O compromisso político firmado entre os países que participaram da 17ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (ou COP-17), em Durban, demonstra que “ainda existe uma esperança em relação a esse espaço multilateral de discussão”, avalia Maureen Santos.
A assessora do Núcleo Justiça Ambiental e Direitos da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo – FASE participou da COP-17 e retornou ao Brasil no início da semana, quando concedeu a entrevista a seguir à IHU On-Line por telefone. Em sua avaliação, “do ponto de vista concreto em relação ao problema das mudanças climáticas, os compromissos assumidos ficaram muito aquém das reais necessidades”.
Entre as novidades, Maureen destaca a postura da presidente da COP-17, Maite Nkoana-Mashabane, que incluiu nos relatórios as demandas dos países pobres e mais impactados pelas mudanças climáticas. “Do ponto de vista da organização africana, a conferência foi muito positiva e bastante diferente do que estávamos acostumados a ver nos demais encontros. (…) A presidente da COP-17 escreveu um texto paralelo, incluindo essas propostas para que elas sejam discutidas no ano que vem, ou para que, de alguma forma, os países se envolvam com essas temáticas”, relata. (mais…)