricultores apostam na agroecologia.

Cerca de 74 % da tecnologia transgênica é de propriedade de empresas como Syngenta, Bayer, Monsanto, Basf, Du Pont e Dow AgroSciences. O agrônomo Gabriel Fernandes explica que existem perigos em todo esse controle tecnológico por essas empresas.

Segundo ele, que integra a AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, o monopólio do mercado faz com que estas multinacionais direcionem quais sementes serão plantadas. Gabriel afirma que esta realidade acaba tendo influência nas definições do governo.

Ele ainda ressalta que as pesquisas sobre as sementes transgênicas nem sempre consideram todos os riscos da tecnologia. O vínculo com a empresa de sementes transgênicas, por exemplo, prejudica a autonomia dos pequenos agricultores.

Como alternativa, pequenos agricultores trabalham com as sementes crioulas, que são melhoradas com o tempo e repassadas de geração em geração. Além de não exigirem muitos recursos financeiros, são as que melhor se adaptam a cada região, já que se aperfeiçoam por seleção natural.

Os agricultores discutem sobre a perspectiva agroecológica e sobre como a agricultura familiar trabalha com sementes crioulas, também chamadas de sementes da paixão, caipiras, nativas, locais.

http://www.brasil.agenciapulsar.org/nota.php?id=8445

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O Movimento Xingu Vivo para Sempre somos todos nós

Havia um tempo em que o Xingu era só um rio. O mais belo e precioso de todos, para quem mora nas suas barrancas, mas para muitos dos demais, apenas um nome. Foi então que, há mais ou menos dez anos, o governo ressuscitou o cadavérico projeto de Belo Monte.

No começo, os xinguanos se alarmaram, e custaram a acreditar.  Mas a ameaça cresceu, foi tomando forma, até que o “Belo Monstro” começou a fazer suas vítimas. À força, foi tomando as terras dos agricultores, seus caminhões foram cobrindo de sujeira e desassossego as comunidades, jogou índios contra índios, despejou os mais pobres de suas casas, trouxe violências, e foi tão brutal, que a resistência passou a exigir forças que às vezes pareciam se esgotar.

Mas então, pouco a pouco, “Xingu” deixou de ser apenas um conceito vago para os que desconheciam o rio. As notícias dos crimes de Belo Monte começaram a chegar às cidades, atravessaram os mares e foram bater em outros países. Mais e mais gente começou a ecoar os protestos e questionamentos dos xinguanos. Procuradores foram à Justiça, cientistas se mobilizaram na academia, defensores e defensoras de direitos humanos buscaram instâncias internacionais, e a população começou a se manifestar. Milhares assinaram petições no Brasil e no mundo, e milhares tomaram ruas, no Brasil e no mundo. (mais…)

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EUA – Banco irá indenizar 200 mil negros e latinos em U$ 335 milhões por racismo

O Bank of America chegou a um acordo judicial com o governo norte-americano se comprometendo a criar um fundo de 335 milhões de dólares para compensar negros e latinos por discriminação na concessão de créditos hipotecários. Essa prática foi realizada por sua subsidiária Countrywide, entre 2004 e 2008, antes desta ser adquirida pelo banco. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (21/12) pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. 

A negociação, por sua vez, encerra uma acusação contra a subsidiária do banco, acusada de negar empréstimos a mais de 200 mil clientes negros ou de origem latina por motivos étnicos e raciais.

Em uma coletiva de imprensa, os secretários de Justiça, Eric Holder, e de Habitação, Shawn Donovan, afirmaram que o acordo com a Coutrywide é o maior já alcançado na história em relação ao setor de créditos hipotecários. 

“O acordo prevê 355 milhões de dólares para ressarcir as vítimas de discriminação por parte de Countrywide quando esta era uma das principais instituições de crédito hipotecários do país, concedendo mais de quatro milhões de empréstimos residenciais”, disse Holder. (mais…)

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