Seind vai desenvolver projeto que aliará prática tradicional com saber científico

Ministério da Saúde aprovou projeto para que Seind realize campanhas em saúde e conhecimento tradicional junto aos indígenas do Amazonas

Comunidades indígenas são atendidas pela Seind, em atividades de emissão de registro civil (Divulgação/Seind)

Projeto desenvolvido pela Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) destinada à saúde indígena com práticas tradicionais foi considerado prioritário pelo Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) e aprovado pelo Ministério da Justiça (MJ).

A aprovação vai possibilitar que a Seind realize campanhas de educação em saúde e conhecimento tradicional para os indígenas que habitam as margens dos rios Jaquirana, Ituí, Javari, Curuçá e Itacoaí, no município de Atalaia do Norte (a 1.138 quilômetros de Manaus).

Os recursos disponibilizados pelo FDD são de R$ 220,3 mil, acrescidos de R$ 22,9 mil de contrapartida do estado. O valor total do projeto é de R$ 243,2 mil e contempla a realização de 15 oficinas (três em cada rio), com duração de três dias (para cada uma) e benefício direto para 750 indígenas dos povos Mayuruna, Matis, Kulina, Marubo e Kanamari.

Outra etapa do projeto prevê a edição de uma cartilha sobre o diálogo entre os saberes tradicionais e científicos empregados no cuidado com a saúde dos povos indígenas do Vale do Javari.

O material terá a tiragem de 1,4 mil unidades e será produzido com ilustrações, textos, fotografias e vídeos produzidos pelos próprios participantes durante as oficinas.

“É um projeto que vai contribuir na valorização da medicina tradicional das Terras Indígenas do Vale do Javari”, justificou o secretário da Seind, Bonifácio José.

Didático

O livro/catálogo (como também é conhecido) vai respeitar a localização geográfica e informações gerais de cada povo e a autoria dos indígenas, de acordo com a Seind.

Os exemplares vão ser distribuídos nas escolas e organizações indígenas para que sejam trabalhados como material didático e de promoção da diversidade cultural.

Hepatite

A secretaria atende à reivindicação que vem de uma área onde vivem aproximadamente 3.400 indígenas. É a terceira maior Terra Indígena do Brasil e faz limites com Peru e o Estado do Acre. Na localidade há registros de doenças como hepatite, desnutrição infantil e a fragilidade na saúde.

http://acritica.uol.com.br/amazonia/Amazonia-Amazonas-Manaus-Seind-desenvolver-praticas-tradicionais-cientifico_0_605939631.html

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